T H R E E

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POV* Oh Sehun

Tenho passado bons dias na Inglaterra. Achei que viver minha vida seria mais complicado do que está sendo. Sai de casa muito cedo para descobrir o que realmente queria e, mesmo depois de tantos anos ainda procuro a mesma coisa. Meu pai tem investido sua vida em mim para que eu cresça bem e saudável, para que eu não tenha uma vida miserável e sofrida. Faço faculdade de direito numa das melhores faculdades da Inglaterra. Mas hoje será definitivo: Vou trancar o curso. Não quero mais viver uma vida onde receberei ordens de outras pessoas. Não quero ter que depender dos outros como dependo do meu pai. No final das contas, ele só quer ver todo esse investimento refletindo no meu futuro, numa empresa pra mim, numa linda casa e em filhos e uma bela esposa.
Mas eu não penso assim, meu lugar é nas noites da Europa com meus amigos, mulher é o que não me falta, beber e ser feliz é o que realmente me interessa. Eu cansei de pensar em tudo o que eu poderia ser pra ajudar as pessoas e, vejo hoje que a única coisa que acabei fazendo foi não viver intensamente quando eu deveria. Agora eu vou viver minha vida.
Levanto da cama e vou tomar um banho longo e demorado para relaxar um pouco e tentar curar a ressaca da noite anterior. Saio do banho e me enrolo da cintura para baixo na toalha e pego outra para secar meu cabelo. Vou para a cozinha onde vejo que a empregada já preparou meu café, pego minha xícara e duas torradas e vou para a sala ver televisão. Ligo e coloco num canal de música e vejo meu celular vibrando, é meu pai. Reluto um pouco pra atender mas acabo cedendo
"O que foi?"

"Estou com problemas aqui e preciso que você venha passar um tempo em Nova York para me ajudar."

"O bastardo tem te dado problemas? Ele não tem ajudado como deveria, é isso? Eu não quero ir para Nova York, isso definitivamente não vai acontecer. Posso resolver as coisas por aqui, não posso? Se quiser eu ligo para aquele bastardo nojento e falo o que deveria ter dito desde o princípio"

"Você está maluco, Sehun? Isso são modos de você falar sobre seu irmão? Luhan tem sido um anjo na minha vida. Quanto à isso você não precisa se preocupar e nem muito menos se intrometer você sabe muito bem que o único que me causa problemas é você, então não fale assim do Luhan. Agora arrume suas coisas e se prepare para vir, sem mais nem uma palavra maldosa sobre o seu irmão. Precisamos conversar."

Desligo o telefone bufando, não posso nem sonhar em ir embora daqui nem que seja por alguns meses. Eu sofri muito quando tive que deixar o papai, achei que ele fosse me deixar por perto para aprender e cuidar dos negócios da família afinal, sou seu único filho biológico. Mas quando aquele bastardo apareceu para fazer um estágio, a primeira coisa que o Sr. Oh disse foi vá para a Inglaterra e estude, meu filho. Ajude na empresa quando acabar. Quero que seja um advogado bem sucedido.
No começo eu pirei, depois andei na linha e estudei feito um maluco pra impressionar meu pai. Queria que ele sentisse orgulho de mim. Mas meu pai é um tipo de cara que te liga poucas vezes e raramente faz uma chamada de vídeo e quando faz só sabe falar do Luhan. Mas nos últimos meses, ele tem me ligado com mais frequência, fizemos algumas chamadas de vídeo e até rimos juntos. Mas quando ele souber que não estou mais indo pra faculdade e me tornando o advogado bem sucedido que ele desejava, a situação vai mudar.

Não consigo nem terminar de tomar meu café. Saio da sala e vou para meu quarto, visto uma calça jeans surrada de sempre, uma camiseta qualquer e pego meus óculos escuros. Visto um tênis qualquer e vou para a garagem pegar o meu carro para ir pra faculdade. Logo lembro que preciso ir viajar e mando uma mensagem pra empregada Coloque bastante roupas em minha mala, vou viajar e não sei quando volto. Alterne em roupas de frio e calor, okay? Por mais que ela não responda, sei que leu.
Continuo meu caminho, olhando as árvores, as folhas que começam a cair, o frio que começa a chegar. Adoro aqui nessa época do ano.

Estaciono em frente ao prédio da faculdade. Não é nada muito impressionante pois a maioria dos campus aqui são parecidos. Basicamente, alguns prédios altos juntos, com várias janelas. Na entrada, uma guarita e estacionamento. Decido nem subir para ver a galera e vou direto para a coordenação assinar meus papéis. O coordenador do curso foi um dos motivos que me fez de vir aqui. Saímos algumas vezes, trocamos telefone e alguns beijos e ele achou que fôssemos casar e adotar muitas crianças e um cachorro, cara babaca. Não que ele fosse feio, pelo contrário, era um dos homens mais bonitos do campus e era um Omega, o que me impressionava bastante, não tinha um cheiro enjoativo como a maioria dos Omegas que conheço. Entrei na sala dele e vi que nada havia mudado: uma mesa de madeira pura com alguns papéis, um notebook e um quadro de família apenas. Ah, e cadeiras, é claro.

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⏰ Última atualização: Jan 25, 2017 ⏰

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