Um

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-Preciso no número dele – aponto para o garoto sando uma caneta enquanto abaixava a xícara.

-O cara de limpeza da ala infantil? – Taehyung arqueia as sobrancelhas – Yara, a principal médica da cirurgia geral merece coisa melhor.

-Mas ele não é fofo? – apoio a maxilar na palma da mão admirando o garoto que não notava minha presença – Só de ver o sorriso dele tenho vontade rir por um dia inteiro.

-Ah... Não. Ele não é fofo.

-Fará isso pra mim, não é?

-Do que está falando?

-Você administra esse hospital. Tem acesso a informações dos funcionários naqueles computadores.

-Sinto muito em lhe decepcionar, Yara, mas não. Isso é invasão de privacidade.

-Nossa, Taehyung – fiz um biquinho – só quero o celular e o nome.

-Como tem tanta certeza de que não vai levar um fora?

-Garotos não dão fora. As que eles não têm interessem eles iludem, mas nunca dizem "sai daqui que não te quero".

-De onde tirou isso?

-Eu sei e ponto.

-Não vou olhar as informações dele.

-Qual é, cara? Se não pelos computadores você cará outro jeito, certo?

-Procure coisa melhor, ele é um faxineiro.

Olhei fundo em seus olhos procurando demonstrar maior liderança o possível.

-A alguns nãos atrás, eu, Doutora Yara, era apenas uma indiazinha brasileira que morava numa tribo qualquer. Mal conhecia uma tele visão. Para os moradores da área urbana, uma selvagem – Taehyung ficou perplexo diante de meu olhar venenoso – Você julga as pessoas pela condição em que vivem, nunca pensei que fosse tão esnobe.

-E-eu... Eu vou descobrir o número dele, para você.

Voltei a observar o garoto. Toda vez que o via as faxineiras lhe lançavam risadinhas. Bom, o fato dele ser o único homem que trabalha na limpeza em todo o hospital e ser extremamente mais novo que suas colegas é realmente engraçado. Mas me pergunto se isso não o deixa magoado.

O relógio indica que a hora do almoço terminou e deveria voltar ao trabalho, na emergência.

Enquanto volto ao meu posto todos me cumprimentam. Gosto do respeito que recebo dos meus colegas de trabalho, todo são muito gratos por ser responsável por ser a responsável por várias vidas que continuam apesar de graves ferimentos. Talvez eu também seja um tanto orgulhosa de mim mesma.

Já era tarde da noite e era quase minha hora de ir embora e outro médico me substituir.

-Yara! É um caso gravíssimo!

-O que? – pulo da cadeira assustada.

-Esfaqueado. Dois cortes na barriga e um no ombro. Entraram com o paciente na maca desesperados. Não havia tempo a perder, mas apesar dos ferimentos graves e procedimento delicado tudo deu certo. Já havia lidado com casos do tipo. Estive tão concentrada em salvar o paciente que mal olhei seu rosto.

-Você nem percebeu, não é? É o cara que trabalha na ala infantil, Jeon Jungkook. – um dos assistentes informou.

Olhei para seu rosto inconsciente enquanto repunha o sangue que havia perdido. Calafrios correram por todo o meu corpo, seu rosto era tão lindo que se não fosse errado eu o beijaria ali mesmo.

-Então esse é seu nome?

-Sim. Mas seu plantão terminou, doutora. Assim que acordar o paciente será transferido para outro quarto enquanto não tem alta. Fique tranquila, o procedimento foi um sucesso. Descanse bem.

Quando chego a casa vou correndo informar o corrido para Taehyung. Ele briga comigo por ter ligado tão tarde, mas assim que ouve a história fica impressionado. Ele diz que acha bizarro o fato de eu ficar louca por um garoto que não sabe que existo e depois salvar sua vida; provavelmente concordo com ele.

Sete da manhã. Ligo o noticiário antes de ir ao trabalho.

-Ontem a noite dois garotos foram mortos baleados na casa de um deles. Não foi encontrado qualquer vestígio que indicasse quem é o autor do crime. – Informou a repórter.

Não apresentaram imagens dos garotos mortos, mas o chão ensanguentado era perturbador.

-Próximo ao mesmo local um jovem funcionário do hospital "Sol nascente" de Tokyo, foi esfaqueado com um golpe no ombro e dois na barriga. A polícia está investigando para descobrir se a ligação entre os crimes.

-Eu não pude ver quem era – Jungkook diz na televisão deitado na cama do hospital – cai e desmaiei no mesmo momento em que fui apunhalado.

***

Ooi, moços e moças, tudo bem com vcs? Espero que tenham gostado do primeiro capítulo ♥♥

Vou atualizar essa fanfic pelo menos uma vez por mês, pois tenho que me dedicar a fic principal. Faz muito tempo mesmo que não escrevo narrativas em primeira pessoa e não tenho experiência nenhuma com histórias que envolvem crimes, estão desculpa por qualquer erro. Beijooos ♥♥

Ah, e vota aí para eu saber que estão gostando e continuar postando, poxa!

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⏰ Última atualização: Jun 07, 2020 ⏰

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