Bônus

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Sem Revisão
**Boa Leitura**

Mark

Meu pai sempre foi fechado, e nunca sedia as nossas escolhas, sempre era se ele quisesse, se ele gostasse, nunca nos deu opção a escolhas. Ele sempre foi controlador lembro de uma vez que ele me fez terminar um namoro porque ele não gostava da menina. Hoje quando ele chegou para conversar eu tive medo do que realmente estivesse por trás de tudo o que ele falava.

__ Mark, você fez um bom trabalho esse semestre tenho que admitir. As ações da empresa subirão 60% depois que você assumiu tudo por aqui. __ Tudo bem. Essa porra toda já está me assustando muito, meu pai me elogiando? O meu pai?

__ Obrigado pai, mais por que desses elogios? __ Ah, eu não aguentei, tive que perguntar.

__ Ah meu filho. Eu sempre fui um péssimo pai, eu nunca estive presente e vocês. Bom vocês seguirão o sempre gostaram de fazer. Veja bem Mark. O seu amigo Nick falou uma coisa para o Jorge que eu tomei como exemplo para mim. Independente do que vocês escolheram fazer não quer dizer que dão pouca importância para o que nos queremos. Veja o caso dele, se formou em Direito mais o que ele faz mesmo e administrar, e talvez se ele tivesse se formado em Administração de Empresas ele estivesse mais feliz, mas ele escolheu fazer o que o pai quis. Assim também foi a Ária, soube que o sonho dela sempre foi fazer medicina mas com um pedido do pai ela deixou de lado e fez o que era certo para ajuda-lo. E você meu filho, mesmo trabalhando em outro lugar, quando Jonas foi embora para o Brasil é Soffi para a África, você ficou e mesmo com raiva assumiu a empresa.

__ Pai eu... bom. É, eu assumi. __ Não tinha o que falar. Meu pai que sempre fora um controlador nato me dizendo que entende todas as nossas escolhas. Eu não sei o que deu nele, mais tenho que admitir que me deixou completamente surpreso.

Depois ele sorriu. Meu pai sorriu? Pra mim? Céus, eu terei que me acostumar logo com isso. Claro que te-lo de bom humor e sempre melhor do que aquele humor negro que ele tinha todos os dias.

Todo mundo resolveu conversar agora. Tinha que ser feriado nacional por isso.

Algumas semanas atrás Nathaniel veio a minha sala e tirou um peso da minha consciência.

Flashback on...

__ Senhor com licença. Nathaniel Verbeek está aqui. __ Gustav meu assistente fala. Decidi por um homem dessa vez, depois do trauma e da confusão. Melhor evitar.

__ Peça para ele entrar por favor. __ Ele sorri e sai.

Gustav e novo, tem seus vinte anos, e moreno, olhos claros e uma educação de dar inveja. A história de vida dele me comoveu, cresceu em um orfanato e assim que completou dezoito anos teve que sair de lá, a empresa que ele trabalhava fez cortes e ele foi um dos muitos que foram demitidos, ele namora a quase dois anos e planeja casar, e dedicado e está quase terminando a faculdade de Engenharia Civil. Ele não sabe mas assim que ele quiser sair em busca de emprego ele já terá um. Ária ficou encantada com ele e disse que ele já está contratado.

Nathaniel entra com um olhar meio diferente. Hoje estou na empresa do meu pai, e ele bom. Viajando com a minha mãe. Não vejo o Nathaniel a algum tempo, não tenho visto ele nem no banco.

__ Oi Mark. __ Sorri educadamente.

__ Nathaniel. Sente-se por favor.

__ Obrigado.

__ Quanto tempo não te vejo. __ Falo sentando na cadeira a sua frente.

__ Mark, eu serei direto. Não quero que você e a Ária tenham medo de se aproximar de mim. Aquele dia que fui na sua casa e você estava indo encontra-la...

__ Como... você sabe? __ Pergunto ansioso.

__ Bom, o Nick não conseguiu manter segredo.

Ah mais eu vou matar o Nick.

