Selva de Pedra

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Ao amanhecer,
Caminhando em meio a ruas vazias
Olhando para o céu sem perceber,
Que as noites eram mais frias...

No silêncio e pós escuridão
O movimento se inicia,
Nessa grande imensidão
Pessoas perambulando, vazias!

A selva de pedra sonoriza
Entre corações amargurados
A vida se martiriza...

Matando um leão por dia,
Desviando das grandes antas
Que naquele local vivia

Não deixando um só rastro,
Por onde passava se ouvia...
A grande tristeza de lastro
Prendendo cada pedra que se via!

Estudar, trabalhar, morrer!
Talvez essa seja a vida
De pessoas que tentam sobreviver,
Em meio a tanta partida
Do doce veneno de viver...


Rodrigo Ferreira

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