THE LOVE OF MARINA

#1

É estranho o jeito da vida unir as pessoas...
Pode ser um dia normal de domingo, numa tarde chuvosa de quarta, ou indo pra faculdade na segunda feira. Não importa.
O importante é que de um jeito ou de outro, cedo ou tarde, o chamado "DESTINO" bate na sua porta... Ou na sua cara, mas bem... Isso é relativo. Mas nessa história o destino decidiu mudar um pouco as coisas.

Começamos em Nova Iorque, "the big Apple". Ou só mais uma cidade cheia e movimentada. Com muita poluição e violência como muitas outras... Porém nessa cidade nasceu um caso bem peculiar de um dos trabalhos mais belos do destino... Nessa cidade nasceu

                THE LOVE OF MARINA

(cinco meses atrás)

(Skype- on)

-Mãe. Eu cheguei bem sim, nenhum assaltante, ou traficante me parou na rua. Aqui não é o Rio de Janeiro lembra?

-Okay mas, tome cuidado Marina. Você sabe que as pessoas são diferentes aí.

-Mãe não tem com o que se preocupar, Nova Iorque é linda e perfeitamente segura.

-Mas fica do outro lado do mundo. Você sabe que eu já não concordava com a ideia da senhorita ir morar em São Paulo. E agora você inventa de ir morar do outro lado do mundo.

-Nova Iorque não é do outro lado do mundo, só é, um pouco mais para cima. E eu não vou morar aqui, são só seis meses mãe sabe disso.

-Uma eternidade. Trate de me ligar pelo menos duas vezes na semana. E mande fotos está bem?

-Está bem xerife... (Barulho de fundo). Tenho que desligar mãe. Acho que minha colega de quarto chegou.

-Okay, fica com Deus minha menina. Te amo

-Fica com Deus também mãe... E manda um beijo pro papai tá? Te amo. Tchau.

(Skype- off)

Fora o tão grandioso e temido amor. O destino une grandes amizades também. E bem, uma amizade verdadeira hoje em dia, é mais raro que um namorado.

- Olá? Alguem aí?... Aviso logo que eu tenho uma arma senhor ladrão... E meu corpo não é nada atrativo... Tudo lipoaspiração.

- Bem, não vou te roubar... E espero que sua arma seja uma chapinha de bolsa, e acho que os ladrões não são tão exigentes no corpo.

- Na verdade era a bolsa mesmo, o taser fica na gaveta de baixo haha. E não tenho dinheiro para uma lipoaspiração.

- É culpa do Obama.

- Realmente. Enfim, me chamo Anne, e bem esse é nosso quarto.

- Sou Marina, e essa sou eu.

- Legal... E então Mari, de onde você vem?

- Sou do Rio de Janeiro... Mas moro em São Paulo.

- Legal. Bem. Eu também sou de São Paulo, vim em um curso de seis meses... Mas isso já faz uns Dois anos.

- Mas isso não é ilegal?

- Até agora ninguém veio me procurar.

- Mas você largou tudo lá?

- Não tinha muita coisa lá além de um idiota que dormia com minha vizinha.

- Sinto muito... Tem sempre um idiota que dorme com a vizinha.

- Não se preocupa, já pude me "vingar"  entre aspas.

- Não me diz que você é uma assassina fugitiva.

- Não haha. Eu só dormir com os três irmãos dele. Mas isso não vem ao caso.

- Realmente. Bem, você que mora aqui há dois anos, me diz. O que tem de bom para se fazer em NY numa sexta às 23:00?

- Absolutamente tudo!

Tão engraçado como as coisas acontecem. É como se cada escolha que você fez na vida fosse interligada com as escolhas de todas as pessoas que você conheceu na vida, até mesmo as pessoas com quem você cruza no meio da rua e deixa de notar. Como Ikaro. O rapaz de cabelos curtos que passou exatamente na frente de Anne e Marina no caminho até a boate. Mas como muitos que passam pela avenida, um nem notou o outro. E nesses meses, eles se cruzaram diversas vezes. Indo para a faculdade, ao mercado, no cinema, na padaria, na cafeteria, na biblioteca e até se sentaram um ao lado do outro no teatro. E nada havia acontecido, nem mesmo uma troca de olhares, ou esbarradas ocasionais.
Mas é desse jeito. Como na cena do macarrão em "A dama e o vagabundo". Você vai vivendo até que de repente TCHAN!!! Algo inesperado acontece... E tudo muda.

(Dias atuais)

- Ai que droga!! Anne acorda! Estamos atrasadas.

- Ai meu Deus o que aconteceu ? Por favor senhor ladrão não mata minha única amiga! Sei que ela é um porre as vez, mas não merece morrer.

- Deixa de Idiotices Anne, é sério!

- Okay excelência.

- Sem essa. Anda não temos muito tempo. A senhora Manson vai matar a gente.

- Aquela velha não consegue nem ver as horas direto.

- E mesmo assim ganha de você jogando dardos.

- Você é uma pessoa realmente horrível de manhã.

- Obrigado. Agora pega a toalha e vá pro banho. Sairemos em 10 minutos.

- Mas e o café dá manhã ?

- A gente passa no Starbucks Anne. Agora só por favor vai logo pro banho.

- Tá né... Já estou indo capitã.

- Eu mereço.

- Pare de reclamar. Está ficando igual aquelas governantas chatas.

- E você está parecendo alguém que precisa de uma governanta. Agora vá logo para o banho, antes que eu tenha que te botar no boxe.

-Urgh.