Conto 6

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Conto 6

Conto dos personagens do livro A caçadora de Vivianne Fair

Sofia bateu na minha porta batucando na madeira, como sempre. Sempre tem que soar uma música do estilo psicose quando ela toca?

– Boooa noite, chefaa!! Vamos lá pra sessão de filme?

Dei um suspiro. Chefa. Que apelido idiota elas me deram.

Detesto prometer coisas para otakus. Eles não esquecem; parece que tem um arquivo no cérebro que guarda tudo, desde as promessas idiotas até todos os episódios de todos os animes que lançam no Japão.

Eu prometi assistir um filme japonês com elas desde que roubaram um chocolate da cantina pra mim. Na hora eu estava ocupada correndo atrás do Zack com uma serra elétrica.

Sim, eu sei que isso não mata vampiros, mas dor era tudo o que no momento eu queria causar. Ele desenhou nas paredes do meu quarto! A faxineira da universidade quase teve um troço.

Bem, eu acompanhei Sofia pelo corredor e entrei no quarto delas, sentindo logo o cheiro de yakisoba e acenando para Estela, Dine e Bobby que também estavam lá para assistir.

Só que travei na porta.

– Boa noite, safadinha!

Meus lábios tremeram antes de conseguir falar. Ele estava à vontade jogado no meio das almofadas, com uma calça escura jeans meio apertada e uma blusa preta meio aberta.

– O q... o que ele está fazendo aqui?

Zack sorriu para me deixar desconcertada como sempre e bateu a mão ao lado dele no chão como se indicasse onde eu deveria sentar.

– Aah, chefa – disse Estela ao ver minha cara de horror – ele ia ao seu quarto, mas já que a Dine contou a ele que você vinha assistir a um filme com a gente ele se auto-convidou.

Que surpresa. O mais engraçado é que eles sabem que somos caçadora e vítima... e não estão nem aí.

– Vocês podem dar uma trégua na caçada, não é, Jessi? – pediu Bobby, com uma cara engraçada.

– Se ele não me provocar, eu fico na minha – respondi, com os olhos fixos refletindo ódio.

Zack sorriu.

– Eu já disse que não te provoco; você que não consegue tirar as mãos de mim.

– Faço isso porque tenho que te matar.

– Tanto faz – ele riu.

O pior é que admito; mesmo que não fosse pelo fato de ser sua caçadora, eu não ia conseguir tirar as mãos dele. Deus foi cruel juntando tanta beleza num homem só. Ai, ninguém merece!

Movi-me pela sala sem graça e sentei-me ao lado dele, já que era o único lugar vago. Percebi que ele coçava a perna sem parar.

– A pele está apodrecendo?

– Tão doce, Jessi – ele retrucou, piscando – É essa calça jeans que vocês usam. Minha nossa, esse troço coça! E as meninas disseram que não existe numero maior que esse. Como pode? Fica apertado assim mesmo?

– Mas isso não é numero 40? É logico que existe...

Sofia deu uma piscadinha pra mim. Ah, minha nossa. Elas passaram a perna no vampiro para ele ficar com a roupa coladinha?

– Por que isso de usar calça jeans agora? – perguntei, procurando disfarçar.

– Eu só queria... sei lá, parecer mais com vocês... ou talvez entrar no seu estereótipo...

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⏰ Última atualização: Jan 29, 2017 ⏰

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