*Lanna on*
A música alta, pessoas bêbadas, outras jogadas no chão, algumas se pegando, dançando. Ahh, esse sim e o meu lugar. Bom, to aqui só porque briguei com os meus pais, como sempre, só que dessa vez eu posso ter exagerado um pouco e também minha amiga encheu a pohha do meu saco a semana inteira.
--- vem dançar, para de só beber kkk - disse Leah me tirando a droga da concentração
--- to indo pohha
Virei mais uma garrafa e fui com outra na mão.
--- amiga, duvido você ir ate lá e pegar aquele ali - falou apontando para um grupo de mauricinhos
--- e o que eu ganho? - perguntei dando mais um gole na catuaba
--- deixa de ser chata, ate que ele é bonitinho
--- tá
E mais uma vez, eu tava indo na onda da vaca da minha amiga, serio, tenho que parar com isso. Cheguei lá e fui logo agarrando o cara sem nem ao menos perguntar o nome dele. Ele recusou, simplesmente me afastou, olhou pra minha cara e falou
--- cê ta bêbada?
Pohha, serio, a gente ta em uma boate e o cara pergunta isso?
--- querido se não me quer, outros querem - antes de sair, olhei pro amigo dele e pisquei. Sai de lá puta, como alguém em sã consciência me rejeitaria? Ele não deve estar em sã consciência porque isso aqui e uma boate e ninguém consegue não beber, mas ele não pareceu estar bêbado, muito pelo contrário.
Ok, não vou me abalar por isso. Fui no open bar e pedi a mais forte que tinha lá, depois não me lembro muito bem o que aconteceu, só que quando dei por mim, já tava no colo de um outro cara beijando ele, e o mesmo me levando pra um dos quartos que tinha lá, quando do nada, surge aquele carinha que me rejeitou e então ele me tira de onde eu tava e me leva pra fora do local, como eu tava super bêbada, não consegui fazer absolutamente nada. Não sei em que momento eu adormeci, só sei que acordei no carro do cara que me tirou da festa
--- quem e você? - falei assim que consegui levantar e sentar no bando de trás do carro - porque me trouxe aqui? Vai me estrupar depois me matar e ai jogar meu corpo em algum lugar por ai pra nimguém me encontrar?
O cara apenas riu, que? Como assim, ele não quer me beijar, me impede de quase transar com outro, me leva pro carro dele e fica rindo enquanto eu faço perguntas? Serio isso mundo?
--- Meu nome e Everton - finalmente parou de rir e falou alguma coisa - te trouxe aqui porque você tava muito bêbada e uma garota chegou em mim dizendo que era sua amiga e que era pra mim te ajudar... - interrompi
--- eu não quero a sua ajuda, eu tava ótima ate você aparecer e estragar tudo... - me interrompeu
--- fala isso pra aquela sua amiga doida - falou dando risada
--- aff - revirei os olhos
--- qual o seu nome?
--- não te interessa
--- se não me interessasse na estaria perguntando - revirou os olhos
--- se te interessasse já estaria sabendo
Ficamos em silêncio por um tempo, mas não era um silêncio ruim(não pra mim) só que eu precisava saber onde ele tava me levando
--- pra onde tamos indo?
--- pra minha casa
Oque?
--- como assim pra sua casa? Não quero ir pra sua casa, quero ir pra minha
--- não lembro de ter te perguntado nada
--- aff, grosso
Uma vontade enorme de vomitar veio
--- para o carro
--- não, porque eu... - interrompi
--- para a droga desse carro agora, se não vou vomitar aqui mesmo
Assim que ele encostou o carro e parou, eu sai, dei meia volta, agachei e comecei a vomitar, ele como um cavalheiro segurou o meu cabelo ate eu parar. Quando eu parei, ele do nada tirou um pano de dentro do cu e meu deu, eu limpos minha boca, levantei e comecei a correr igual a uma louca, só que como eu ainda tava meio tonta e de salto, quase cai, quase porque ele me pego, me levantou e me levou de volta para o carro. Aff, nem fugir eu consigo, oh Lord
--- ta sabendo que eu to tentando te ajudar ne?! - perguntou assim que entrou no carro
--- não, não sei não. Qual é o seu nome mesmo? - falei fazendo pouco caso
--- Everton - falou voltando a dirigir
Depois de um bom tempo, chegamos em um lugar bem tranquilo, logico né, provavelmente nem 10 da manhã é
--- chegamos - falou assim que estacionou o carro na garagem
--- e aqui que vai me manter prisioneira? - perguntei segundos depois de entrarmos na casa
--- não, é aqui que vou te estrupar, te matar e te enterrar - falou indo em direção à cozinha
Eu simplesmente retirei os olhos e o segui
--- to com sono, onde eu vou dormir?
