4 - Ele não trabalha hoje

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Vejo a hora no meu celular e já são nove horas da manhã, lembro que ainda não tomei banho e vou em direção ao banheiro que fica no meu quarto. Respiro fundo e começo a me despir, ao terminar vou para baixo do chuveiro, a água está quente. Fico um tempo no banheiro, pensando nos últimos acontecimentos. De banho tomado volto para o quarto, visto uma roupa leve, que esconde meus ferimentos.
Desço as escadas e vejo tio Oli assistindo tv, bem concentrado. Vou em direção ao sofá e sento ao seu lado.
- Você está melhor?
- Sim, senhor Oliver, estou muito melhor.
Ficamos em silêncio assistindo tv até que a campainha toca.
- Você está esperando alguém, Dana?
- Não e o senhor?
- Também não.
Tio Oli vai até a porta e abre, eu fico observando-o, me preparando para o que virá.
Quando a porta está totalmente aberta, vejo Diego.
Espera aí hoje é... Nossa! Hoje é sábado, ele não trabalha aos sábados, mas o que ele está fazendo aqui?
- Dana, tem visita pra você.
Levanto do sofá e vou até a porta, tio Oli olha pra mim e sai me deixando sozinha com Diego.
- Oi Dana. - termina com um sorriso, esse que nunca sai do seu rosto.
- Oi! - sorrio pra ele.
Ficamos em silêncio nos encarando.
- Ah! Desculpe, pode entrar. - falo dando espaço para ele entrar.
Eu não sei o que está acontecendo comigo, por que estou tão nervosa? Talvez porque eu estou toda ferida, ainda bem que estou com roupas compridas.
Ele entra com um sorriso no rosto, faço sinal para ele sentar no sofá.
- Desculpe vir assim sem avisar.
- Tudo bem, não tem problema. - sorrio pra ele.
- Então, eu vim ver como você está, é que você disse que ia sair da cidade e eu fiquei preocupado, então resolvi vir aqui ver se você chegou bem em casa.
- Deu tudo certo, não se preocupe, sabe que sou uma ótima motorista.
- Que bom, eu trouxe isso pra você. - ele ignora a última parte. - Seu preferido.
Me entrega um pote de sorvete de flocos com açaí.
- Obrigada!! - amo tanto. - Já falei que você é incrível?
Abraço ele que é pego de surpresa, mas ele retribui o abraço.
- Eu tenho que ir, vou visitar meu tio. - ele dá tapinhas na minha cabeça. - E sim, você sempre diz isso, tão sortuda.
- Que exagero. - bato em sua mão. - Então, tchau senhor incrível. A gente se vê na segunda?
- Sim, a gente se vê. Se cuida senhora sortuda.
- Você também.
Levo ele até a porta e observo ele se distanciar com o seu carro.
E quando me viro pra entrar, meu tio está atrás de mim.
- Ah!! Tio, dá pra parar de aparecer assim do nada?!
Ele sorri e eu acabo sorrindo também.
Após o susto vou para o meu quarto, deito na cama e começo ler o livro do meu pai. O livro é bem grande e pesado, fala sobre todos os tipos de seres sobrenaturais, armas para matar eles e algumas páginas com porções para curar ferimentos, dos mais simples aos mais graves.
Meu corpo está com algumas partes enfaixadas, meu braço e minha perna direita, o que está me incomodando.
Será que eu já posso tirar? Acho que sim.

A Caçadora de Seres SobrenaturaisOnde histórias criam vida. Descubra agora