Capítulo 22

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PDV Edward

Enquanto Emmett balbuciava frases desconexas meu único pensamento era soca-lo até perder as forças, mas não faria isso, pelo menos não sem antes saber como diabos isso foi acontecer. Aguentei firme enquanto o ouvia e para isso foi necessário todo o meu auto controle.

-Olha Edward, você sabe que geralmente eu não faria algo assim, ela é sua irmã e tudo, mas primeiro, eu não a obriguei a nada. – Disse dando de ombros. Meu sangue parecia ferver nas veias. - A culpa não é inteiramente minha. E depois, você sempre soube que rolava um clima entre a gente. – Falou ele.

-NÃO. EU. NUNCA. SOUBE. – Falei trincando os dentes.

Imaginar Emmett com Alice era simplesmente algo que eu não conseguia fazer. Ele, eu e Jazz éramos a perfeita definição de canalhas. Duas, três mulheres por noite era o que conseguíamos só nos dias fracos. Não aguentaria ver minha irmãzinha namorar um cara como Emmett. Como eu. Ainda mais sabendo que ele não está interessado de maneira alguma em algo sério. Não posso consolar Alice quando ela voltar a vê-lo como ele é.

-Cara, quem você pensa que foi o primeiro cara com quem a sua irmã ficou? – Perguntou Jazz. – Até eu que não conheço vocês há tanto tempo sei da história e percebo a tensão sexual foda que rola entre eles.

-Cala a boca seu corno. Tá piorando a situação. – Emmett jogou uma almofada com força na direção de Jasper.

-Por que vocês não disseram nada antes? – Perguntei com falsa tranquilidade.

-Nós, bem.. é, tínhamos receio da sua reação. Achei que ficaria um clima meio estranho entre a gente. – Completou cabisbaixo.

-Provavelmente você tinha razão. – Falei. – Achei que podia confiar em você bro, mas não posso ver Alice sair magoada dessa história.

-Ed, cara, eu gosto da baixinha, estamos aproveitando juntos, e ela me conhece, nós nos conhecemos, não pense que ela entrou nessa enganada, ela sabe como sou. – Disse ele. – Não farei nada para magoá-la, nunca faria. Você sabe disso. – Ele falava sério como poucas vezes antes eu havia visto.

Ergui os braços em rendição.

-Ok, ok.. Vocês dois são adultos e podem resolver suas próprias questões. Mas estou avisando, se vir Alice triste por sua causa .. – Sinalizei com um dedo passando de um lado a outro da garganta. – É bom ficar atento, não quero perder meu melhor amigo. – Conclui sério.

-Cara, tu sabe que eu te amo né? – Sorriu ele, brincalhão.

-Sai dessa cara, sou muita areia pro seu caminhãozinho. – Falei entrando na brincadeira. – Jasper manda aí alguma coisa com muito álcool de preferência. Não pretendo sair daqui sóbrio.

(...)

Acordei sem saber onde estava, minha cabeça latejava e meus olhos estavam em brasa. Em minha mente passavam flashs da noite anterior, risos, conversas, mulheres.. Opa, mulheres? Tentei acessar as memórias, mas uma dor de cabeça horrível me impedia de saber o que de fato havia acontecido.

Resolvi que deveria analisar onde estava, reconheci meu apartamento, mas não fazia a menor ideia de como havia chegado lá. Estava sem camisa e sem sapatos. Algum dos rapazes deve ter me trazido até aqui.

Fui caminhando em direção ao banheiro, quando tropecei no pequeno criado-mudo ao lado da cama.

-Porra. – Xinguei alto, o que fez minha cabeça latejar.

Olhando para o móvel, vi algo que tinha deixado passar, um pequeno cartão ao lado da minha camisa, que não estava ali antes, tinha certeza, ou o máximo de certeza que poderia ter nesse estado. Peguei e li a anotação no verso.

Uma Babá DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora