Capítulo I

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Chicago - 23 de setembro de 2012

- Kathleen Baldwin, você está detida por tráfico de drogas e contrabando, com sentença de 3 anos. Levem-na daqui - fala a juíza

- Isso e um absurdo, vocês não podem me levar daqui seus filhos da puta - digo irritada enquanto os guardas me arrastam para fora segurando meu braço.

Chegando lá fora, me jogaram dentro de uma vã que me levaria para o presídio mais próximo, o presídio era horrível, homens e mulheres estavam lá. Quando cheguei lá, os policias agarraram meu braço, me jogaram no chão, fecharam a porta da vá e me agarraram novamente, chegando dentro do presídio, algumas presidiárias me chamavam de prostituta, que meu lugar era lá. Chegando lá, fui falar com o diretor, sobre onde eu deveria me acomodar, com muita frieza ele mandou eu segui-lo e me levou na ala B. Quando sentei naquela cama, algumas presidiárias vieram para me espancar. Duas semanas depois, fui estuprada por um presidiário, ele ameaçou me matar caso não fizesse sexo com ele. Fui comentar com o diretor e ele sentenciou Albert a cadeira elétrica, pois ele havia descoberto que eu não seria a primeira vítima dele na prisão. Para a minha sorte ele me transferiu para um presídio só de mulheres que ficava perto de uma cidade nojenta, mas não quero entrar em detalhes, odeio todas essas lembranças, e muitos devem estar se perguntando como fui presa sendo de menor, sim, fui presa quando estava acabando o 3° ano mais havia 18 anos já, e como eu era de maior eles poderiam me prender a vontade. Meus pais me abandonaram quando eu era apenas um bebê, disseram que me encontraram em uma lata de lixo e me acudiram, não poderiam ver uma criança no lixo e não fazer nada. Então eles conversaram com uma assistente social, ela fez uma papelada e eles acabaram sendo meus pais, amo eles de coração, mais não sei se eles ainda me amam depois de tudo o que fiz, nunca vieram me visitar uma vez se quer na prisão, penso que eles nunca mais querem me ver, tem vergonha de mim e aí vai. Aprendi muitas lições na cadeia, uma delas é que a amizade e muito importante, não citei acima mais eu tive uma colega na prisão, a garota era possessiva por xoxota, mais foi a única pessoa que me entendeu. Bom, não quero mais falar sobre minha vida na cadeia, espero que entendam isso.

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No dia 13 de outubro de 2015, me liberaram, foi algo maravilhoso ver aquela luz do sol batendo no meu rosto sem estar dentro de muros e grades, os policiais me levaram até a cidade é me deixaram lá no meio da praça, como eu conhecia a praça, eu fui para a casa dos meus pais, eu estava aflita, ansiosa, pois não sabia como eles me receberiam depois de tanto tempo. Indo no caminho de casa, eu vi um cara sendo assassinado no beco, algo incrível para aquele horário, as coisas fora daquela prisão havia mudado muito, a violência era maior, as coisas eram mais caras, a tecnologia havia aprimorado muito. Ao chegar na porta da casa dos meus pais, respirei profundamente, e então toquei a campainha, e logo em seguida eu ouço a maçaneta girar, meu coração começou a bater tão forte que não sei como poderia descrever aquilo. Quando a porta abriu, uma mulher morena, cabelos castanhos e ondulados me atendeu, sem entender tudo aquilo, ela me disse olá.

- Quem e você ? - digo

- Sou a Srta. Jormani, o que deseja ?

- Essa casa é dos meus pais, Helena e Hector Baldwin.

- Não ficou sabendo ? Como posso te contar isso ? Seus pais foram assassinados brutalmente nesta casa, a polícia encontrou o corpo dias depois da morte. - Jormani diz como se fosse normal.

Me ajoelho na escada, sem entender tudo aquilo, inconformada, começo a chorar, Jormani me abraça fortemente, um abraço reconfortante, que a muito tempo não sentia nada parecido. Não conseguia parar de chorar, enquanto Jormani falava para eu ficar calma. Não tinha como ficar calma, meus pais morreram, não fui avisada e recebo aquela notícia daquele jeito. Quase uma hora depois, me acalmei, falei obrigado para Jormani pelo que tinha feito por mim e sai correndo, sem me despedir, fui até o cemitério procurar o túmulo dos meus pais, ao achar, eu me deitei na grama ao lado do túmulo e chorei mais e mais. Sem ver, dormi no meio do nada, acordei horas depois encharcada, estava chovendo muito, então levantei daquela grama e fui me abrigar em algum canto, afinal, eu havia virado uma garota das ruas.

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⏰ Última atualização: Jan 18, 2017 ⏰

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