The Coven (AHS FanFic)

II

Fui acordada de repente, quando alguns raios de sol me bateram na face. Sentia-me enjoada e sonolenta.

Uma imagem materializou-se na minha frente, a senhora que antes me soprara na cara estava agora sentada ao meu lado, encontrava-mo-nos numa charrete, no meio de uma floresta muito densa com apenas uma estradinha onde só cabia o veículo puxado por dois formosos cavalos brancos. Sentia-me como num conto de fadas.

"Oh, finalmente acordaste!" disse-me a mulher com um sorriso no rosto "Ainda não me apresentei, sou a Jessica, a Suprema."

"A Suprema do quê?" perguntei eu meio ensonada.

"Das Bruxas de Salém, querida. Nós somos bruxas e espero que aprendas a lidar com isso, e que o uses para o bem" disse sorrindo " e é por isso que vais para uma nova escola, o Colégio para Raparigas da Madame LaLaurie, lá todas as alunas são como nós"

"Mas está mais que provado que a magia não existe" Quem é que iria acreditar que eu era uma bruxa, é que nem eu própria...

"Será?" respondeu desconfiada.

Dei de ombros e olhei para o lado. Então ela tocou na sweat shirt do Skyle com o dedo indicador.  E a camisola transformou-se num vestido de verão preto. Eu fiquei boquiaberta.

"Como é que fez isso?" questionei embasbacada.

"Pura magia, querida" disse mostrando um agradável sorriso.

Ela era muito calma e transmitia-me serenidade. Ela fez me sentir bem e transmitia-me um sentimento materno muito doce.

"O que é que fez ao Skyle?" disse com os olhos mareados.

Lembrei-me da imagem terrífica e o pânico tomou conta de mim. As lágrimas começaram a correr desenfreadamente dos meus olhos. Ainda não acreditava.

"Eu tratei desse assunto" disse e largou um sorriso.

Como é que ela podia reagir assim!? Era muito insensível da parte dela.

"Tu entenderás..." balbuciou com outro sorriso.

Comecei a odiar o sorriso dela.

Durante o resto da viagem não dissemos mais nada. Tentei manter a mente limpa, sabe-se lá o que seria ela capaz de fazer.

********

Chegámos a um palacete branco com um jardim muito amplo,  no meio da floresta.

Isso era para mim uma vantagem, eu adorava o campo e respirar ar puro era para mim o maior vício do mundo.

O Cocheiro abriu a  porta e Jessica saiu. Fez sinal para que eu saísse.
Eu saí e tinha á minha espera três raparigas. Mas o meu olhar foi redirecionado para uma jovem mulher, com provavelmente 30 anos.

Ela era muito, mas mesmo muito bonita. Tinha o cabelo mais louro que o meu e uns olhos muito claros.Era muito pálida.

"Jessica, é esta a Sophie?" perguntou ao que parecia ser a sua superior, de forma muito respeitosa.

"Sim, sou eu..." respondi antes que  a 'Suprema' pudesse responder. "E a senhora é?"

"Trata-me por tu, por favor" disse soltando um sorriso. "Cordelia, a diretora e professora."

Parecia-me que, apesar do seu cargo, Cordelia era humilde e honesta. Como raios iria tratar a diretora e professora por tu?

Redirecionei a minha atenção para as raparigas. Pareciam ser todas da minha idade.

Parecem simpáticas, pensei.

"Vais ver que somos" uma rapariga rechonchuda chegou-se á frente e cumprimentou-me. "Sou a Mary, desculpa ter lido a tua mente, é involuntário. Mas vais ver que somos simpáticas"

De seguida, apresentou-me as outras.
Scarlet era uma rapariga ruiva muito bonita, era alta e esguia, tinha faces de modelo. Tinha o dom do fogo.
Amanda era uma rapariga de origens africanas, com uns olhos azuis cintilantes e uma trança francesa muito negra. Tinha o dom do vodoo.
Ficamos a falar algum tempo e pedi que me mostrassem a casa.
Enquanto isso Jessica e Cordelia entraram.

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Cordelia P.O.V.:

Aquela rapariga tinha muito potencial, e uma energia muito forte, quem sabe o que viria a tornar-se no futuro.

Dirigia-me, agora, com a Suprema para o escritório. Uma nova aluna implicava uma reunião do Conselho de Salém.
Burocracias, pensei.

"Não são burocracias, Cor, é necessário que o Conselho reúna para que decidamos o que fazer com a criatura" disse ela.

"Que rude, Jessica" retorqui "Não tem o direito de falar assim de Sophie, isto é recente para ela." Exaltei-me e gritei involuntariamente, odiava que ela pensasse assim.

Jessica parou e voltou-se para mim.

Senti que não devia ter dito aquilo.

"O que disseste? Tens pena da criatura? É só mais uma para me roubar o poder." Os seus olhos faiscavam de raiva. "Para além de ser Suprema, sou a tua mãe e exijo respeito"

Que mãe, que quê..., pensei de propósito.

"Sabes que te oiço." começou de novo a andar.

"Jessica, não seja egoísta. Sabe que mais cedo ou mais tarde vai ser substituída, e vai ser por uma daquelas raparigas." disse indignada.

"Não enquanto o puder adiar." disse fria e cruelmente.