Ela foi até a geladeira buscar um chá. Não era possível que depois de três horas em seu apartamento ele ainda não tivesse tomado nenhuma atitude. Havia o chamado para assistir "amizade colorida" e dera todas as dicas que queria experimentar a primeira cena do filme.
Não a cena em que ela termina com o ex-namorado. A outra. A do jogo de tênis e "eu posso trabalhar com isso".
- Você está bem? - Ele foi até a cozinha, tendo certeza que tinha feito alguma merda mas não tendo ideia do que.
Ela fechou a porta da geladeira com força, se esquecendo do chá. Cruzou os braços e o encarou.
Ele era pelo menos vinte centímetros mais alto que ela que sempre tinha que fazer um esforço para olhar em seus olhos.
- Nada não. - Disse cruzando os braços.
- Tem algo sim. Eu te conheço. Você não fica assim atoa. - Foi a vez dele de cruzar os braços e manter seu olhar no dela.
- Eu não entendo você!
- O que você não entende?
- Como que você pode assistir um filme daqueles e simplesmente ficar parado!
Foi então que a lerdeza em pessoa entendeu. Havia sido por isso que ela tinha escolhido uma comédia romântica e não os tradicionais filmes de ação que ambos tanto gostavam.
Não havia sido um filme qualquer. Havia sido o filme.
A semelhança da relação deles com a dos personagens. Como que ele sempre estava com uma garota nova e ela nunca tinha sua vez.
Talvez ela estivesse certa, havia chegado a sua vez.
Ele pensou em perguntar se ela tinha certeza daquilo, mas achou melhor tomar a porra da iniciativa que ela tanto queria.
Segurou o rosto da garota entre suas mãos e colou os lábios nos dela, rapidamente o beijo foi aprofundando até um ponto que não teria volta.
Ele puxou a camiseta branca dela a deixando cair em qualquer lugar da cozinha. Passeava sua mãos pelo corpo da garota como se não tivesse medo nenhum de machucá-la. Em algum momento seu sutiã também vou deixado no chão e as mãos dele deslizando para seu seios.
Ele desceu os beijos pelo pescoço dela, deixando marcas que com certeza seriam visíveis no dia seguinte. Ela fechou os olhos e levantou a cabeça dando espaço para que ele trilhasse mais beijos e mordidas até chegar no bico de um de seus seios.
A calcinha dela já pesava. Estava louca para se livrar do tecido que o impedia de chegar na felicidade.
Ela puxou a camiseta dele para cima, já agoniada de estar em desvantagem ali.
Ele foi até o botão do short dela, o abrindo antes de deslizar os dedos para sua intimidade. Ela arfou, não esperando que ele fosse fazer isso.
Começou a traçar beijos pelo pescoço dele, ou o que conseguia dada a angulação estranha de seus corpos.
Ele abaixou o short e a calcinha dela, os deixando esquecidos no chão da cozinha com o resto de suas roupas.
A puxou pelas coxas para seu colo, indo em direção ao quarto.
- Você tem camisinha? - Ela interrompeu o beijo no meio do corredor.
Ele foi com a mão no bolso de trás, se certificando de que sua carteira ainda estava ali.
- Tenho.
Chegando no quarto ele a deitou na cama, descendo seus beijos pelo tronco dela, sua mão direita passeava pela vagina dela lhe dando sensações que não havia sentido antes. É claro que já havia brincado com ela mesma várias vezes, mas nada se comparava com as mãos dele ali.
E quando ela ainda pensava sobre mãos, ele a beijou. Lá.
Ela arfou ao sentir a lingua dele brincando com sua vagina, fazendo movimentos circulares. Ela levou suas mãos até os cabelos ruivos dele, o impedindo de sair dali cedo demais. Rapidamente o primeiro orgasmo veio, e enquanto ela tentava se recuperar, ele mandou a bermuda e a boxer preta para longe, ficando apenas com a camisinha em mãos.
Ela viu o pênis dele ereto e aproximou dele.
- Posso?
Antes que ele pudesse dar qualquer resposta, ela começou a masturbá-lo. Suas mãos macias fazendo movimentos de vai e vem deixando-o mais duro do que já estava.
Ao sentir que não iria aguentar, tirou a mão dela delicadamente dali.
- Eu quero terminar isso.
Ele colocou a camisinha e a deitou novamente. Voltou a beijá-la e, de surpresa, a penetrou de uma vez, preenchendo todo espacinho que ela tinha.
Aos poucos ele começou a se movimentar. Ela tinha certeza que iria ficar inconsciente. A única coisa que lhe importava era o ponto no meio de suas pernas e ele dentro dela.
E então ela veio. Soltou diversos gemidos deixando seu corpo gemer em baixo dele. Não demorou muito para ele também gozar, deixando gemidos contra seus lábios.
Ele saiu de cima dela, e eles ficaram olhando para o teto tentando se recuperar.
- Porque mesmo que a gente nunca fez isso antes?
- Porque você é um filho da puta lerdo do caralho.
Ele soltou uma gargalhada. Aquela ao seu lado era sua melhor amiga. Ele havia acabado de transar com a sua melhor amiga, e não poderia ter escolhido coisa melhor para fazer naquele domingo a tarde.