Tales III, pai de Isabel I

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Num alternativo qualquer, houve um rei inglês cuja o nome era Tales III. Em vez de Henrique VIII, ele era o pai da rainha Isabel I, que fez história ao governar um reino sem a companhia de um marido. Além disso, toda a sua história fora bem diferente. As únicas possíveis semelhanças mais visionárias são eles terem a mesma filha, com a mesma história, e diversas mulheres - incluindo o conflito interno do papa em relação ao seu casamento e a perseguição de católicos na Inglaterra em seu tempo adiante.

Quem conhece a história de Henrique VIII em nosso alternativo, sabemos do banimento do catolicismo na Inglaterra por um longo período de tempo, tendo como causa principal sua escolha de divórcio com sua então esposa, Catarina de Aragão. O motivo é ela não ter-lhe proporcionado um herdeiro masculino. Posteriormente, o rei casou-se com mais cinco moças. No final de tudo, Ana Bolena, uma de suas conjugues, deu-lhe uma filha que chamava-se Isabel - no inglês, Elizabeth -, e mais tarde, ela tornaria-se rainha da Inglaterra, fazendo história ao comandá-la sem um rei ao lado.

Tales III tinha suas semelhanças, mas dentro dos aspectos, eram diferentes. Aos 14 anos ele casou-se pela primeira vez com uma princesa espanhola quase esquecida em sua dinastia. Ela jamais tornaria-se rainha, tão menos um membro real notável. Seu nome era AnaLí.

Infelizmente, AnaLí era estérea e com isso, não poderia proporcionar herdeiros à Inglaterra. Tales III, sentindo-se completamente violado e constrangido diante da corte e do país todo, fez uma petição ao papa Nicolau VI - é claro, no alternativo em que estamos referindo-se - para que pudesse separar-se legalmente, perante deus - segundo a religião da época. Isso era como uma lei daquele tempo, em que um casal - novamente, falando desse outro alternativo; aliás, sempre iremos nos referir ao alternativo alheio à partir de agora - prestes a se separarem teriam de pedir a permissão de um padre ou de um membro do clero, dependendo da classe social. No caso da monarquia, era diretamente recorrido ao papa. Nicolau VI era um velho irritadiço e descontente com a vida que havia levado até ali. Sua única conquista mais cortejada e que mais lhe satisfez foi tornar-se um papa. Tales III não obteve sorte ao ir tratar diretamente com ele, mas mesmo assim, tentou.

Nicolau VI negou com todos os argumentos possíveis a separação por meio de carta. E, após perceber que não teria chance, o próprio rei recorreu ao Vaticano para pedir ao papa o reconhecimento e a permissão de seu divórcio. Apesar do esforço, foi tudo em vão, já que o papa Nicolau VI negou mais uma vez e, além disso, justificou o porquê da negação. Afirmou que o casamento era um vinclo sagrado e que a separação dessas duas almas que uniram-se a partir do próprio estariam violando deus com esse ato. Isso despertou uma fúria tão grande em Tales III, que o mesmo fez com que o catolicismo saísse de cena da Inglaterra. À partir daí, a igreja católica não tinha mais autoridade no local e todos os ex-católicos que não se convertessem ao protestantismo, mais especificamente à "classe" luterana.

Sim, luterana. Em vez de ter criado a igreja anglicana, o rei deu início à igreja luterana. Em contrapartida, Matinho Lutero que deu início ao anglicanismo. Paradoxial, não?

Então, após separar-se de AnaLí e impantar a igreja luterana como oficial da Inglaterra, Tales III demorou somente dois meses até se casar com a filha de um príncipe também esquecido em sua dinastia. Dessa vez, um alemão. Sua filha chamava-se Maria, somente. Assim como AnaLí - levada à Espanha após a separação por ordem de Tales III -, Maria não teria uma "carreira" notável dentro da corte. Por isso, assim que ficou sabendo da possibilidade de casar-se com um influente rei inglês, ela encheu-se de esperanças. E, dessa vez, ela teria certeza de que lhe daria vários herdeiros de sucesso no futuro.

O casal, então, tivera duas filhas. Porém, a mais nova, Christina, faleceu ao nascer. As causas, na época, foram desconhecidas. A mais velha recebeu o nome de Isabel - mais tarde, Isabel I. Mas Tales III queria, de qualquer jeito, um herdeiro masculino. Aliás, ele não só queria, como necessitava. Por isso, separou-se de Maria, que acabou suicidando-se três anos depois. As causa foram depressão e algumas doenças que a fazia inferma.

Isabel continuou no palácio de onde nasceu com o pai, mas foi criada com babás.

Foram dois anos que o rei governou a Inglaterra sem uma rainha. Então, finalmente ele conseguiu vizualizar sua próxima "vítima". Essa era uma moça da região e plebéia. Mesmo não sendo da realeza, assim como sua duas ex-esposas, Britanie de Woordpous era originária de uma família burguesa. O casamento durou somente um ano, já que Tales III não a tolerou quando o primeiro filho do casal foi uma garota. Depois disso, ele a expulsou do local e deu a criança para que as mesmas babás de Isabel cuidassem dela também.

Diferentemente de Henrique VIII, que tivera seis esposas, Tales III só experimentou o sabor de ter sido esposo de quatro belíssimas damas. A última foi a que obteve sucesso, digamos assim. Ana de York com certeza o fizera feliz, após dar a luz à um garoto depois de um ano de casados; após cinco anos, dar à luz a mais uma garota e depois de mais sete, um garoto. Foram eles João, Marianne e Benedito.

Porém, o reino não fora assumido por nenhum dos outros filhos prediletos quando Tales III faleceu. Foram dois anos em que os irmãos tentaram fazer com que o país tivesse rumo, mas nada concretizado. O único sucesso foi quando Isabel I assumiu o trono, aos 23 anos, após romper um noivado forçado com um lorde 34 anos mais velho.

Essa foi a história de um alternativo por aí. Em fim, muito interessante e um tanto exótica. Mesmo com a tamanha diferença no contexto, é possível vizualizar nossas semelhanças.

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⏰ Última atualização: Jan 31, 2017 ⏰

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