07. Poder da Terra

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   Algumas partículas de terra penetraram na mão de Breno, imediatamente ele espirrou pequenas pedras que acabaram batendo na caixa de madeira e fazendo um grande barulho. Ouço um barulho no meu quintal e logo fui ver o que tinha aconteceu, caminhei até o quintal de minha casa e logo vi o copo caído no chão e Breno olhando para a caixa de madeira que tínhamos enterrado a algum tempo atrás quando crianças, me aproximo da caixa, pego a mesma e digo "quanto tempo não víamos essa caixa né Breno? Lembro-me como se fosse ontem o dia em que fizemos a nossa promessa", Breno acenou com a cabeça concordando com o que eu tinha dito e passou a me falar o que ocorreu. Fiquei feliz por ele e um pouco surpreso, ele poderia dominar Terra, Pedra ou Planta, ainda não tínhamos certeza de qual era o seu elemento. Minha mãe me mandou comprar pão, Breno foi comigo e aproveitou para comprar pão também, ele comprou pastilhas de menta, me deu algumas e voltamos cada um para sua casa.

   Quando Breno chegou em sua casa, acabou discutindo com seu pai pelo simples fato dele andar comigo e seu pai não gostar de mim. Breno não tinha uma relação muito boa com seu pai porque ele passava a maior parte do tempo trabalhando no estritório e nunca tinha muito tempo para sua família e seus filhos. Breno entrou em seu quarto e fechou a porta com bastante força, ele descontava as raivas nos objetos antes que fizesse algo errado (no caso bater em seu pai), pegou seu casaco marrom em seu guarda-roupa, o vestiu e em seguida colocou seu fone no ouvido. Breno respirou fundo e abriu a porta de seu quarto, saiu de casa sem falar pra onde iria, estava em mente de tentar esquecer todos os problemas de sua vida e o seu pai era um deles.

   Voltando a minha residencia, não tinha nada para fazer então fiquei comendo salgadinhos assistindo "The Flash", não demorou muito para os salgadinhos acabarem e me dar sede. Levantei da cadeira e fui até a cozinha, coloquei um copo de Coca Cola e voltei para o meu quarto, vi que Mãe de Breno tinha ligado para mim, retornei a ligação e ela me perguntou se Breno estava comigo, eu disse que não e ela me contou que ele tinha brigado com seu pai por minha causa, acabou se descontrolando e saiu de casa sem dizer para onde iria, disse a ela que iria tentar ligar para ele e encerrei a ligação. Fiquei um pouco surpreso por Breno ter saído de casa sem avisar, ele não é de fazer isso. Tentei ligar para ele, mais só estava dando sem sinal e então fui até sua casa mesmo sabendo que ele não estaria lá.

   Ainda nas ruas Breno estava caminhando, dois homens estavam seguindo ele e logo os mesmos pegaram em cada um de seus braços, arrancaram seu fone de ouvido e pediram para passar o celular, Breno deu uma cabeçada em um dos homens e logo o mesmo soltou o seu braço, em seguida socou o rosto do outro. O que levou uma cabeçada se levantou novamente, Breno meteu seu joelho no rosto do mesmo e o fez desmaiar, em seguida ele saiu correndo daquele lugar antes que alguém aparecesse.

   Chegando na casa de Breno seu pai me coloca contra a parede e me manda ficar longe do filho dele, disse que eu era um mau exemplo. Joséte logo mandou ele parar com isso e disse "pare com isso já, não é desse jeito que você vai conseguir a confiança do seu filho, Victor é amigo de Breno a anos, praticamente cresceram juntos, e não é agora que você vai conseguir separa-los, isso só poderá acontecer se eles quiserem fazer isso", imediatamente saio da casa de Breno, penso onde ele poderia ter ido, lembrei da velha ferrovia que fecharam, e ele talvez tivesse ido para la que foi onde ele viu seu vô pela ultima vez, antes dele receber a noticia do trem ter caído em um rio porque os trilhos estavam quebrados. Não demorou muito para eu chegar na ferrovia porque eu fui com a bicicleta de Breno que peguei emprestado sem pedir em sua casa, andei por dentro da ferrovia e acabei encontrando Breno sentado em um banco próximo aos trilhos, me aproximei dele e disse "aqui não é um lugar seguro para ficar, a qualquer momento um pedaço do teto pode cair em nossas cabeças", em seguida ele me falou "como ficou sabendo que eu não estava em casa?", falei que sua mãe tinha me contado e dai eu juntei algumas peças e descobri que talvez te encontraria na ferrovia. Sentei ao lado dele e disse "acho que já está muito tarde para ficarmos fora de casa, acho melhor voltarmos", me levantei e estendi a mão para ajuda-lo  a levantar, ele pegou em minha mão e se levantou, a mesmo momento começamos a andar para fora da ferrovia, ouvi barulhos no teto da ferrovia, começou a rachar, quebrou-se um pedaço do mesmo e iria cair em cima de nós, mais Breno me puxou pelo braço e acabamos caindo um pouco mais ao lado, logo em seguida um robô com vida caiu do teto e disse "sinto a presença de duas orbs por aqui, me deem elas", Breno olhou para mim e em seguida correu em direção ao robô, se aproximou do robô e tentou acerta-lo com chutes e socos, seus golpes eram todos desviados. Tentei ajudar fazendo uma esfera de fogo e jogando em cima do robô de lata, um pedaço de seu corpo derreteu e com o gás esverdeado que saiu de dentro do mesmo fez o resto de todo o seu corpo explodir, voltamos para casa de bicicleta logo em seguida. 

   Chegando em frente a casa de Breno desço da bicicleta e ele logo diz "Ai que saco, vou ter que olhar pra cara do meu pai ainda hoje", dou risadas não muito longas e digo "com certeza sim, e explicar o seu novo comportamento meio rebelde", Breno prendeu sua bicicleta ao lado de sua casa e disse "Obrigado por me fazer enxergar que eu estava errado, não em tudo mais em relação ao meu comportamento com o meu pai", bato com minha mão em seu ombro e me despeço dele, imediatamente viro as costas e caminho para a minha casa, Breno entra em sua casa, seus pais, pega um copo de água na geladeira e volta para o seu quarto.




The Power Orbs - A Origem (Pausada)Where stories live. Discover now