Beginning Of The Troubles

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 [...]

— Ethan?
— Angela...! — Eu e Alice dissemos juntos.
— O que houve, menino? — Ela perguntou referente ao curativo que Alice havia acabado de fazer.
— Acidentes domésticos. Acontece. Mas graças a enfermeira Alice está tudo certo.
— Desde quando você é enfermeira, Alice? — Disse Angela.
— Sei lá... Só tentei ajudar.
— E conseguiu. A propósito... Como foi a viagem, Angel?
— Engarrafamento, muitos dinheiros com gasolina e música indie. Né, Alice?
— O que? — Ela estava totalmente distraida.
— Nada não.
 Meu telefone começou a tocar, era uma das mentes criativas da minha produtora, Caroline Pereira.
— Senhoritas, a casa é de vocês. Qualquer coisa é só bater na porta de frente para a cozinha, é o meu escritório. Angela, o almoço está pronto. É só se servir e pode ficar com a suíte com visão pra rua ok?
— Amém... — Ela sussurrou acompanhada com uma expressão de alívio. — Alice, pode me ajudar com minhas bagagens?
— Tá bom.


9 de Julho, 14:00
Ethan's House: Suíte da Angela

— Posso saber o que está rolando entre você e o Ethan? — Perguntou Angela.
— Bom dia? — Alice respondeu.
— Nem começa, Alice.
— Nem começa o que? Não tá rolando nada. Na verdade a única coisa que rolou da escada foi ele e eu só fui ajudar.
— Uhum... Tá. Pro seu governo o Ethan não é o tipo de pessoa que eu quero próxima à você, fora o crush profundo de 2 anos que ele tem por você... Digamos que ele não presta muito...
— Você querendo ou não... Com crush, sem crush... Ele prestando ou não... Isso não elimina o fato de que ele foi muito gentil comigo ok? Ok. Passar bem...
— Alice, eu estou falando sério. Eu não quero que você tenha qualquer tipo de envolvimento com o Ethan, entendeu?
— É sempre a mesma novela todas as vezes que você me apresenta um amigo seu. Tou esperando o dia que isso vai parar. Já acabou?
— Já.
— Então... Adeuszinho. — Ela disse acenando com um sorriso falso e saindo do quarto.
— Tudo bem... Eu também tenho mais coisas pra fazer... — Sussurrou Angela.


