Prólogo

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— Mãe! Achei sua bolsa. — falei, indo em direção da minhã mãe que procurava sua bolsa desesperadamente.

— Obrigada querida. — disse ela, me dando um beijo na bochecha.

— Vão com Deus! E não esquece de ligar quando chegar. — disse com um tom autoritário.

— Ok, filha. — disse meu pai, pegando a mala. — Só ficaremos lá dois dias, e espero que cuide bem da casa.

— Ok, farei o possível pra ser o homem da casa. — brinquei, e todos caíram na risada. Eles estão indo para Nova York fazer negócios com uma galera aí, não entendo muito sobre isso, mas como estou na faculdade e pretendo trabalhar em empresas, eu até que sei algumas coisas. Fiz curso de administração de empresas, e agora estou terminando a faculdade de letras. Pretendo escrever um livro, trabalhar em uma editora, e ficar mais por dentro desse mundo cheios de fantasia que são os livros. Acho que isso tudo poderá me render uma boa história no futuro, nada que uma boa experiência não ajude.

Depois de me despedir dos meus pais, subi para meu quarto e me joguei na cama. Meu celular começou a vibrar, com certeza é o James.

"Amor, terei que desmarcar o jantar, pois tenho muito trabalho ainda. Desculpe <3"

Depois de ler aquela mensagem minha ficha caiu: nosso relacionamento está esfriando, e o pior de tudo é que eu ainda o amo. Joguei o celular pro lado e não respondi.

Acabei dormindo...

Acordei com batidas vindo da porta, pulei da cama e fui abri-la.

— Sofia, o que faz aqui? — perguntei confusa.

— Aconteceu uma tragedia! — disse ela, desesperada. Seus olhos já estavam vermelhos e agora contém lagrimas neles. Ela me abraçou do nada, me deixando ainda mais confusa e preocupada. — Seus pais Bela, eles.... Eles...

— Eles o quê, Sofia? — perguntei, ficando ainda mais preocupada.

— Mo... morreram Bela, eu fiquei sabendo a pouco tempo. — disse ela, chorando. Ouvir aquilo foi como sentir o mundo desmoronar ao meu redor. Lágrimas começaram a deslizar pelo meu rosto. Me soltei dos braços da Sofia e me ajoelhei no chão. Lágrimas e mais lágrimas começaram a cair.

— Eles... Eles mo-morreram aonde e como? — perguntei já soluçando de tanto chorar.

— Eles estavam no avião indo para Nova York, mas o avião caiu antes deles chegarem no aeroporto. Outras pessoas também perderam seus familiares. — disse ela, e se ajoelhou ao meu lado. — Não fique assim, vai passar. Você é forte!

(....)

Hoje já faz duas semanas que meus pais se foram. Ainda existe um grande buraco no meu coração, pois sinto muita falta deles; do abraço, tudo que me lembra a eles me faz chorar e nesse momento é isso que estou fazendo.

— Ei, princesa! Pare de chorar já. — disse James. — Odeio te ver assim.

— É difícil, você sabe.

— Eu sei, mas... Tome seu café. — disse ele, me entregando uma xícara de café.

— Obrigada. — agradeço.

— Tenho que ir princesa. Meu pai está uma fera por eu ter faltado ontem no trabalho. — disse ele, e me roubou um selinho.

— Tchau. — disse vendo ele se levantar da minha cama. — Não, espera! — gritei, fazendo ele olhar para mim novamente. — Vai estar em casa essa noite? — perguntei.

— Sim, eu acho. Por quê?

— Tenho que pegar meu colar que deixei lá. — expliquei.

— Ok, liga pra mim antes de ir só para confirmar mesmo se eu estarei lá.

— Ok.

— Tchau princesa. — disse ele, abrindo a porta.

— Tchau.

Logo depois que James saiu, fiquei lendo e bebendo meu amado café.

Minha tarde foi resumida em: beber café, ler, dormir, comer, dormir... Já falei dormir? Pois é, ultimamente nada me faz querer levantar da cama, a não ser a faculdade e hoje que pretendo ir na casa do James, mas mesmo assim não sinto vontade. Tudo isso me pegou de surpresa e desde o enterro dos meus pais, meus parentes e amigos costumam me visitar frequentemente. Isso é bom, pelo menos demostram que se preocupam comigo.

Pego a primeira roupa que vejo em minha frete e visto. Pego meu celular pra ligar para o James, mas só dá caixa postal, que saco! Vou ir assim mesmo. Com certeza ele está em casa.

Pego minha bolsa e a chave do apartamento do James. Ele me deu uma cópia de sua chaves depois que completamos um ano de namoro, que no caso foi há seis meses.
Não que eu tenha pedido, é que naquela época eu ia frequentemente visita-lo.

.....

Perguntei a recepcionista se o James estava e ela disse que sim. Achei estranho. Já que ele está em casa por que não me atendeu?
Peguei o elevador e fui até o andar do James, chegando lá fui logo abrindo a porta.

— James. — gritei entrando pela sala, mas não vi ninguém. Pensei logo, deve estar no quarto dormindo.

Cheguei próximo ao seu quarto que fica no corredor e avistei a porta aberta. Ouvi alguns barulhos estranhos, e sem hesitar, entrei no quarto dele.

Não pode ser! Não consigo acreditar no que estou vendo, James está na cama com outra mulher. Aquela visão me deu ânsia de vômito.

— James! — disse em choque.

Ele se virou, saiu de cima daquela vadia loira e olhou para mim.

— Bela, e-eu...

— Cala boca! Você é um idiota descarado, não tem vergonha não? — perguntei, tentando engolir o choro.

— Deixa eu explic-

— Explicar o quê? Eu enxergo sabia?!

Saí daquele quarto o mais rápido possível, mas antes que eu chegasse até a porta ele me segurou.

— Me solta! — gritei.

— Não. — disse ele. — Qual é Bela, nosso namoro já estava frio, você já deveria saber disso! Nem sexo tinha mais, eu sou homem porra!

Um nó na garganta se formou naquele momento.

— Porque não teve uma atitude de homem e terminou comigo? É tão frouxo assim?

— Olha como fala, mocinha ingênua! Parece que está amadurecendo, antes não passava de uma medrosa. — disse James se aproximando mais de mim. Ele segurou meu queixo fazendo com que eu o olhasse — Você não significou nada para mim, NADA! Só foi uma garota bonita e ingênua que eu usei para subir na vida.

Depois que ele disse aquilo, meu coração se partiu de vez. Não consegui segurar mais o choro.

— Vo-você não vale nada! — gritei. — Melhor ser ingênua e ter caráter, do que ser um vagabundo de meia tigela! — depois de dizer aquilo me virei e sai daquele inferno.

Mesmo eu não querendo chorar era inevitável, ainda mais com tudo isso acontecendo. Acabei de ser humilhada pelo homem que amo! O que me resta agora é enterrar esse amor dentro de mim.

....

Entrei em meu quarto e me joguei na cama. Comecei a chorar. Por quê quando as coisas estão ruins elas ainda insistem em piorar? O que falta agora? Espero nunca mais passar por algo assim, pois é tão doloroso esses sentimentos de perda. Espero acordar amanhã e isso tudo não ter passado de um sonho.

••••••••❤••••••••

Isso é só um resumo do que a Bela passou, só pra vocês não se perderem no decorrer da história.
A história só começará mesmo a partir do capítulo um.*.*

Mel
28.01.2017

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