--- vou te levar pro quarto de hóspedes, tá?!
--- tá
Acompanhei ele ate o quarto e assim que entrei
--- me da uma toalha
--- pra que?
--- pra usar como cobertor
Nossa, que garoto burro
--- depois eu que sou o grosso
--- aff garoto, vai logo
--- já to indo chefe - falou rindo, enquanto ia em direção a porta
Enquanto o inutiu não chega, fiquei dando uma voltinha no quarto, no banheiro, e quando eu ia pra fora daquele cubículo, ele chega, aff
--- tentando escapar? - não falei nada - ta aqui a toalha
Peguei a mesma e fui para o banheiro, que ficava no quarto. Tomei banho, sai do banheiro enrolada na toalha e quando eu tava saindo, me deparei com o garoto sentado na cama me encarando
--- se for ficar babando avisa que eu pego um balde - falei dando risada
--- e que.. eu - gaguejo, oque me fez rir - eu.. eu lembrei que você não tem roupa aqui então... - interrompi
--- não precisa - ele me olhou um tanto surpreso - eu fico pelada mesmo - falei dando risada
--- ok, mas mesmo assim eu te trouxe uma roupa minha, espero que não se importe
Ele deixou a roupa em cima da cama e saiu, rapidamente me troquei e quando tava na porta do quarto, ouvi uma segunda voz masculino, dedusi que fosse o pai dele, mas cadê a mãe?
Deixei meus pensamentos de lado e fui para onde eu achava que eles estariam.
--- oi - falei assim que cheguei perto deles
Os dois me olharam surpresos, deve ser pela minha falta de roupa, nem ligo
--- eu lembro de ter te dado uma bermuda - falou olhando minha pernas que estavam totalmente descobertas
--- oque exatamente você deu pra ela Everton? - perguntou o mais velho
--- eu dei uma blusa, uma bermuda e uma cueca, já que não tem nenhuma calcinha
--- uê? Você não tem mãe, não tem nenhuma mulher nessa casa?
O Everton iria falar, só que o mais velho foi mais rápido
--- minha mulher faleceu ha três meses - abaixou a cabeca enquanto falava - e desde então não consegui... - respirou fundo e tentou continuar só que eu o interrompi
--- não conseguiu colocar nenhuma mulher no lugar né?! - perguntei como se não me importasse
--- sim
--- ata - olhei pro Everton - oque tem pra comer?
--- pensei que estivesse com sono?!
---- minha fome e maior que qualquer coisa
Ele deu risada, olhou para o pai e o mesmo balançou a cabeça como se estivesse permitindo algo, Everton se levantou e me mandou segui-lo, foi oque fiz
--- bom, tem bolo, refri, danone... - interrompi
--- tem namorada?
--- eu? - me olhou surpreso
--- não, a geladeira - revirei os olhos, meu deus que garoto burro - logico que é você, anta
--- não - falou olhando de volta para a geladeira - porque? Tem interesse?
--- não, você não faz meu tipo
--- não faço seu tipo?
--- isso
--- e qual e o "seu tipo"?
--- forte... - me interrompeu
--- tem academia
--- loiro... - de novo
--- existe tinta
--- com atitude - me olhou, abriu a boca pra falar ma não falou - alguem que não seja você
--- porque "alguem que não seja eu"?
--- não e da sua conta, onde tem Nutella?
--- não tem
--- oque? - quase morri com meu chiclete invisível intalado na garganta - como assim "não tem"? Que tipo de casa não tem Nutella Brasil
--- acabou - falou rindo do meu drama
--- compra
--- desde quando manda?
--- desde quando NÃO mando?! - revirou os olhos - aff, esquece, perdi ate a fome, boa noite
--- ta de dia
--- foda-se
Voltei pra quarto, pulei na cama e capotei.
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A herdeira do Morro
RomanceJá pensou em se apaixonar por uma pessoa totalmente oposta? Bom, isso e comum em praticamente todas as historias. Mas e se os papeis se invertesse? Ele: romântico, bom aluno, exemplo da familia, etc... Ela: Impulsiva, agressiva, rebelde, mais louca...