Numa terra esquecida e perdida onde tudo que você esquece você só lembra quando se perde e tudo que você perde só acha quando esquece.
Um lugar que só se encontra quando sonha,bunito e feio,alegre triste onde tudo se mistura proporcionando a você que está imaginando uma explosão de sonhos de aventuras.
Um lugar de cores e magia,de criaturas místicas que já se perderam no tempo,porem essa história que vou contar começa num ponto vazio de uma mente qualquer.
Essa terra era chamada Açúca onde vivia um ser estranho porém bondoso que não pode ser julgado por você por aparência e nem mesmo pelas palavras e sim pelos atos.Esse ser era chamado burro unicórnio e era uma criatura ibrida formada pela excêntrica mistura de burro e de unicórnio ,não gostava de se misturar com os unicórnios puros pois se achava diferente deles, por isso morava Longe das outras casas no pé de uma montanha pequena,numa casa simples feita por ele,essa casa era cheia de livros pelo singelo motivo dele amar histórias de todos os tipos,tamanhos e generos.
Avia livros inpilhados sobre livros,debaixo das mesas e dentro de várias caixas pelo chão,ele morava sozinho mas vez ou outra um amiguinho muito peculiar o vinha visitar,uma raposa branca toda cheia de marcas pretas pelo corpo chamada prelala que viu quando o senhor burro unicórnio chegava em sua casa depois de andar pela cidade que ficava na direção onde viviam os unicórnios puros para comprar mais livros e trazer madeira ,correu pelas pedras e árvores e subio na janela aberta,uma briza fez seu pelo macio dançar e o sol o iluminou.
O burro olhou para ela como se tivesse tido a empreção de que alguém avia chegado,mas só empreção mesmo.
-que tipos de histórias você trouse dessa vez?
Mas o burro continuou a descarregar os livros devagar nas prateleiras,só depois respondeu.
-pensei que raposas não soubessem ler.
-olha só,falau o burro de chifre!
Respondeu a raposa com ar de zombaria enquanto decia da janela e enfiava o focinho dentro de uma das caixas.
-algo sobre raposas?
Perguntou ao burro que estava concentrado no livro, quase chegando no topo.
-você vai ter que descobrir!
Disse isso empurrando com o focinho uma das caixas na direção da raposa que abriu um sorriso luminoso.
-ótima resposta!
-quando é que eu não dou uma boa resposta?
Que diálogo sem graça para duas criaturas tão fantásticas terem não é verdade?!mas é nesse momento que um barulho muito alto soa pela casa vindo do lado de fora,a raposa arregala os olhos na direção do burro que correu para fora alarmado,Prelala saiu escalando novamente a janela.
Quando chegaram ao lado de fora deram de cara com três monstrinhos brincando em seu jardim,cada um de uma cor opaca diferente com manchas na barriga.eles davam risadinhas estranhas e enlouquecidas um para o outro enquanto jogavam as coisas do jardim para o alto e as quebravam.
O senhor burro então respirou fundo enquanto seus olhos mudavam de cor de tanta raiva e falou áspero.
-o que estão fazendo?
Disse isso no momento que um deles chutava as vasilhas perto do canteiro,eles pareciam não ouvir ou se importar.
Prelala olhou para o burro unicórnio.
-quer que eu de um jeito neles para você amigo?
Disse com um sorriso mal no rosto e alongando o corpo.
-deixa comigo!
Respondeu o burro meio que se acalmando.
-oi...
Disse sem que lhe dessem atenção e continuou.
-bem...isso é um jardim,não faz parte da floresta,vocês não podem brincar aí!
Dessa vez os monstrinhos coloridos que antes fingiam não estar ouvindo ficaram receosos virando um para o outro quando um deles deixou escapar aos colegas:-mas não era pra gente fazer isso?
-era sim,o senhor refinado nos mandou!
-parem de falar seus idiotas!
Falou o terceiro empurrando e chutando os outros dois que responderam com mais empurrões um seguido do outro.
-eles estão ouvindo!
Falou olhando para o burro unicórnio e em seguida para sua amiga raposa e os três se viraram na direção deles.
-vocês,vocês nos fizeram fazer isso!
Falou o primeiro e mas burro dos três ,sua cor era amarela.
-é a culpa é deles!
Continuou o de cor azul olhando para o terceiro.
