[N/A: Bem, postei um atrás do outro ou a sweetyles definitivamente iria me bater. Ela até me chamou de Bárbara! Um absurdo.
De qualquer forma, esse capítulo é inteiro escrito por mim. O enredo da fanfic é meu, mas eu vou viver achando que a Deb fez mais jus à fanfic do que eu. Ainda assim espero que as escritas não tenham ficado tão discrepantes e que eu tenha representado à altura.
Boa leitura e sim, essa fanfic já tem três anos, vocês vão perceber pelas datas.
Beijinhos :*]
Era um dia insuportavelmente frio de começo de inverno. Não nevava, mas as previsões do tempo dos telejornais locais previam que até o final da semana os primeiros flocos de neve da estação iriam aparecer, para a felicidade de todas aquelas crianças da cidade que finalmente poderiam aperfeiçoar as habilidades dos anos passados em construir bonecos de neve. A temporada de precipitação de gelo era sempre muito longa em Londres.
Portanto, era o suficiente para deixar Harry aborrecido. Às vezes o moreno se perguntava o motivo de ainda permanecer naquele país, já que sempre detestou ativamente as baixas temperaturas. Claro que a resposta vinha em forma de um par de olhos grandes demais para um rostinho delicado e infantil, que o encaravam com um sorriso aberto, de dentinhos faltando, quando o carregava no colo até a escolinha. Não importava o quanto houvesse se arrependido de gastar tantos anos de sua vida em um casamento que se iniciara fadado ao fracasso, ainda assim nunca se arrependeria de ter gerado Eliot, o filho único do casal.
Eliot havia acabado de completar cinco anos e já tinha de lidar com o divórcio dos dois, mas não existia alternativa. Era melhor ter dois pais separados do que viver numa casa cercada de discussões, mágoas e o que mais se pudesse imaginar de um casal que nunca se amou de verdade. Era seu último dia com o filho, que passava um mês com cada um dos genitores, por isso se sentiu na obrigação de conseguir um tempo no trabalho para levá-lo à escola. Despediu-se dele na porta, abaixando-se para colocá-lo no chão, abraçando o corpo magrinho e agasalhado. Eliot lhe beijou a bochecha antes de ir embora, de mãos dadas com a professora, perdendo-se dentro das entranhas do edifício, no qual Harry gastava uma pequena fortuna por mês. Mas não se importava. Eliot merecia a melhor educação que o pai conseguisse oferecer. Era sempre difícil ver o filho partindo, como se estivessem arrancando um pedaço dele ou estivesse deixando algo muito precioso para trás, mesmo que fossem se reencontrar antes do final do dia.
O Styles esfregou os dedos da própria mão assim que voltou para o carro, confortavelmente quente por causa do aquecedor. Olhou o relógio do painel e percebeu que ainda possuía algum tempo antes de precisar voltar para a empresa. Apesar de o filho estudar ali há quase dois anos, não conhecia muito bem o bairro - já que trabalhava do lado oposto da cidade - portanto começou a dirigir a esmo. Na verdade só estava procurando por um lugar que servisse café bem quente, com chantilly ou qualquer outra coisa que lhe desse ânimo para fazer seguir a vida naquele frio hibernal. Realmente detestava o inverno. E a neve. E o frio.
Não foi necessário mais do que cinco minutos para encontrar uma cafeteria. Parou o carro bem em frente a uma filial da Starbucks. Nunca havia ido para aquela em especial, mas não importava; servia café, a bebida quente que fazia o favor de preenchê-lo com calor nos dias frios. Sempre foi mais eficiente que sua esposa, por exemplo, o que talvez explicasse seu vício na bebida. Entrou na loja com as chaves do carro tintilando nos dedos, ficando honestamente incomodado com os choques térmicos que sofria toda vez tinha de sair do conforto do aquecedor.
Fez o pedido rapidamente, aquecendo as próprias mãos na embalagem da bebida. Sentou-se em uma mesa perto da janela, observando o movimento de uma cidade que nunca parava de funcionar, distraidamente. Apoiou a testa contra o vidro gelado demais, imaginando se todas aquelas pessoas apressadas do lado de fora tinham histórias para contar. Não sabia o que faria daquele momento em diante, o divórcio fazia com que uma parte importante da vida terminasse e agora precisava iniciar outra. Tinha um filho, uma empresa de publicidade que ele abriu com os próprios esforços, há alguns muitos anos, um casamento destruído e um apartamento vazio durante seis meses ao ano. Não era exatamente o que ele esperava possuir na própria somatória aos vinte e nove anos. Parecia bem medíocre àquela altura do campeonato. Sentia-se sem norte.
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Através do Universo
FanfictionAtravés de músicas dos Beatles e beijos secretos, eles se apaixonaram. Através do universo, se reencontraram.