Touch me

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Louis deveria ficar assustado pelo fato de estar em um lugar quem mal conhece. Por estar com gente estranha que nunca viu na vida. Ou por simplesmente estar na casa de uma pessoa louca.

- Harry, o que fazemos em sua casa?

- Vim buscar um pouco de Altestrudel para ti.

- O que seria isso?

- O bolo que lhe fez que crescer. -Harry coloca o chapéu em cima da bancada.

- Por que quer me fazer crescer?

- Para fazer as coisas que tenho em mente.

- E o que seria?

- Curioso. -Harry vasculha os ármarios da cozinha. -Onde eu coloquei? O céus! Acho que acabou. MAS QUE...

A coloração dos olhos de Harry se tornam laranjadas novamente, o chapeleiro começa a jogar xícaras contra as paredes, causando um certo pânico no pequeno.

Louis se esconde em baixo no chapéu, com medo de que Harry possa fazer algo.

Gritos furiosos é o que Louis conseguia ouvir de dentro do chapéu, os olhos fechados e as mãozinhas estavam em seus ouvidos.

Ele mal percebeu quando Harry tirou o chápeu de cima dele.

- Ei... -Harry passa o polegar nos cabelos do menor.

- Harry, não me machuque, por favor.

- Olhe para mim, Lou. - Louis abre os olhos relutantemente. -Eu nunca machucaria você.

Um pequeno sorriso aparece no rosto de Louis, mas logo desapareceu quando ele vê o estado em que a cozinha ficou.

- Sua cozinha. - Louis aponta.

- Não se preocupe, isso acontece sempre.

- Hum, entendi. Mas porque isso acontece?

- Bom, eu não sei...estresse talvez.

- Ninguém em sã consciência faz tal coisa por estar irritado.

- Talvez não alguém tão...normal.

- Você é louco.

- Eu não sou louco, minha realidade só é diferente da sua.

- E o que é a sua realidade, Harry?

- Bom... Eu, eu não quero falar sobre isso.

Uma parte de Louis se entristeceu, ele queria que Harry dividisse seus problemas com ele, talvez quisesse saber o que deixara o chapeleiro tão transtornado.

O que o deixava irritado com frequência, ele queria montar todo esse quebra-cabeça e descobrir o que estava acontecendo.

- Hazz, eu quero poder te ajudar, de verdade, mas não posso fazer isso se você não me contar o que passa em sua mente.

- Louis, meu pequeno, Louis... Você continua o mesmo. Sempre tentando resolver os contratempos dos outros. Queria que tudo fosse mais simples, mas não é.

- Quem faz a dificuldade é a sua mente.

- Eu passei por coisas difíceis, Lou.

- Esqueça essas tais coisas, siga em frente.

- Isso é impossível. - O chapeleiro diz cabisbaixo.

- Só se você acreditar que é. Você é mais forte do que imagina, acredite.

- Eu estou triste, Lou. Muito triste. - Os olhos verdes estão embaçados pelas lágrimas que surgem.

- Então vamos ser desanimados e tristes juntos.

Another Wonderland (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora