You're my wonderwall

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LAUREN'S POV

Revirei de um lado para o outro em minha cama e procurei pelo meu celular, às cegas, com as mãos. Entreabrir os olhos e vi o nome de Camila piscar no visor indicando uma chamada, revirei os olhos e atendi finalmente, me preparando para as mil e umas explicações que eu teria que dar à garota.

— Fala, Cabello. — Respondi, ainda sonolenta e bufei, sem a menor vontade de ter atendido aquela porcaria.

— Por que você foi embora, que horas saiu e por que diabos você não me acordou?

Se eu não fosse mulher, diria que as mulheres era um bicho extremamente complicado. Mesmo sendo uma, ainda acho.

— Eu tinha que resolver uma coisa. — Bocejei me virando para o outro lado com preguiça. — Não queria ter te acordado.

— E que coisa é essa que te fez ir embora de madrugada sem me avisar?

— Nenhum. Está indo pra faculdade? — Mudei de assunto para que a conversa não estendesse muito, mesmo sabendo que não adiantaria de nada. Não pra cima dela.

— Não mude de assunto.

— Linda, eu não estou mudando.

— É claro que está. — Revirei os olhos impaciente — Por algum acaso você está envolvida no tal roubo do banco?

Arregalei os olhos, prevendo a bronca que já vinha pela frente.

— Que roubo? Eu?

— Se fazer de desentendida é mesmo a sua cara. — Nisso eu concordava plenamente com ela. — Eu espero que você não tenha nada a ver com isso, espero no fundo do coração.

— Fica tranquila. Eu não sei nem do que você está falando...

— Laur, tem um carro me seguindo. — Cabello me interrompeu, fazendo com que eu me preocupasse e me sentasse rapidamente na cama.

— O que? Como assim?

— Tem alguém atrás de mim.

— Quem está atrás de você? Camila! — Chamei pela garota, não obtendo uma resposta de volta, e logo depois a chamada foi finalizada.

Desesperada, tentei ligar novamente para o número da garota, mas a chamada só caia na caixa postal, o que era ainda mais preocupante.

O que será que aconteceu? Quem estaria atrás da garota nessa hora da manhã?

Várias perguntas surgiam em minha mente, mas eu não conseguia achar uma resposta significativa para nenhuma. E se isso realmente foi um sequestro — era uma das minhas alternativas —, certamente era para me atingir.

Assustada, levantei da cama em milésimos de segundos pedindo aos céus que nada de ruim acontecesse à Camila ou eu iria me culpar pelo resto dos meus dias. Acendi um baseado já enrolado e peguei os meus pertences antes de sair, sem me preocupar com os compromissos que teria mais tarde. Peguei meu celular do bolso, disquei o numero de Normani, mas a mesma nem se quer atendia a porra daquela chamada, o que me deixava ainda mais puta e sem ter o que fazer.

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⏰ Última atualização: Jan 31, 2017 ⏰

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