9 de Julho, 14:27
Ethan's House: Escritório

 Meu escritório tem uma aparência executiva comum... Paredes cinza escuro, o chão é feito de uma espécie de mármore preto. Numa das paredes está uma grande estante de livros, na outra uma estante com a tv, meus equipamentos, um sofá e uma mesinha de centro de vidro de frente, na outra parede estão duas mesas, também de vidro, onde uma está o meu computador e a outra está vazia. E por fim, duas cadeiras de escritório pretas.
 Ouço alguém bater na porta...
— Entra. — A Angela então abriu a porta.
— Oi...
— Oi.
— Posso trabalhar por aqui? Estou precisando de um lugar com um ar profissional.
— Claro. Pode usar essa mesa aqui. — Eu disse apontando pra mesa ao lado da minha.
 Ela se sentou, se organizou e lançou a bendita frase sem sequer olhar na minha cara:
— Eu quero que você pare.
— Parar com...? — Eu perguntei.
— De dar suas investidas na minha irmã. Me surpreendeu o fato de que, nessas horas que eu estive fora, você não tenha conseguido ficar com ela. Logo você.
— Deveria ter mais fé na sua irmã. Ela é sangue do seu sangue, e se eu não consegui isso com você até hoje... Por que eu conseguiria com ela tão fácil?
— A Alice pode ser sangue do meu sangue, mas não somos a mesma pessoa.
— Nisso eu preciso concordar.
— Tente algo com a minha irmã e eu faço sua mamoplastia masculinizadora com uma faca cega, uma caixa de fósforo e sem anestesia.
— É uma bela ameaça. Apesar de não ser um comportamento adequado para uma advogada.
— É o comportamento adequado pra uma pessoa que te conhece o suficiente pra não permitir que você chegue perto da Alice
— Sabe que ela já tem 18 anos né?
— Sei... Mas com 18 ou 40 você é uma ameaça.
— Isso que eu chamo de amizade.
— Eu sei lidar com você, ela não.
— Ela poderia aprender...
— Não chegue perto dela.
— Vamo mudar de assunto? O que te trás aqui no Rio?
— Pra falar a verdade a Alice queria fugir um pouco do papai e da mamãe, eles estão pressionando muito ela quanto à faculdade. Mas acabou que coincidentemente ocorreu o assassinato de Gabriele Dantas, filha do maior sócio da Luxury, aquela empresa que faz iates, na madrugada de ontem pra hoje por volta de umas duas ou três horas da manhã aqui perto, mais pro final da rua pra ser mais específica. E você sabe como é quando acontece alguma merda dessa envolvendo ricos ou gente da mídia acontece. Medida são tomadas ás pressas, a polícia já se movimentou e levantou possíveis suspeitos. Um deles é o meu cliente.
— Nossa, rápido ele hein? Pra que correr com advogado desse jeito se é só um possível suspeito... Parece coisa de quem quer esconder algo.
— Edgar Martinez jamais permitiria que o filho dele entrasse nesse escândalo sem que medidas imediatas fossem tomadas.
— Edgar Martinez? CEO Fundador da Luxury?
— Yep.
— Então o seu cliente é o Thiago.
— Você conhece ele?
— Sim... Vira e mexe eu sou convidado pras festas dele em algum dos Iates do pai e quase sempre a festa termina aqui em casa.
— Teve alguma festa aqui ontem, Ethan?
— Sim... — Alguém confere se o meu cérebro virou pó e eu cheirei...
— Essa menina estava aqui? — Ela disse enquanto virava o notebook pra mim.
— Sim... É a..... Gabie. Espera. Como assim ela tá morta? Isso tá errado. Não...! Ela tava aqui ontem se divertindo com todo mundo e... Eu preciso falar com o Thiago.
Peguei meu celular e saí às pressas em direção a sala.
— Alô?
— Como assim a Gabie tá morta e você não me fala absolutamente nada, Thiago!?!?!
— Ei, bro. Eu achei que você já sabia, isso está pela internet toda. E do jeito que você estava louco eu achei que você nem ia se lembrar dela.
— Não é hora de fazer piadinha sobre a quantidade de droga que eu usava.
— A família dela está aqui em casa. Acredita que eu sou um possível suspeito?
— Acredito. Sua advogada é minha amiga.
— Aquela gostosa?
— Olha o respeito! E sim...
— Meu pai que escolheu. Aparentemente ela nunca perdeu um caso. Mas tenho minhas dúvidas se ele escolheu ela por isso... Se é que me entende.
— Tá, Thiago. Chega de piada.
— Ok... Estão me chamando aqui. O corpo dela ainda está naquele negócio de corpo de delito. Acho que o velório vai ser amanhã, te mando mensagem confirmando.
— Ok.
— Até mais, bro.
— Até.

— Ethan? — Angela me chamou e veio aindando até mim. E eu estou entrando em colapso.
— Fala, Angel.
— Se importa de ser testemunha do...
— Thiago? Por mim tudo bem.
— Você tá bem?
— T-tou...
— Você está tremendo e suando Ethan.
— Eu tou bem ok? Não se preocupa. Eu só tenho que descansar um pouco. — Eu disse enquanto eu sentava no sofá.
— Tudo bem...
Eu deitei no sofá e dormi um pouco.


9 de Julho, 17:32
Ethan's House

— Senhor Ethan? Senhor?
— Hm...? O que foi Abigail...?
— A polícia está lá fora... Querem falar com o senhor.
— O que? — Eu olhei pra Abigail confuso e em seguida me levantei.

Who is Ethan Hale?Onde histórias criam vida. Descubra agora