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Comida, água, abrigo. Tudo o que eu preciso. Se eu achasse um colchão se quer, nem que fosse no meio de uma estrada ou no meio da floresta, eu me deitaria, e ficaria por ali por muito tempo. O inverno está chegando, eu não tenho nenhuma blusa. Estou com a regata que eu estava quando meus pais morreram. Aquela cena me veio na cabeça de novo. Os errantes comendo meus pais.

Eu faria de tudo para ter mais um natal em família. Com meus avós, meus tios, meus primos.

Volto minha atenção para o mundo, e vejo um carro um pouco a frente. Caminho até ele, vendo um errante dentro. Cravo minha faca no crânio dele, pegando sua blusa.

Volto a caminhar, nem percebendo para onde eu ia. E quando prestei atenção de onde estava, vi um monte de casas queimadas, muito mato, e muros altos. Tinha um portão, uma torre de vigia. Parecia seguro.

Parei na frente do portão, batendo de leve no mesmo. Ele se abriu, revelando uma comunidade. Sorro de leve ao ver que finalmente eu poderia dormir tranquila.

Sadness ✴ Carnid {Hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora