Completamente Desmaiada

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- Que bom que vocês chegaram! - fala Marina assim que pisamos no bar - Eu já estava desesperada...

- Calma aí, gata - falo já pegando um copo cheio, que estava em cima da mesa, e o tomo em um gole. Pra aguentar a Marina, teria que ter uma bela dose de cachaça do lado - Você falou que a festa era de dez e chegamos aqui exatamente nessa hora!

- Eu sei, mas eu cheguei mais cedo para pegar a nossa mesa - ela diz e eu e Helena nos sentamos nas cadeiras

- Aí já é problema seu... - falo e quando o garçom passa, pego outro copo - Só vim porque você insistiu

- Nossa, Yasmin - ela fala me olhando - Hoje  você está terrível

- E quando ela não está? - fala Lena e as duas caem no riso enquanto eu reviro os olhos

- E aí, meninas - fala um cara loiro, boa pinta - Curtindo a festa?

- Sim, Mateus - fala a Marina se insinuando, não consegue ao menos disfarçar... - A festa está bem legal!

- Que bom então! - ele diz sorrindo na direção da Lena - Se vocês precisarem de qualquer coisa, pode falar!

- Eu preciso - me adianto logo - Pode trazer uma garrafa de tequila, aqui pra nossa mesa?

- Claro! - ele fala rindo e dá as costas indo em direção ao balcão de bebidas

- Tá doida, Yasmin? - fala a Marina com olhos arregalados

- O que foi? - eu me faço de desentendida - Ele disse "qualquer coisa", hoje eu estou com uma vontade de tomar tequila... Ainda mais de graça!

- Isso aí! - fala a Lena e o cara já está de volta com a nossa garrafa, lacrada, e mais três copos com limão dentro

- Obrigada aí, Mateus - eu falo e ele sorri - Feliz aniversário!

- Valeu! - ele diz nos olhando - Aproveitem! Você, eu já sei que vai aproveitar! - ele me olha e dá uma piscadela.

- Ihhhh, Marina - fala a Lena em tom de deboche - Acho que o Mateus tava paquerando a Yasmin!

- Eu ein, hoje eu só quero curtir! - falo e viro um shot junto com o limão - Deixa as paqueras pra Marina mesmo!

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- Vira! Vira! Vira! - o pessoal em volta da mesa grita enquanto eu e Lena estamos frente à frente, para ver quem bebe mais cerveja em menos tempo.

Já estava no sétimo copo, de dez ao todo, a Lena ainda estava no quinto. Há muito tempo minha consciência tinha ficado pra trás.

Depois do "vexame", o que a Marina alegou que foi o meu pedido por tequila, ela logo arranjou um jeito de se agarrar por algum lugar com o Mateus e não a vimos mais. 

Helena e eu resolvemos jogar beer pong e não deu muito certo, estava bastante tonta. Após virar uma garrafa de tequila, uma de vodca e mais algumas de cerveja, o beer pong foi o de menos. Estávamos na terceira rodada e a Lena já pedia arrego.

Três copos depois e eu venci o jogo. sentamos de volta na mesa, não porque queríamos, mas sim porque não aguentavamos mais ficar em pé. Minha cabeça dava um looping de 360 graus e a minha mente já pregava peças.

- Helena, va-va-vamos pra casa? - falo meio atônita

- Vamos só esperar a Mari... - ela fala como se tentasse lembrar o nome e depois continua: - Marina...

- Acho que e-ela não volta mais hoje... - falo e solto, ou melhor, tento soltar um sorriso sacana, já que logo depois o vômito sobe pela minha garganta e acabo o deixando sair, que pra minha "sorte" foi em cima da mesa, melando todos os copos e coisas em cima da mesma

- Puta que pariu - Helena grita chamando atenção de todos ao redor, pra piorar a minha visão começa a ficar embaçada e turva, sem perceber desmaio em cima do meu próprio vômito.

ECA!

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- Ai Jesus, como a gente vai acordá-la? - escuto a voz de alguém

- Assim - a Helena fala e logo sinto um estalo no meu rosto

- Ai, cacete doeu até o meu cu! - falo depois de me levantar em um pulo

- Que bom que você está bem! - fala um cara, que eu realmente não sei quem é, olho em volta e vejo que estamos em casa.

- Quem é você? - falo e o homem me olha confuso

- Ele é o "famoso" Jorginho, amigo de academia da Marina - Lena fala rápido e me ajuda a levantar do sofá - Ele quem me ajudou a te carregar e te trazer em casa depois que você desmaiou em cima da mesa, ou melhor, do vômito.

- Acho que já está na minha hora - o tal Jorginho fala e a Lena o acompanha até a porta e logo depois volta

- Que horas são? - pergunto pegando no meu cabelo e constato que tem vômito ali

- São exatamente três e meia da manhã - fala Helena tirando os sapatos e os jogando longe - Acabamos de chegar aqui, mas você estava apagada

- Provavelmente foi falta de glicose no sangue, sabe... - eu explico em termos médicos e a Lena revira os olhos

- Deixa a medicina pra mais tarde, que é a aula - quando ela acaba de falar isso me assusto.

Porra!

Eu havia esquecido completamente que amanhã teria aula! Fodeu!

- E o Miguel? - pergunto preocupada, normalmente o Daniel traz o pequeno todo domingo à noite para que ele possa ir à escola.

- Eu falei com o Daniel, quando vi que ficaríamos bêbadas o suficiente para mal conseguir andar - ela fala se afundando no sofá maior - Ele concordou em o levar pra escola amanhã de tarde e quando largarmos da faculdade o pegamos.

- Que susto! - falo, agora mais aliviada

- Acho melhor você tomar banho, o vômito no seu cabelo está começando a endurecer - ela diz pegando o celular - Ah mas antes deixa eu fazer uma coisa! - quando ela termina de falar, vejo o flash cegante da câmera. Que vadia!

- Apaga isso, Helena Monteiro Campari - falo em tom de ameaça e ela ri negando com a cabeça

- Vai logo tomar banho que eu apago - ela fala e eu já sei que ela nunca vai apagar essa foto

Depois de ter tomado banho, lavado o cabelo, que por falar estava com cheiro de vodka misturado com cerveja, eu vou dormir pensando: "eu estava completamente desmaiada"

Instagram 📷 Tiago IorcOnde histórias criam vida. Descubra agora