Poemas De Um Jovem Perturbado

Noites em Marte

Sem durmir
Com tanto sono
Me questiono
Quando foi que tive
meu último sonho

Dizem que quem não dorme não sonha
Mas quem não dorme vira a noite sonhando mais alto que balão
Sonha com o futuro
Relembra o passado
E dali algumas horas vive o presente
Mais sempre pensando
Talvez mais algumas pilulas bastem
Só mais algumas

Infinitas horas tentando, falhando e desistindo
Infinitos dias nesse ciclo
Sentando, deitando, rolando, pensando
O cérebro como um computador sem carga
Continua funcionando a mil por hora
Mas este nunca acaba desligando
Bateria viciada
Viciada em cochilos da manhã, da tarde
Viciada nas noites em marte

O refúgio das madrugadas
Lugar que aceita os viajantes da noite
As bebidas sempre baratas
E as luzes sempre apagadas
Aceitam gente de todas raças
Gordo, magro, feio e belo, até a mosca que passa
Fecha às seis
Logo antes que o Sol nasça
Logo depois que a poesia acaba