Um tipo de sorte para cada pedido

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Capítulo único.

Era cedo da manhã quando a mãe de Jongin o acordou aos gritos para seu filho levantar. Aquele era o dia mais temido do pequeno, lutaria com todas as suas birras para não ir ao horripilante dentista. Levantou-se da cama ainda sonolento, passou quase dez minutos para acabar de escovar seus dentes, fazendo de tudo para se atrasar, demorando para comer e para tomar banho. A progenitora já sabia de todas as manhas do seu filho, assim acordou-o uma hora antes para não se atrasar! Ele saiu de casa choroso, resmungando que não queria ir, mas era necessário fazer essa consulta.

O Hospital estava do mesmo jeito de sempre. O recepcionista Yixing atrapalhado procurando suas fichas, pacientes sentados naquelas cadeiras de plástico nada confortáveis, médicos correndo para lá e para cá com seus estetoscópios no pescoço e, como não podia faltar, uma criança chorando alto para chamar atenção. No caso, a criança chorando era Jongin.

- Omma, eu não quero ir! - Exclamou ele com os olhos cheios de lágrimas, implorando para sua mãe levá-lo para casa.

- Se você continuar, seu dente vai começar a doer...

- Não! - Gritou abrindo o berreiro, fazendo a senhora Kim morrer de vergonha.

- Comprarei um doce se você parar de chorar. - Ditou.

- Doce? - Sorriu.

- Sim, apenas pare de chorar. - Enxugou as lágrimas de seu filho. - Vou fazer a ficha e logo vamos comprar, tá bem? Não saia daqui. - Explicou a mais velha, fazendo Jongin parar de chorar.

Só havia passado apenas três minutos e o tédio já consumia o menor. Sem o celular e sem poder brincar, ficar sentado em uma cadeira olhando para sua mãe não era nada divertido. Procurou algo para brincar, então decidiu desobedecer sua mãe ao ver uma bola no corredor. Caminhou até a mesma devagar para que ela não percebesse, mas antes de chegar lá, um menino com pouco cabelo e mais baixo que sí, pegou a bola e levou para dentro da sala.

Curioso, o pequeno caminhou na pontinha dos pés até a sala. Girou a maçaneta e meteu o rosto na brechinha da porta. Ficou confuso ao ver várias crianças sem cabelinhos brincando, enquanto o menino que havia pegado a bola estava a jogando sozinho.

- Hey, você! O que está fazendo aí fora? Quer brincar? Vem! - Um loirinho de jaleco, o chamou para entrar. Ele era engraçado e o seu rosto estava pintado com tinta, ele também usava um nariz de palhaço. Ele era um doutor ou um palhaço? Pensou duas vezes antes de entrar na sala, livrando-se de sua timidez.

- Então, qual o seu nome? - Perguntou o doutor.

- Kim Jongin. - Disse baixinho, enquanto olhava os próprios pés envergonhado.

- Como gosta de ser chamado?

- Kai...

- Porquê Kai?

- Porque parece nome de pessoa grande. - Pessoa grande era como Kai chamava os adultos.

- Então prazer, Kai! Crianças esse é o Kai, digam oi!

- Oi, Kai! - Acenaram todos para ele, fazendo o pequeno Kai ficar vermelho como um pimentão. Sussurrou baixinho um olá e acenou para eles de volta.

- Kai, meu nome é Byun Baekhyun e eu gosto de ser chamado de Baek.

- Você é um doutor ou um palhaço? - Jongin questionou.

- Eu sou um doutor-palhaço! Eu cuido das pessoas e faço-as rir! - Falou em um tom de voz engraçado, fazendo Jongin ficar ainda mais curioso. - O que te traz aqui? - Perguntou Baek.

Fica, vai dar sorte.Onde histórias criam vida. Descubra agora