Start Again

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O time continua sua missão, enquanto Coulson continua sua incansável busca por May. A cada mulher que passa, ele a vê, ouve sua voz, como se ela estivesse ao seu lado, mas ela não estava.
Até que finalmente Fitz descobri o submarino indetectável e eles montam um plano para invadir-lo.
Porém, acabam caindo em mais uma armadilha. Os homens do superior os obrigam a se renderem sendo que eles tem Jeffrey e May como reféns, ameaçando suas vidas. Dentro de sua cela, Coulson consegue ver Melinda de longe, mas se preocupa com a visão. Mesmo sendo forte, era possível ver sangue escorrendo de seu nariz.
Aquilo o deixou preocupado, ele não podia suportar perder May também. Pela primeira vez, ele desejou que o dedo com laser não fosse só uma piada. O quarto era pequeno com apenas uma cama e uma janela bem alta. Mack teria conseguido subir, mas ele não tinha tal altura. Começou a pensar.
Empurrou a cama em baixo dá janela e subiu, mas ainda faltava muito para que ele a alcançasse. Ao ouvir passos , ele desistiu e fingiu estar dormindo. Assim que o barulho diminuiu, ele se virou para ver se havia alguém ali, e não pode acreditar no que via. Melinda estava na sua frente, com sua uniforme já colocado.A felicidade veio tão rápido quanto foi embora, assim que notou o uniforme. Aquele não era a real May, era a LMD. Até onde ele sabia , ela tinha sido desligada.
_ O que faz aqui?- perguntei.
Ela me mostrou duas chaves e disse:
_Nao tenho tempo para explicar. Uma das chaves abre a sua cela, a outra abri a de May. Agora tira-la de dentro da simulação, é com você.
_Por que está fazendo isso?
Ela apenas sorriu, me entregou as chaves e correu, sem responder a minha pergunta. Eu não costumava, mas dessa vez obedeci. Abri minha cela e saí ao encontro da real May.
Quando abri a cela, me deparei com o problema de como a tiraria dali. Os fios que estavam conectados ao seu braço, era provavelmente o que a mantinha viva, e puxar o errado poderia causar sua morte. Quis que Fitz e Simmons estivessem ali, eles saberiam como resolver isso. Eu só podia ter uma ideia maluca e torcer para que desse certo. Olhei na cabine vertical a procura de algum tipo de botão que desligasse tudo, mas não havia nenhum, Radcliffe tinha feito muito bem seu trabalho.
Distraído, continuei a procura de uma ideia, até que senti uma mão sobre meu ombro. Achando que fosse o inimigo me virei de modo que dei cotovelada em quem quer que estivesse atrás de mim. Para minha sorte, era Mackenzie. Nunca na minha vida , tinha ficado tão feliz ao ver um negão. Quase disse isso em voz alta, até que notei seu braço machucado soltando faísca, o que significava , mais um LMD.
_ Vocês crescem em árvore por acaso?- rosnei.
Ele ainda teve a audácia de rir do meu desespero.
_ Nós somos muito mais numerosos do que você pensa.
Não estou aqui para impedi-lo.
Estou aqui para ajudar.
E foi o que fez. Colocou a mão direita contra a parede e uma passagem secreta se abriu, então se ajoelhou e apertou um parafuso abaixo dá cabine e ela se fechou.
Se levantou com uma arma na mão e apontou para mim, mas atirou nas 3 câmeras que havia na sala. Depois desprendeu a cabine dá parede com um puxão e a empurrou para mim. Apontou para a passagem e disse:
_ Fiz o máximo que podia. Agora apenas siga em frente e você vai ficar livre. Seja rápido.
Olhei para ele. Era um LMD, mas o Mack real teria feito mesmo. Se sacrificado pelo bem dá equipe.
_ Eu não tenho como agradecer-lo o suficiente.
Ele acenou com a cabeça e correu para fora, enquanto eu corri pela passagem escura com May , na cabine.

