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Baekhyun não aguentava mais.

Se no começo daquela greve idiota ele já estava fervendo com a vontade de ter o namorado dentro do si, agora ele estava borbulhando.

Bom, literalmente, já que suas bochechas resolviam ficar rosadas do nada e ele suava mesmo com o ar condicionado ligado. Tinha até mesmo que lidar com ereções fora de hora, o que nunca havia acontecido antes e o deixava ainda mais irritadiço.

Seus amigos não o aguentavam mais. Ele não se aguentava mais.

Minseok insistia com a ideia dos brinquedos, ele dizia que um plug anal ou um dildo seria melhor que nada. Baek não queria pensar muito nisso, mas quando se viu acariciando seu membro numa segunda-feira de manhã, na hora de seu precioso café da manhã, ele quis correr até a sex shop mais próxima.

Tentando tirar da mente todas as palavras relacionadas ao que pode, ou não, entrar dentro de si, ele continuou a viver sua rotina. Rotina meio modificada, já que seu namorado havia abolido um dos pontos mais importantes de seu dia.

O importante, naquele momento, era que Baekhyun queria matar Chanyeol. Claro, depois de usufruir do que antes era dele a qualquer hora do dia; do que era dele há semanas atrás. Ele mataria Chanyeol depois de fazê-lo ceder.

Uma pessoa normal acharia que aquilo tudo fora humilhação demais até para um pedaço de mal caminho como Baekhyun, mas o mesmo não desistiria. Seu orgulho desaparecera assim que contou com as duas mãos os dias que estava sem sexo. Agora o que prevalecia era a vontade de acabar com aquela frustração e voltar a ter a vida sexual ativa de antigamente.

Ele sentia seu corpo queimar diariamente, então, quando não estava se abanando na faculdade ou no seu emprego numa cafeteria perto do apartamento do namorado, ele começara a usar apenas uma boxer quando estava dentro de casa, ou, às vezes, nem isso. Todo tempo em que Baek estava em casa era como uma pequena morte de Chanyeol.

Ele mordia os cantos internos das bochecha cada vez que o menor desfilava pela casa exibindo seu corpo, se segurava para não agarra-lo e acabar com aquela tensão entre ambos. Àquela altura, suas bochechas estavam quase em carne viva, mas ele esquecia desse fato enquanto, pela décima vez naquele dia, observava a beleza descomunal do homem que amava.

– Baek – Chamou. – Amor, você está doente?

Ele havia notado a vermelhidão no rosto do namorado, assim como o corpo suado como se não tivesse uns 18 graus do lado de fora. Achou que era febre ou algo do tipo, então se aproximou de Baek que antes fazia seu caminho até a cozinha e colocou a mão na testa do menor checando se estava tudo bem com o mesmo.

– Se fiquei doente foi por sua causa, seu orelhudo idiota. – Deu um tapa na mão do namorado, murmurando como uma criança que não ganha doce há muito tempo.

Chanyeol riu, achando uma graça do bico e do cenho franzido do menor. Até ver que o suor escorria pela sua testa, o mais baixo parecia querer explodir –se é que não foi isso que aconteceu dentro de si desde que Chanyeol resolvera virar freira.

O maior se preocupou, colocou a mão no queixo do namorado e se perguntou como o garoto conseguia suar naquele tempo frio e chuvoso.

– Precisamos ir ao hospital.

– O quê? –Baek se afastou rapidamente, só a ideia de ir a um hospital fazia todos os seus pelos se arrepiarem, jurava que sentiu até mesmo os fios de seu cabelo tremerem quando ouviu a menção de hospital. – Não. Nem pensar.

– Mas olha o seu estado, precisamos ir imediatamente para checar se isso é norm-

– Claro que não é normal, Chanyeol. – Bateu o pé no chão, cruzou os braços e olhou enfurecido para o maior à sua frente. – Isso aqui, – Apontou para a testa e para o próprio corpo. – é culpa sua.

– O que foi que eu fiz, Baek? – Questionou confuso.

– O que você não fez, seu gigante fedido.

Tudo bem, agora Baekhyun parecia mesmo com uma criança de 5 anos que quer doce há muito tempo e nunca ganha nada. Hormônios, talvez? Será que a falta de sexo havia afetado tanto os neurônios do namorado? Chanyeol começava a se preocupar ainda mais.

Respirou fundo, pegou nos ombros do namorado, o virou e o empurrou até o quarto que dividiam.

– O que é que você está fazendo, seu retardado? – Baek tentava em vão se soltar, mas o namorado era mais forte e cheiroso demais para fazê-lo sair de perto de si.

–Você vai tomar um banh-

Quase foi interrompido, mas antes que o namorado abrisse a boca novamente para xinga-lo, ele colocou o indicador sobre seus lábios e voltou a dizer:

– Vai tomar um banho e vamos ir para o hospital.

Antes que Baek começasse a choramingar, ele continuou:

– Nós vamos tomar um banho e vamos ir para o hospital.

🥀

não prometo nada sobre esse banho...

moon | chanbaekOnde histórias criam vida. Descubra agora