-Peguem eles!
Disse o terceiro de cor rosa e manchas cinza na barriga,então os três pularam ao mesmo tempo nos dois amigos que se assustaram de relance. Os dois últimos pularam no burro que começou a surrar e caiu.
-o que?-disse o burro antes de zurrar e cair. O de cor amarela não foi suficientemente rápido para Prelala e se assustou com o que aconteceu em seguida.
-minha nossa.
Disse ele caindo de bunda no chão.
A raposa começou a crescer e ao redor dela formaram-se luzes como fitas brancas e começou a brilhar,das fitas que cobriram tudo ao seu redor saiu Prelala assustadoramente grande com o mesmo sorriso de antes,seus pelos agora estavam em tons de vermelho e rosa nas patas e os três monstrinhos pularam num susto para longe deles
-um monstro!
Disse o rosa apavorado (claramente ele era o mais inteligente dos três)
-e você,não é um monstro também?está com medo de que?!
Disse Prelala voltando sua atenção somente para ele o que o deixou ainda mais assustado.
-rhaaaa
Rosnou Prelala já encima dele e mostrando suas presas aterrorizantes.
-não seja tão má Prelala!
Falou o senhor burro-unicórnio para Prelala e depois voltou-se para os monstrinhos e lhes disse:
-não se preocupem ela não vai comer vocês,ela só está querendo lhes dar medo.
Falou para tentar acalmar os monstrinhos que estavam trêmulos mas eles não deram atenção e um deles gritou:
-é uma gigante,ela vai nos comer!
-corram!
Disse outro e saíram correndo,mas antes que pudessem chegar até a floresta Prelala já avia derrubado um deles com a pata e o estava prendendo ao chão com as garras.
-chega de brincar!
Dessa vez o focinho dela estava bem pertinho dele e com um sorriso largo aberto.
-não seja idiota,se comê-los como vamos saber quem os mandou?
Disse o burro para ela que virou-se e depois novamente voltou-se ao seu prisioneiro,os colegas espiavam dos arbustos.
-quem mandou vocês?
Prelala parecia se divertir,o pequeno só se assustava ainda mais provavelmente pensou que seria sua próxima refeição.
-vamos,se me contar prometo não te jantar!
Disse isso com imensa alegria estampada em cada palavra.
E os dois monstros fujões reapareceram de mansinho e de cabeças abaixadas.
-nós contaremos a vocês se soltarem nosso amigo!
O senhor burro-unicórnio e sua amiga raposa comeram então a ouvir uma declaração chocante que mudaria para sempre a vida do nosso amigo diferente. Na verdade os três monstros coloridos tinham sido pegos na florestas pelo rei para em troca da sua liberdade destruirem a casa do burro-unicórnio que morava no pé da montanha assim forçando ele a ir embora de seu reino.
-por que o REI quer que eu vá enbora?
Falou então o burro sem saber o que pensar.
-ele acha você uma criatura desprezível
-horrenda
-nojenta
Disseram os três.
-ele gosta muito de unicórnios e até falou que você está manchando a imagem deles.
-sim,sim e que um ser nojento como você não pode ficar no seu reino.
-isso mesmo"tem que ir embora" ele disse!
Os três voltaram a dar risadinhas enquanto falavam.o burro ficou sério virou-se e foi para dentro da casa,os monstrinhos aproveitaram para correr quando Prelala encolheu e foi para dentro.
O burro já preparava um carrinho com vários livros para ler.
-Onde você vai amigo?
-vou provar que sou tão bom quanto os unicórnios puros,vou provar que eu mereço ter valor.
-então você vai embora?mas é isso que o rei mal quer!
-vou procurar o meu lugar,ir onde ninguém foi e fazer o que ninguém fez,mostrar que sou especial.
O burro parecia decidido e foi aí que Prelala ficou receosa.
-desculpa amigo mas...meu lugar é aqui...você terá que ir sozinho!
Disse isso com a cabeça baixa e sem olhar diretamente para o amigo que assentiu com a cabeça e virou-se para um belo caminho cercado de pedras e flores que parecia sem fim.
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O burro-unicórnio
FantasyA história de um burro-unicórnio que após sofrer com a maldade do rei por ser uma criatura "impura e estranha"resolve sair em uma jornada em busca de quem ele é e acaba encontrando muita aventura no caminho....🐴🦄