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Oi meus amores. Estou feliz em mais uma vez estar aqui compartilhando mais uma história com vocês. Um beijão e não esqueçam de dar seu voto e comentar.Capítulo 1 - H E I T O R
Los Angeles
Eu nunca senti uma dor como essa. Deve ser pior do que levar uma facada ou um tiro. Pior do que estar dentro de um caixote de vidro cheio de água, e saber que um momento o ar vai acabar e você irá morrer. Pior que tudo.
O clima estava péssimo. O tempo nublado e frio. Sinto os braços de minha mãe me abraçando. Meus irmãos estavam ao meu lado também, me apoiando.
Ele era e sempre será meu melhor amigo.
— Vai ficar tudo bem, meu amor — mamãe me disse.
— Não sei... — eu disse limpando as lágrimas. Eu já não chorava mais da mesma maneira quando recebi a notícia.
Meu amigo Marcus morreu em um acidente de carro junto a esposa. Morreram na mesma hora.
— Ela acordou — meu irmão Magno sussurrou para mim. Levantei a cabeça e olhei para Grace, a única filha do casal que sobreviveu pois não estava no acidente. Eu a vi pessoalme umas duas vezes, mas foi a distância. Grace estudava em um colégio interno em londres e veio assim que soube do acidente. Ela chorava abraçada a uma menina que parecia ser da sua idade, e ao lado das duas, uma mulher que parecia ser uma oficial de justiça.
No local já tinham poucas pessoas. Amigos próximos apenas, pois Marcus não tinha família próxima a ele.
— Vá falar com ela. — mamãe disse a mim. — Você era como um irmão para Marcus.
Olhei para Grace que observava o túmulo dos pais. Ela não participou do enterro pois acabou desmaiando e eu achei até melhor.
— O que eu falarei? — pergunto sem saber o que falar.
— Não precisa de palavras — mamãe disse.
Saí de perto da minha família e caminhei até ela. Grace levantou os olhos e me encarou. Seus olhos cor de mel estavam vermelhos de tanto chorar. Tirei as mãos do bolso e suspirei.
— Eu sei que você e meu pai eram melhores amigos. — ela diz com a voz fraca.
Era estranho. Não sei o porquê. A diferença de idade nunca foi uma barreira para mim e Marcus nos tornamos melhores amigos. Ele tinha quarenta e cinco anos e eu vinte e nove. Tinha idade para ser meu tio, mas ele era mais que isso. Era meu melhor amigo. Meu irmão.
— Eu sinto muito — falei e ela continuou me encarando. Me aproximei e a tomei em um abraço. Era pequena em meus braços e aquele abraço foi o único que me trouxe conforto. Talvez porque tínhamos uma ligação. Nos afastamos depois de um longo tempo. — Você é? — perguntei agora para a mulher que estava acompanhando Grace.
— A responsável temporariamente por Grace.... — pausa e sorri — ... Até abrirmos o testamento.
— Certo — eu disse — Você vai ficar bem? — pergunto olhando para ela.
— Não sei... — ela diz e observei seu rosto angelical. Grace era tão parecida e bonita como a mãe.
— Pode contar comigo para tudo que precisar. — Sorri de lado e acariciei seu braço antes de sair de perto dela.
Voltei para perto da minha família onde minha meus irmãos me abraçaram e todos nós saímos daquele local triste. Olhei mais uma vez para trás antes de entrar no carro e vi Grace ainda lá, abraçada com a amiga que nem perguntei o nome.
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(Degustação) ✓ DESEJO Perigoso: Livro 1 da Trilogia: Os Glentemen DEGUSTAÇÃO
RomanceHeitor Bongiovanni, com apenas vinte e nove anos, se vê em uma grande responsabilidade: Ficou como Tutor e responsável de tudo na vida da jovem Grace Delattorre, a única sobrevivente da família e filha de Marcus, seu melhor amigo. "Foi um desejo pe...