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#Julia

Corria pela mata escura não conseguia ver nem um ponto de luz apenas os latidos dos cães que ficava cada vez mais alto. Corri mais rápido, minhas canelas sendo arranhadas pelos arbustos alto demais.

- ...Vamos encontra-lá pare de fugir e não a machucaremos. -Alguém gritou e eu sabia que eles estavam próximos. Procurei algum lugar para me esconder e então vi um raio de luz alguns metros a frente reuni todas a minhas forças e corri em direção.

Com dificuldade consegui chegar, e para minha surpresa era o terminal Central, o trem estava parado, muitas pessoas tentando entrar. Eu não podia ficar ali parada sabendo que a qualquer momento eles me pegariam, então corri para o trem como estava nos fundos ninguém viu quando entrei me sentei no fundo o lugar que quase ninguém deseja e logo depois ouvi uma agitação lá fora, eu estava quase deitada no banco evitando ser vista, olhei pela janela e vi um grupo de polícias armados e com enormes cachorros, eles estavam a minha procura. Alguém apontou em direção a floresta e eles correm novamente para onde tinha saído alguns minutos atrás, logo depois as pessoas começaram a entrar cada uma ocupando seu devido lugar e eu rezei baixinho para que eu não tivesse pegado o lugar de ninguém e que isso fosse o bastante para eles não perceber a presença de uma forasteira.

Só que isso não foi o suficiente, um dia depois eles perceberam minha presença e como era de se esperar eles me fizeram descer, antes que pudessem chamar a polícia eu fugi. Se antes estava perdida, agora estava totalmente perdida e morrendo de fome.

Eu morava em Medina. Agora estava perdida no centro de Seattle, estava muito cansada, andei um pouco até que vi um hotel bem simples só o que chamou mais minha atenção foi "temos vaga e refeições inclusas". Nunca em toda minha vida tinha sentindo tanta fome como naquele momento.

Quase corri para chegar ao hotel, para minha sorte eles não tinha feito muitas perguntas. Porém eu sabia que isso seria temporário.

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Fazia dois meses que estava morando em Seattle, o hotel agora era minha casa e eu me sentia bem a vontade ali. Ajudava em muitas coisas que era preciso e isso me rendia um pouco de dinheiro, mas não muito.
Peguei o jornal e comecei a marca possíveis trabalhos. Ainda não tinha conseguido um trabalho fixo e meu dinheiro estava acabando.
Então vi uma foto minha em outra matéria era uma foto pequena só que recente. Não podia ser. Se alguém me visse eu estaria morta, se voltasse para Medina não sei o que aconteceria.

Sai do hotel indo até o outro lado da rua quase correndo tinha a impressão que todos já sabia, que todos me olhava pronta para me segurar e me levar até ele.

- No que posso ajudar?. - É inevitável não me assustar ao ser abordada pela vendedora.

- Quero comprar tinta para cabelo. - Ela parece surpresa então olha para meus cabelos, era tão difícil para mim adorava meus cabelos são castanho escuro quase pretos e eu os adorava nunca tinha pintado antes, tinha muito medo do que poderia fazer.

- Me diz a tinta que você quer e eu te ajudo a procurar.

Pensei em loiro e não hora descartei essa opção, minha pele era bronzeada demais para esse tom. Então a vendedora sugeri vermelho também não. Então uma menina passou na frente da farmácia ela era diferente de todas a outras seus cabelos era azuis escuro e ela era linda e isso iria me ajudar a mudar a minha aparecia, ninguém esperaria que eu mudasse tanto.

- Vou querer azul, moça.

- Que?! - Ela estava mais do que surpresa tinha certeza que ela pensava que eu fosse louca coisa que nos últimos tempos eu já tinha certeza. - Desculpe vou pegar para a senhorita.

UM NOVO RECOMEÇO Onde histórias criam vida. Descubra agora