Divagação inicial

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A deambular descobri uma história, a deambular criei uma história e a deambular e a divagar, em pensamentos alheios, vivi essa história com todas as forças que eu podia ter no meu ínfimo e fraco corpo.

Talvez começar pelo início fosse o mais fácil, talvez começar pelo fim seria o mais correto, mas vou deixar que o vento me sopre por entre estas folhas e me escreva o que sinto e o que senti, porque isso vai ser o mais genuíno que eu vou conseguir encontrar nestas palavras, que tanto sentimento carregam.

Nunca fui muito boa em palavras, mas acho que desde que esta história toda começou, toda a minha imaginação tem, simplesmente, ganhado asas e criado coisas magníficas, talvez seja um efeito secundário do amor ou algo do género.Mas creio que me estou a alongar um bocadinho e acho que é melhor ideia começar, então,a dizer algo em concreto.

Todas as histórias têm altos e baixos, e a nossa não é algo diferente, mas sinto que a nossa tem um toque especial, um toque mais único que a torna tão nossa, como qualquer outro momento em que ninguém nos consegue ver, em que ninguém se apercebe da nossa felicidade. Ela é a rapariga mais pura que eu conheço, e prometo que nada neste mundo a consegue deixar menos pura nem um único bocado, porque toda aquela pureza, toda aquela espontaniedade, toda aquela magia, a torna tão única como qualquer outra peça de arte.

Clichês é o que ela me diz a toda a hora, "São nada mais do que clichês, todas essas coisas que falas sobre mim". E como eu adoro falar sobre ela... Ela é tão magínifica. Cada traço, cada fio de cabelo, cada sorriso e cada gesto me deixa cada vez mais estupfacta com ela, e todo aquele ser mágico em que ela se mostra na escuridão de um dia de SOL.

Na sombra eu me sento buscando palavras que sejam permitidas para descrever tudo isto, porque sei, que mais tarde ou mais cedo,tudo irá ser feito, de uma maneira ou de outra.

Isto não vai ser a história da minha triste vida.Isto não vai ser a história triste da vida dela. Vai ser a história feliz da nossa vida, e de como o céu foi pintado de azul, quando apenas arco íris apareciam e sorriam a toda a gente, numa sociedade clandestina e nada preparada para o que vinha a seguir.

Inspetores, jornalistas, políticos, escritores ou até mesmo pintores; chamem-lhes o que quiserem, não passam todos de uns inquisidores, a quem canetas bonitas lhes foram dadas, para mãos tão sujas quanto a de dois lavradores, que arduamente pagam o trabalho com suor.

Caminhos difíceis demais para se fazer descalço, caminhos apraziveís demais para se fazer calçados. Damos as mãos e corremos em direção a uma mesa, onde nomes gravados com canetas de brincar, são marcados para sempre, na inocência de um toque ou olhar.

JuliaOnde histórias criam vida. Descubra agora