❝ capitulo único ❞

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Eu sempre gostei de ser independente, por isso comecei a trabalhar muito cedo, com quatorze anos para ser mais especifico.

Meus companheiros de trabalho nunca gostaram de mim, porque eu levava muito a sério meu serviço então tinha uma moralzinha com o chefe quando os outros não.

Na escola? Eu não tinha amigos, era o típico nerd que ninguém gostava. Passava o tempo inteiro na biblioteca, ela era meu refúgio.

Me orgulho bastante dessa época na minha vida, porque quando terminei o ensino médio, comprei meu carro e um apartamento, sem a ajuda dos meus pais, só com o dinheiro que eu havia guardados todos aqueles anos.

Passei em 10 universidade, as mais concorridas do país, mas acabei escolhendo a da minha cidade mesmo.

Percebi que todo o meu esforço tinha valido a pena quando escutei minha mãe dizer "parabéns seokjin, VOCÊ conseguiu".

Sim, EU consegui, e era gratificante saber que não precisei depender de ninguém pra conquistar aquilo que eu queria.

Na universidade não mudou muito coisa, no primeiro dia de aula eu já tinha brigado com uma garota que mandou eu carregar a mochila dela.

Não gosto que ninguém me diga o que fazer, então aquilo tinha sido o cúmulo para mim.

Agradeci por ninguém me perturbar depois disso, e passei a ficar sozinho outra vez.

Mas eu gostava de ficar sozinho, não precisar entreter ninguém, não precisar dar satisfação a ninguém.

Eu simplesmente tentava ignorar o mundo de fora entrando dentro dos meus fones o dia todo.

Mas eu confesso que as vezes me pegava pensando em como seria ter alguém para abraçar, alguém para me emprestar a jaqueta quando estivesse frio.

Como deve ser o amor? Eu nunca amei ninguém na minha vida além da minha familia.

Eu queria esperimentar aquela amor jovem que durasse até a velhice, andar de mãos dadas pela rua, alguém pra me puxar para perto, para ser meu homem, para eu amar.

Dizem que se apaixonar é bom, que só de olhar para a pessoa amada que uma fábrica de borboletas nascem no seu estômago.

Nunca dei muita fé nisso, mas não nego que estava louco para descobrir essa sensação.

Eu jurei ser bom pra você, seja lá quem você for, seja lá onde você esteja.

Mas eu cansei de pensar nisso, de procurar pelo meu futuro alguém, porque quando fosse a hora certa, você estaria ali comigo.

E foi enquanto eu pensava nisso, andando pelo corredor do colégio, que você esbarrou em mim, fazendo nós dois cair no chão frio.

Você levantou todo sem graça e me ajudou a levantar também. E foi quando eu olhei nos seus olhos, que eu senti, eu senti as famosas borboletas no estômago.

Borboletas não, rinocerontes, mas exatamente.

Você sorriu pra mim com aquelas covinhas lindas, e meu coração apertou.

"me desculpe, foi sem querer"

Você ameaçou sair de perto de mim, apenas com aquelas palavras, mas ao perceber que provavelmente não te veria de novo - pelo campus ser extremadamente grande e ter muitas, mas muitas pessoas naquela universidade - eu agarrei seu braço.

A textura da sua pele era ótima, eu não queria parar de te tocar, queria te abraçar e te sentir por inteiro, apenas por um toque.

"hey, espera, qual é o seu nome?"

dear no one | ❀ namjinOnde histórias criam vida. Descubra agora