***2 Dias Depois ***

Radcliffe continuava desaparecido. Assim que escapamos de lá, houve uma operação no local. Procuramos em todo lugar, mas não havia sinal daquele monstro.
May já estava fora da cabine, o que contava como um avanço. Entre minhas obrigações como diretor, sempre que sobrava um tempo eu ia visita-la na área hospitalar e lhe contava como fora meu dia. Fingia que ela estava acordada e discordando de mim em quase tudo, com um sorriso no rosto. Simmons dissera que demoraria a descobrir como tirar-la dá simulação e se dessemos sorte, May ainda estaria viva até lá. Me arrependi de não ter lhe contado o quanto era importante para mim, e eu não conseguiria fazer isso , mesmo com ela inconsciente. Sabia que eventualmente, seu corpo iria parar de lutar e que eu a perderia para sempre. Ponderei se poderia continuar uma vida inteira sem ela, sem saber se era possível. No momento que olhei para ela, eu soube que jamais poderia tirar minha vida para estar com ela, May jamais deixaria. Então uma ideia surgiu na minha cabeça. Talvez eu não pudesse me matar, mas ainda podia haver um jeito de dizer adeus a ela: entrando na simulação. Como se estivesse lendo meus pensamentos, Melinda apertou minha mão. Acho que queria dizer de seu jeito durão, que eu estava fazendo a coisa certa.
***
Levou um tempo, mas eu entrei. Eu estava em Bahrein novamente. Como isso era possível? Afinal aquele é o pesadelo de May, então o que eu faço aqui? Não faz sentido. De qualquer modo, entrei no lugar onde ela havia entrado daquela vez. O lugar parecia abandonado por fora, mas assim que abri a porta, fiquei maravilhado com o que havia dentro. Era simples, mas de um jeito bonito, exatamente como May. As paredes num tom bege, as cortinas num verde claro, o chão com um carpete azul felpudo. Uma lareira estava acesa, com fotos em praticidade ao seu lado, e meias de natal a decorando. Olhando as fotos, pude notar May sorrindo ao lado de Andrew e uma garoto com eles, ele tinha o sorriso dela com os cabelos dele, mas era estranhamente branco. Na foto seguinte, havia somente ela o garoto, e eu estava lá, talvez como um tio. Na próxima foto, May tinha um vestido de noiva, o menino um terno branco, e eu também. Nesse mundo , eu e ela éramos casados.
Ouvi a porta abrir, e me maravilhei ao vê-la novamente. Em todo nosso tempo trabalhando juntos, eu só vira Melinda de vestido uma vez, quando dançamos juntos. Dessa vez, ele era verde água , com um decote em V , e dali para baixo era uma saia de seda ,e isso a deixava ainda mais bonita. O garoto estava ao seu lado com o uniforme escolar e agora deveria ter 11 anos, creio eu. Ele pulou em meus braços ,eu o abracei e talvez tenha derramado uma ou duas lágrimas. May se juntou a nós, como uma família feliz na época de Natal daqueles comerciais de TV. Aquele garoto desconhecido me fazia sentir tão ruim, ela tinha uma vida completa aqui, e eu viera com a missão de tirar essa vida dela. Logo ele se soltou de mim e perguntou:
_ Papai por que vc está chorando?
May me deu aquela olhada estranha de quem entendeu tudo só de olhar para mim, algo que eu sempre tive medo.
_ Steve, vá trocar de roupa querido, depois conversamos.- pediu ela e o garoto obedeceu.
Steve , meu Deus. Em homenagem ao Capitão América, meu herói favorito. A criança era de Andrew, mas eu devia ter-lá criado. Aquilo me deixou mais triste ainda. May me estendeu a mão para que eu levantasse.
_ Phill o que está acontecendo? - perguntou.
Peguei suas pequenas porém poderosas mãos, e tentei explicar a ela.
_ May o que aconteceu com Andrew?
_ Você está com amnésia? Ele morreu em Bahrein, sabe que eu não gosto de falar disso.
Andrew ainda morrerá, então ela tinha salvado a garota, mas na nossa realidade, os dois estavam mortos.
_ May quem morreu em Bahrein foi a garota, não Andrew.
Ela levantou uma sobrancelha em sinal de uma desconfiança brincalhona.
_Eu sei quando você​ está brincando, Phill.
Tentei me manter o mais sério possível.
_ May, isso é sério. Por favor, tente se lembrar.
Então a simulação mudou e nós estávamos em Bahrein novamente. Era May revivendo a cena, mas dessa vez ela matava a garota e eu dizia a ela :
_ Deixe a garota ir.
Quando ela ouviu a frase de novo, a simulação se despedaçou e eu não a vi mais.

