Capítulo 1

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Nathan

Cinco da manhã e me vi recostado na balaustrada da sacada do meu quarto. A brisa refrescante era bem vinda em meu rosto e peitoral desnudo, apesar de que, o prazer parecia ser superficial. Meu corpo não relaxava há dias.

Soltei uma tragada do meu cigarro e fechei os olhos numa tentativa frustrada de concentração. Meus planos estavam se deteriorando e era como se eu estivesse nadando contra a força de uma maré constante.

Suaves dedos tocaram a pele das minhas costas e logo em seguida senti-me sendo abraçado pela cintura.

- Está sem sono?

Seus lábios trilhavam beijos molhados em minha pele.

- Você me conhece, sabe que não consigo ficar na cama por muito tempo.

Ela soltou uma risadinha rouca enquanto persistia em me acariciar. Terminei de fumar e me virei para ela. Seus olhos claros me examinavam com calma e precisão. Desci minha mão por seu corpo coberto apenas pelo robe e a vi suspirar.

- O pouco que você fica já é o suficiente para despertar os mais profundos desejos em uma mulher, Nathan.

Um ensaio de sorriso brotou no canto dos meus lábios. Enganchei uma mão em sua cintura e a outra repousei em sua nuca, enrolando seus cabelos loiros em meus dedos.

- Vagabunda...

Avancei contra os lábios dela com agressividade. Era daquele jeito que ela gostava. Veronica não se contentava com gentileza na hora do sexo.

Com um impulso ela ajeitou-se em meu colo com as pernas ao redor da minha cintura enquanto eu caminhava com ela até o quarto novamente.

- Isso! Me xinga... – gemeu ensandecida.

Joguei seu corpo na cama e me curvei. Seu cheiro estava impregnado nos lençóis e em minha pele. Constatar aquilo me fez travar automaticamente.

- O que foi? – indagou, confusa. Endireitei o corpo sentindo-me estranho com aquilo. – Nathan?

- Quero que você vá embora hoje. – murmurei rispidamente.

- O que? – apoiou-se sobre os cotovelos. Sua nudez estava visível para mim.

- Você já ficou tempo demais aqui e não estou gostando disso.

Virei de costas na intenção de ir para o banheiro tomar um banho. Sua risada alta me parou.

- É sério que você vai me deixar com a boceta piscando por uma bobagem dessas?

Encarei-a.

- Apenas gosto de deixar claro que não temos nada um com o outro. Gosto da minha privacidade.

Rapidamente ela se levantou, os olhos faiscando em minha direção.

- Aposto que ainda pensa naquela putinha da Millie, acertei?

Meu sangue ferveu na mesma hora e não controlei o impulso de apertar seu belo pescoço com uma de minhas mãos. Seus olhos antes ferozes, naquele momento encontravam-se arregalados e assustados enquanto com as mãos lutava para se livrar do meu aperto.

- Não ouse tocar no nome dela. – meu timbre soou cavernoso. – Nunca mais! Estamos entendidos?

Acenando com dificuldades ela confirmou, então a soltei.

Meu corpo todo tremia e meu coração tornou-se agitado com a simples menção do nome dela.

- Não pense que ela ainda vai querer você. – tossindo ela murmurou e voltei a encará-la. Ela estava massageando o pescoço. – Você é mal, Nathan. Assim como eu...

TRILOGIA PECAMINOSO: Da luxúria à vingança (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora