Prólogo - "eu nem vi quando você espetou sua casa aqui..."

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Hey monks, estava lendo minhas notas no celular e achei um texto meio caliente (às vezes costumo escrever textos assim quando bate a inspiração) mas não tava terminado e conforme fui lendo fui lembrando um pouco o que eu queria fazer com ele e vi que dava pra fazer uma one Camren, então adicionei algumas coisas e fiz. Mas com isso vi que de repente daria para levar isso de uma one shot pra uma fic, então talvez eu faça.

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POV Lauren.


Presente.


Passava minhas mãos por sua coxa que já se encontrava despida de qualquer tecido que a cobrisse, enquanto distribuía meus beijos em seus lábios rosados e carnudos, passando então para seu pescoço e beijando toda sua extensão indo finalmente parar em seu colo, as coisas avançavam em um ritmo deliciosamente lento e intenso, e quando dei por mim, nossas roupas já estavam enfeitando o chão do meu pequeno apartamento mas que fazia-me muito bem, enquanto nossos corpos dançavam entre suor, gemidos roucos, tesão, arranhões, palavras sujas e prazer, muito prazer.

Suas mãos agarravam minhas costas e suas unhas me arranhavam como se tivessem intenção de deixar sua marca em mim, de me fazer seu mapa particular onde o tesouro seria nosso próprio prazer nesses nossos encontros loucos cheios de adrenalina e selvajaria. Nós éramos selvagens e não só na cama. Logo estamos perdidas em um gozo extenso e foi tão bom, tão alucinante que repetimos a dose. Sua boca percorria partes perigosas de meu corpo me fazendo perder o juízo e revirar os olhos. Maldita boca latina maravilhosa. Mas eu também lhe dei o troco: a fiz gritar meu nome pedindo por mais, a fiz revirar os olhos também e pela segunda vez desfrutamos de um gozo maravilhoso. Agora em puro êxtase, respiramos. Arfamos. Continuamos suando. Sorrimos.

Acendia um cigarro e dava uma forte tragada enquanto ainda tentava normalizar a respiração. Ela olhava pro teto com o peito subindo e descendo, maneando a cabeça de um lado paro o outro com um meio sorriso na boca e dizendo baixinho:

- Uau!

E eu? Bem, eu só bati as cinzas do meu cigarro dentro do cinzeiro que fica em cima da mesinha, ao lado da minha cama, e com o mesmo meio sorriso no rosto respondi:

- A transa aqui é sempre outra.

Enquanto ainda desfrutávamos do momento pós sexo, comecei a lembrar de quando havíamos nos conhecido:

Foi há seis meses atrás em uma boate alternativa dessas da vida. Era a minha noite de folga do pub em que eu trabalhava, Ally havia ficado para cobrir minhas costas. O pub era da família dela, que muito já havia me ajudado e por isso eu já podia considerá-los um tipo de família para mim também, afinal, eles eram tudo o que eu tinha de exemplo como uma, já que sou orfã. Aliás, lembro-me que justamente por pensar neles acabei pensando demais na grande bola de bosta que era a minha vida. Bom, sei que havia pessoas bem mais desafortunadas do que eu por aí, mas ter crescido a maior parte da vida em um orfanato e desde cedo ter que correr atrás das minhas próprias coisas, tendo que passar por poucas e boas não é exatamente uma vida muito boa. Quero dizer, era suposto que meu eu criança, era para estar brincando de bonecas com amiguinhas, mas na verdade eu estava preocupada demais em ter que brigar por um prato de comida no refeitório pois os garotos grandes sempre queriam roubar os dos mais novos ou por simplesmente, às vezes as coisas ficarem apertadas, isso é, quando tínhamos um prato de comida pelo qual brigar. Bom, lembro-me de mergulhar nesses pensamentos sórdidos que tento ao máximo evitar e justamente por isso decidi aproveitar que estava de bobeira e sair para relaxar e esquecer essas besteiras, como eu vira e mexe fazia.

Eu já havia chegado algum tempo e virava goladas do que seria minha sétima cerveja long neck enquanto observava o local, ainda estava na minha, apenas curtindo minha própria companhia, quando de repente começou a tocar The Strokes e aí sim eu comecei a me animar. Comecei a balançar a cabeça no ritmo da música ainda encostada no balcão de bebidas e de frente para a pista de dança, olhava despreocupadamente para o local, naquele dia eu nem buscava alguém para levar pra cama como das outras vezes, eu só queria relaxar. Mas foi quando eu a vi. Ela era a única que realmente dançava no local naquele momento, não que não houvesse pessoas dançando por todo o local, mas ela era a única que realmente parecia dançar, entende? Digo, ela se mexia em se preocupar em chamar a atenção de alguém, nem tentando ser melhor que ninguém, ela simplesmente dançava como quem queria se libertar de algo, pois era como se ninguém estivesse olhando. E eu amei aquilo.

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