__ Olha Nathaniel, eu não queria que... __ Ele me interrompe.

__ Tudo bem. Eu sei. Eu no seu lugar faria o mesmo. Mais pode ficar tranquilo, eu te entendo. Eu queria conversar com ela sobre isso. Eu... Eu achava que ainda gostava dela, mais confesso que não é nada do que eu esperava, o que eu sinto pela Ária e um carinho imenso, um amor de irmãos, eu estive com ela em um momento que eu juro que achei que ela fosse surtar. __ Nathaniel falava sem me olhar, a essa hora ele andava de um lado pro outro na sala. __ Tinha a questão da irmã dela, da empresa, da Lilly. Ela não tava sabendo lidar com tanta informação, ficamos três dias em um hotel longe de tudo e todos, ela não queria falar com ninguém. Dos três dias que ficamos lá ela não falou uma palavra comigo, ela ficou na cama o tempo todo e chorava o tempo todo. __ Passa a mão pelos cabelos.

Eu não sabia disso, na verdade acho que ninguém sabia disso a não ser o Nathaniel.

__ Ela já sofreu demais Mark. E quando ela podia passar a presidência da Steger para um dos irmãos e deixar a Lilly sobre os cuidados da Lúcia ela não quis. Ela se recusou. O que eu quero te dizer Mark e que a Ária parece ser forte, mais ela não é. Ela é mais frágil do que uma pluma, mas a determinação e a coragem dela são maiores do que o planeta terra. Então se por acaso ela fizer qualquer coisa errada, não a julgue. Mark, ela ainda é uma criança, ela não sabe, mais ainda é, por mais que tenha vinte e três anos. Eu sei que você não vai quebra-la, eu tenho só que te agradecer por cuidar dessa menina. E nem comente nada disso com ela.

Eu olhava estático para o Nathaniel, ele parecia um irmão dela. Confesso que eu jamais esperaria tal atitude dele.

Sem ter o que responder eu o abracei, chorei e o agradeci pela confiança.

Flashback off...

Chego em casa e dou de cara com a cena mais linda. A Ária cozinhando só com uma calça de moletom cinza e um sutiã.

__ Tá afim de me matar do coração mulher? __ Pergunto para na porta da cozinha.

__ Ah, oi. Demorou chegar hoje. Algum problema?

__ Meu pai foi na minha sala me elogiar hoje acredita?

__ E aí? Como você reagiu? __ Pergunta ansiosa.

__ Não reagi. Não tive o que falar. __ Bebo um gole de água. __ Depois ele simplesmente sorriu e saiu, como se nada tivesse acontecido.

__ Bom isso é de família não?

__ Como assim?

__ Estávamos brigados e um simples toque seu, Puft, estávamos na cama gemendo feito dois loucos.

Dou uma gargalhada. Ah como eu amo essa mulher.

__ Não meu amor isso é meu charme pessoal. __ Ela ri e volta para a panela. __ Onde está a Lilly?

__ No quarto com a Olívia, aquelas duas não cansão nunca vi. Desse tamanho e já tem assunto que não acaba mais.

__ É. Igual alguém que eu conheço.

__ Ah tá, se está insinuando que sou eu senhor Mark, tenho que confessar que eu não sou assim.

__ Sei. Pergunte para o coitado do seu celular, das horas que você fica dependurada nele.

__ Por falar em dependurada, pode me explicar o porquê daquela ratazana estar em cima de você?

__ Ah não. Eu já te expliquei um milhão de vezes. Amor, me escute, você é a única que eu amo. Entenda de uma vez.

__ Ok, eu posso tentar te perdoar. __ Sorri.

__ Oh não baby, você já me perdoou. __ Abraço-a por trás.

__ Mark... As... crianças. __ Fala com dificuldade.

__ Tudo bem, mais nos vamos conversar sobre isso mais tarde. __ Dou um tapa na bunda dela e ela solta um gritinho de surpresa.

__ Ok. Lilly, Olívia. Venham, o jantar está pronto.

Elas chegam correndo e nos sentamos. O nosso jantar foi regado a conversas da Lilly e da Olívia, contando sobre escola, férias e brinquedos. Olhando assim elas nem parecem ter a idade que tem.

Doce Desejo ( Completo )Onde histórias criam vida. Descubra agora