***

Abri meus olhos como se estivesse fazendo isso pela primeira vez em muito tempo, o que era verdade. Não havia como saber há quanto tempo eu estava mentalmente presa na simulação, nem como eu sairá.
Vi Coulson ao meu lado e soube que ele me tirara de lá, apenas me contando verdade, e que eu devia muito a ele. Tinha certeza de ter ouvido sua voz durante a simulação, mas de um jeito real, como se estivesse estado o tempo todo ao meu lado, o que poderia ser verdade. Acho que era jeito dele de dizer que me amava, enquanto eu dormia, porque ele pensava que eu não conseguiria ouvi-lo, e eu conseguia.
Assim que ele acordasse, seria hora de pagar essa dívida.
Meio tonta, ouvi a voz de Simmons:
_ May, graças a Deus!! - disse e jogou seus braços em volta de mim.
Estranhamente, aquela era a segunda vez que eu escutava ela dizendo aquilo em muito pouco tempo. Nostalgia tomou conta de mim,e pela primeira vez, eu me permiti algumas lágrimas. Era bom estar de volta.

*** Um dia depois***

May já estava quase completamente melhor, mas ao mesmo tempo, diferente. Quem a conhecia sabia disso. May estava sofrendo ,de seu jeito reservado, pela falta de Phill. E essa não era a única diferença. Ela parecia ainda mais determinada a tudo , e também sentimental, assim como confusa. Podia se dizer que ela estava usando um saco de pancadas e imaginando a cara de Radcliffe colada nele, e isso não era para ser engraçado. Ela ainda tinha seu olhar assustador e intimidante, era destemida, só que não havia barreiras para ela. May moveria os céus e a terra se fosse necessário, mas ela mataria Radcliffe.

***

No dia seguinte, Coulson acordou. A primeira coisa que ele procurou foi por May, que deveria estar ao seu lado. Quando não a viu ali, o desespero tomou conta de si. Não havia ninguém no quarto além dele, até que Ioiô chegou. Com seu sotaque estranho , ela explicou a ele que May estava bem, mas não estava ali no momento. Ao ouvir, o seu coração desacelerou um pouco. Phill dez tudo que precisava e foi comandar sua equipe, como se fosse um dia normal na vida do diretor dá SHIELD. Ele sentiu sua falta o dia inteiro, como um buraco aberto em seu coração que só se fecharia quando ele a reencontrasse.E assim o dia foi passando, até que as 8:30 dá noite May invadiu seu escritório. Havia uma mala em sua mão, que ela largou imediatamente no chão assim que o viu. Ele nem a viu chegar, até que ela chamou por seu nome:
_Phill?
Me virei, esperando que ela estivesse encostada na porta, mas não estava. Na verdade, ela vinha andando calmamente em minha direção, e a porta foi fechada( obviamente não foi por ela). Esperei alguma espécie de " bem vindo de volta" ou " obrigado por salvar minha vida", mas tudo que recebi foi um belo tabefe.
_ É assim que vc agradece por ter salvo sua vida?- perguntei.
May mantinha sua expressão séria e calculada ao mesmo tempo. Ela apontou o dedo para mim com cara de brava e disse:
_ Essa foi por ter beijado um Android com a minha cara.E esse - ela pôs a mão no meu rosto - é por ter salvo minha vida.
May me beijou. Talvez fosse só coisa dá minha cabeça, mas tenho certeza de ter ouvido algumas risadas lá fora. Seus lábios eram diferentes do Android. Eles me traziam uma espécie de segurança e medo, tudo junto. Segurança de que não havia dúvidas de que May me amava, Steve provará isso. E medo por estragar nossa amizade, porém eu não tinha o direito de reclamar. Depois de tantos anos trabalhando ao seu lado, com certeza existia uma afeição mutuá entre nós dois.
Uma afeição além de bons amigos, nem irmãos era suficiente. Eu poderia dizer que ela era parte de mim, assim como eu era dela. Todos tinham notado, menos nós. Mas nunca era tarde demais para se amar de novo, e se Deus quiser ,um dia Steve ainda seria real.


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⏰ Última atualização: Feb 14, 2017 ⏰

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