Você Acredita em Et's?

Parte 1

Você acredita em Et's? Pois deveria. Eu até ontem era cética, como você querido leitor. E agora vou relatar a breve experiência com esse povo de outro mundo, que assim como eu ama livros.

Chamo-me Kaylla, tenho 17 anos e moro em Etsville, sim não riam, minha cidade se chama assim, infelizmente. O motivo desse nome horrendo se dar, pois aqui há muitos relatos de abduções e eu ontem entrei para as estatísticas, ou quase. E vou relatar minha experiência.

Cresci em Etsville, ouvindo os mais esdrúxulos relatos de abduções, todos tinham apenas uma coisa em comum, os abduzidos estavam lendo livros.

Quem em sã consciência acreditaria que um Et perderia seu tempo, abduzindo apenas para pegar livros? Eu não acreditava, pensava que esses boatos era um marketing que o prefeito tinha feito para atrair turistas – doidos vindo atrás dos et's.

Emilly é minha melhor amiga e como eu, era cética em relação aos Ets. Somos amigas inseparáveis e nosso passatempo é fazer piada sobre o assunto.

Mas ontem de manhã quando cheguei a escola, a primeira coisa que minha amiga fez ao me ver foi me arrastar, literalmente para um banquinho atrás do quadra de futebol.

– Vem Kaylla, eu tenho algo importante para te falar.

– O que foi Emy – perguntei surpreendida, por estar sendo puxada – calma...

Emilly sentou-se no banco e ficou encarando-me.

– Você não sabe o que aconteceu comigo ontem. – seus olhos estavam tão arregalado e sua respiração tão pesada que cheguei a pensar o pior.

– O que foi Emy?

– Fui abduzida

Não aguentei e comecei a rir compulsivamente, pois só poderia ser piada.

– Para de brincadeira Emy.

– É verdade. Eu fui abduzida Kaylla, não estou mentindo. – eu conhecia a Emy tão bem, que sabia que ela não estava mentindo, seus olhos eram um livro aberto para mim, mas meu cérebro logico, não quis acreditar. O ceticismo era melhor, que crer em algo desconhecido.

– Foi verdade? – perguntei cética.

Ceticismo e a crença pelo desconhecido, duelavam em meu íntimo, brigando para ver em qual eu acreditava, no final o ceticismo ganhou, era mais fácil para mim.

– Sim, foi amiga! Eu vou contar o que aconteceu. Eu estava ontem em meu quarto, lendo o meu inseparável livro...

– Orgulho e Preconceito. De novo?

– Sim! Mas isso não vem ao caso. Eu estava lendo, quando senti uma luz verde, sob minha cabeça e fui transportada para um salão lotado de livros, e ao meu redor estava cheio de criaturinhas verdes e pequenas, assim como o Denis me falou.

– Denis?

– Sim ele também foi...

Aquela conversa estava ficando demais para meu cérebro lógico, eu precisava sair imediatamente dali. Para minha sorte naquele minuto o sinal tocou e a Emy ainda continuava falando.

– Emyyyy? Eu acredito que você foi abduzida... e meu pai é papai Noel. Acho que você fumou alguma coisa ontem que te fez mal. – Seu rosto mostrava incredulidade por eu não ter acreditado em sua história. – O sinal já tocou, vamos para aula que é melhor.