PRIMEIRA PARTE
CRONOGRAMAAcordei com o barulho de um rádio despertador anunciando as primeiras informações do dia. Não me preocupei com o horário, estava com o dia livre. O som da cidade não causava tanto incomodo como no antigo apartamento.
Decidi me levantar e percebi que havia um recado, um bilhete ao lado do Telefone. De quem seria? Fazia tempo que não recebia ninguém. Fiquei confuso quando li, era um papel antigo, parecia uma impressão de uma máquina de estampas. Segurei por um tempo, reli, olhei o verso. A mensagem dizia que era preciso ir à biblioteca central.
Não sei como o recado chegou até ali, mas quem enviou havia cometido um engano. Era um dia típico de verão, mas tudo que eu queria era ficar em casa. As coisas mudaram e agora finalmente depois de tanto tempo esperando uma promoção, e agora que havia conseguido, fazia o meu próprio horário. Era uma folga que não queria perder. A noite, fui ao café onde sempre vou, na volta, deitei e adormeci.
Na manhã seguinte, fui abruptamente despertado por uma chamada ao telefone.
- Alô! - Uma voz desconhecida.
- Quem é? O que quer? - A voz de um senhor soou num tom monótono - KEWIN, ontem você recebeu o recado, precisa ir à biblioteca central. Tentei perguntar quem havia ligado, mas não houve tempo.
Ainda sonolento, me levantei. Não queria me preocupar com isso, poderia ser alguma brincadeira, um engano ou qualquer coisa do tipo.
O café que frequentava ficava no mesmo prédio que o meu apartamento. Caminhei até o meu lugar de costume, não precisava me dar ao trabalho de dizer o que queria; Em poucos minutos, o café estava servido
- Um senhor te deixou um recado, disse que era importante - Clara era a garçonete, sempre objetiva nos recados.
- Eu o conheço? - Ela me encarou com um ar surpreso.
- Não sei! Está em cima da mesa. Esse envelope, ele o deixou aí, parecia saber onde você iria se sentar.
Minha desconfiança não me traiu, tinha a ver com o recado do dia anterior e a ligação.
- Você precisa ir á biblioteca. - O papel dessa vez era muito superior em qualidade, seria a impressão à laser? Não era algo como o que já conhecia. Era diferente, mas o conteúdo era o mesmo, e isso já estava me cansando. Não sabia o motivo, mas o que custaria saber? Andei algumas quadras e estava em frente à biblioteca indicada.
Caminhei até balcão de atendimento para ao menos tentar conseguirqqualquer informação.- Bom dia, meu nome é Kevin Parker. Eu tenho uma conta antiga aqui e gostaria de...- Fui interrompido pela atender impaciente. -...Kevin Parker Lewis? Já vi no sistema. O senhor agendou um horário, com um certo exemplar em particular.
Eu não havia agendado, mas aproveitei a oportunidade. Ela digitou alguns códigos no sistema, me entregou um comprovante de retirada. No mesmo havia a descrição da hora agendada, a sessão e o exemplar, o qual eu não fazia a mínima ideia do que seria. Entreguei o comprovante, e aguardei. Alguns instantes depois, recebi o livro.
A capa era de um vermelho intenso. Havia uma espécie de borda em baixo relevo, mas o estranho é que não havia título. Na capa interna, uma espécie de prólogo, pelo que eu sabia, aquele podia ser o prólogo mais breve já criado.Estava escrito:
"Eu sou o tempo"
- Oi! Kevin, preciso te contar umas coisas. Leia com atenção. Não fuja às regras! Leia cada conteúdo no horário indicado no índice, não tente pular o (tempo) ...- "Estou de olho em você"
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Eu sou o tempo
ParanormalKewin Parker recebeu um livro cuja origem é desconhecida. O autor diz que conhece todas as coisas sobre ele, inclusive seu futuro. Assustado com o que aconteceu, procura ajuda de um velho amigo para investigar o caso. Agora todo o passado que acredi...