Capítulo 1

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Em um dia comum, era meu primeiro dia de aula na escola nova, me arrumei peguei meus materiais e desci as escadas, comi rapidamente, e fui, chegando na escola, vi algumas meninas lá, olhei pra elas, e vi algo que eu não era parecida, elas eram totalmente diferentes de como eu era, elas eram arrumadas, bonitas e populares, e eu era apenas uma menina solitária, passei por elas olhei e uma delas me disse:
-Você que é a novata?
Me virei e disse:
-Sim, do nova aqui
-Hm interessante, pena que não temos vaga no grupo para você, tchau
Eu abaixei minha cabeça e sai, eu era muito sensível e deixei aquilo me abalar, mais percebi que até que era bom não ser parecida com ela, elas eram muito fúteis, eu era uma menina totalmente excluída, depois que ela me falou isso o sinal tocou, fui direto para minha sala, quando entrei descobri que ela estava na minha sala, logo pensei:
-Ah não, ela vai me enlouquecer
Eu entrei me sentei na última carteira e peguei minhas coisas, ela veio até minha mesa e me disse:
-Está bom aí no fundo sozinha?
Eu fiquei muito enfurecida com a situação, meu primeiro dia de aula e já acontece isso, eu disse:
-Sim, estava ótimo, até você chegar aqui
Ela me olhou com raiva se virou e saiu, ela não estava com as amigas, eu estava sozinha sem ninguém, mais ai eu olhei pro lado lá no outro canto, no fundo, e vi uma menina sozinha também, ela estava chorando, e aquelas meninas estavam fazendo bulling com ela, ela estava muito chateada, eu decidi fazer algo, eu fui até ela e aquelas meninas e falei:
-Deixem ela agora!
A menina que estava me perturbando tinha o nome de "Stefanny" ela ficou irritada e me falou:
-Quem é você para falar algo? Nem amigos tem!
-É melhor não ter amigos do que ser como vocês!- eu disse
Ela saiu da sala e foi até o banheiro, elas deixaram a menina em paz, virei para ela e ela me disse:
-Obrigada mesmo, hoje é meu primeiro dia de aula e eu estava tentando fazer amigos, elas me zoaram por eu usar óculos
-Hoje também é meu primeiro dia, uma delas me zoou também, prazer
-Qual seu nome?- ela me perguntou
- Meu nome é Alice, e o seu ?
-Meu nome é Ana- ela disse
-Que legal!
Depois disso passamos horas conversando, ela foi muito gentil, cheguei em casa, super cansada de tudo aquilo, eu estava cansada da minha vida, e tudo que acontecia nela era ruim, minha mãe não tinha tempo pra mim, meu pai não parava em casa, e eu estava praticamente sozinha, eu ficava toda hora me perguntando:
"Quando isso vai acabar?" "Quando todo esse sofrimento vai ter fim?"
Eu estava indo pro corredor da morte, eu não queria voltar pra escola mesmo tendo uma amiga, eu tinha alucinações e ficava pensando em coisas terríveis,a maioria das minhas alucinações eram psicopatas, eu estava totalmente louca, me sentia morta por dentro, tudo o que eu tinha esperança deu errado, eu não queria voltar nunca mais pra aquela escola, bom mesmo assim tive que ir, chegando lá vi minha amiga Ana na porta, me aproximei, e ela falou:
-Oi amiga, tudo bem?
Eu estava muito triste e depressiva então respondi:
-Oi, não e você?
-Estou melhor do que estava ontem
O sinal tocou e nós fomos até a sala, na sala estava tudo vazio, não tinha ninguém, e do nada percebi que estava tento uma alucinação, eu estava alucinando e a Ana estava me chamando, eu estava em um mundo paralelo, dentro da minha mente, minha alucinação era que eu estava estava em um corredor escuro e vazio, tinha uma luz bem longe, eu estava andando e andando e não ia a lugar nenhum, e de repente sumiu, e comecei a ver novamente o rosto da Ana, eu achava que estava louca, se eu contasse isso aos meus pais eles me internariam num manicômio, eu comecei a achar que a Ana estava me achando louca, ela começou a se afastar depois que contei das alucinações, minha única amiga me abandonou, eu saí da escola chorando, fui até a praça da cidade, sentei no banco e desmoronei, resolvi ir até o parque, quando cheguei, sentei na frente de uma árvore, e olhei para cima, um céu tão azul, me virei e vi um buraco perto da árvore, olhei para baixo e vi que era um buraco muito fundo, eu virei para trás, e de repente algo me empurrou e eu cai lá, o impacto foi tão grande que eu bati minha cabeça e desmaiei, eu acordei e não fazia ideia de onde eu estava, comecei a chorar de desespero, mais percebi que não ia adiantar nada, sentei no chão e vi uma porta escondida, estava trancada então fiquei procurando a chave até que achei, consegui abrir a porta e vi um lugar totalmente diferente de onde eu estava, eu tentei voltar mais a porta havia sumido, não tinha para onde ir, então segui o caminho, era um lugar totalmente preto e branco, e eu não estava entendendo nada, olhei para a frente e vi uma porta meio distante, comecei a correr para descobrir o que tinha atrás daquela porta, eu à abri, e vi um corredor totalmente escuro e vazio, como na alucinação, era igualzinho, eu estava andando e como na alucinação não estava indo a lugar nenhum, comecei a correr e novamente não ia à lugar nenhum, comecei a ficar irritada, e de repente vi o final daquele corredor escuro e vazio, vi vários vultos passarem em minha frente, fiquei muito assustada, mais segui em frente, eu saí daquele corredor, e vi um portão enorme lá longe, corri para ver, e voltei para o parque e comecei a me perguntar:
-"O que aconteceu?" "Onde eu estava?"
E eu não estava entendendo, por um minuto fiquei feliz, por que achei que não voltaria mais para a escola, quando sai de lá estava muito tarde, eu cheguei em casa e minha mãe estava super preocupada, ela estava furiosa, ficou muito brava:
-Menina isso é hora de voltar para casa? Você é uma iresponsável, onde você estava?
-Eu estava na escola, depois fui para a praça e para o parque, eu cai em um buraco e tinha outro mundo
-Menina você está louca? Não existe nenhum outro mundo! Agora vá para o seu quarto!
Ela não estava acreditando, eu fui dormir chorando como sempre, acordei, e fui para a tortura mais uma vez, a Ana não estava nem olhando para a minha cara por um motivo que não era culpa minha, a aula acabou, então decidi voltar para o parque para ver se o buraco ainda estava lá, eu fui atrás da árvore, no local onde ele estava da última vez, eu cheguei perto e não havia absolutamente nada, o buraco havia sumido, e eu não estava entendendo nada, eu decidi voltar para casa e então quando eu ia colocar a chave na porta, eu ouvi barulho de brigas, fui para a janela olhar o que estava acontecendo, e vi, meus pais estavam brigando:
-Você foi um péssimo pai deis de o começo, saia daqui, ela não precisa de você!
-Eu fui um péssimo pai? Você que foi uma péssima mãe, você deixa ela chegar 21:00 em casa e fica tudo bem, isto está totalmente errado!
Eu estava chorando como nunca chorei, minha vida está desmoronando, eu estou me sentindo muito mal, agora nem meus pais vou ter comigo,
-Eu vou pedir a guarda dela, nos deixe em paz, ela não te quer como pai!
-Eu também vou!
Agora só vou ficar com um deles, e agora o que vai acontecer ?

SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora