end up

699 76 68
                                    

4: a

"Jongin-ah, lembra da nossa promessa?"

"Qual delas?"

"Que quando tivéssemos mais de trinta anos..."

"Se não acharmos ninguém, vamos nos casar. Sim"

Sorri largo e ele me puxou para deitar em seu peito.

"Você acha que isso faz sentido?", perguntei e ele assentiu.

"Claro, até porque nós nos amamos. Temos que casar com quem a gente ama", ele falou e eu escondi meu rosto com as mãos. "Tão adorável", murmurou e eu senti minhas bochechas queimarem ainda mais.

"Pare de me deixar envergonhado", ele tentava puxar minhas mãos, para ver meu rosto, mas eu não deixava.

"Hyung, vamos fazer assim: você tira suas mãos do rosto e fecha os olhos"

Ri de leve e fiz o que foi pedido. Senti um toque nos meus lábios e arregalei os olhos ao ver que eram os lábios dele.

"Boa noite, oppa", falou, com um risinho e fechando os olhos, me apertando mais no abraço.

Caralho.

Será que todo esse sofrimento foi atoa? E se tudo que eu sentia fosse recíproco? Meu Deus.

Eu não consegui dormir, o que era normal pra mim, mas naquela noite eu pensei mais do que em qualquer outra.

Quando estava amanhecendo, me levantei pra preparar um café para Jongin e um chá gelado pra mim. Eu estava radiante e, naquele momento, nada me deixava pra baixo.

"Bom dia, oppa Kyungsoo", ele me chamando de oppa era minha morte.

"Bom dia, jagi", ele sorriu ao ouvir isso e deu um beijo em meu pescoço.

Tomamos café com as mãos entrelaçadas e feições serenas, mesmo que por dentro eu esteja festejando, por fora eu estava apenas aproveitando sua presença.

...

Nossos toques ultimamente eram muito mais íntimos, logo nós já presenciávamos a famosa tensão sexual. Que era, até mesmo, com simples toques.

Mesmo que eu tratasse Jongin como uma pequena criança manhosa, sabia que ele era quem iria comandar. Pois até nos beijos, ele queria tomar controle e eu adorava isso.

Ele começou a dormir na minha casa por tempo indeterminado, sua omma não se importava, até porque ela me adorava. Durante uma semana, nós não tínhamos feito nada e eu não sabia o porquê.

Nossa rotina era a mesma todos os dias, de manhã eu ficava em casa compondo e ele ia até sua faculdade, de tarde ele ia trabalhar e eu ia até meu curso de piano. À noite, fazíamos a janta juntos, assistíamos televisão e depois a gente dormia agarrados. Eu adorava isso também, mas já estava querendo fazer alguma coisa.

Por isso eu tentava provocá-lo. Andava pelo apartamento apenas de camisa e boxer, tomava banho com a porta do banheiro aberta e sentar em seu colo já havia virado um hábito.

Agora era sexta á noite e eu tomava soju, fumando um cigarro mentolado qualquer na sacada do meu apartamento.

"Eu nunca fumei, sabia?"

"É sério?"

"Cigarro não, apenas maconha"

Ele me puxou da cadeira que eu estava sentado e sentou, batendo em suas coxas, pedindo pra eu sentar em seu colo.

"Quer fumar?"

Levei o cigarro até seus lábios e ele deu uma longa tragada, soltando a fumaça depois.

"Esse tem um gostinho bom", falou, sorrindo.

"Porque é mentolado, gostou?"

Ele apenas assentiu e tragou outra vez.

dark & wild / kaisooOnde histórias criam vida. Descubra agora