Capítulo 6

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Saito bebericava seu café lentamente, ele agora estava com o apartamento do mesmo jeito do início; vazio. Seus olhos percorriam o sofá onde Kono despencara em lágrimas, o braço do sofá estava molhado, ela levantou-se durante a noite e veio até a sala, e chorou um pouco. Saito tremeu, ele não lidara bem com mulheres chorando, Saito não entendia muito bem o sexo feminino, muito menos quando estão emotivas, por isso seus relacionamentos não duravam muito tempo; o emocional é complicado.
Saito estava inquieto, não conseguia ficar sentado na mesa, nada estava exatamente como deveria. Enquanto pensava, sentiu que ele precisava de um pouco de companhia.

><><

Gabriela não se manteve calada desde que Kono voltara para o apartamento, ela estava começando a encontrar certas semelhanças em McGarret e sua própria mãe.

--Onde você foi ontem à noite?_Era a quinta vez que Gabriela perguntava-lhe isso.

--Já disse, eu foi encontrar um velho amigo. Agora, esta conversa está um pouco inconveniente, não acha? Somos duas adultas, não duas adolescentes.

"Haja como adulta uma vez na vida", lembrou-se Kono, estava surpresa o quanto Saito tinha razão, idiota, não sabe nem o que isso significa, ela sentiu-se furiosa, mas seus olhos estavam pesados, Kono estava cansada e tentava acompanhar Gabriela em seu - mínimo - raciocínio.
Kono não conseguia parar de olhar para seus pés, seus pensamentos estavam muito distantes de seu apartamento, ela não parava de pensar que não havia dado uma única palavra com Saito, Kono, na verdade, mal lembrava-se do que realmente aconteceu naquela noite. Na verdade, sua relação com Saito sempre foi assim, ela nunca sabia exatamente o que se passara com ele.
Kono pegou suas coisas e, novamente, retornou ao apartamento de Saito; o porteiro, muito simpático, deixou ela entrar depois de algumas mentirinhas sobre parentesco - até lhe deu a cópia da chave, mas Kono recusou, na primeira oferta. Ela estava frente a frente da porta, não iria bater, não daria tempo para Saito pensar em qualquer coisa. Abriu. Primeiro, teve nojo, depois vergonha e, por último, raiva. Saito estava sentado no sofá com uma moça jovem em seu colo, ela estava praticamente engolindo seu pescoço.

--E-espera_A garota levantou-se e ajeitou sua saia_, você tem namorada? Eu não fico com homem comprometido.

--Ótimo, uma vadia com princípios e ética._Saito revirou os olhos_O que faz aqui Yamata?

--Quer saber? Nem eu sei, e me desculpe por atrapalhar, não foi minha intensão._Kono estava prestes a sair quando a moça a segurou pelo braço.

--Ôh, por favor fique, acho que o querido aqui vai precisar de companhia._Disse a moça cuspindo cada palavra.

--Então ele que chame outra._Kono bateu a porta com força.

Saito levantou-se, fazendo com que a jovem olhasse para ele, ela tinha fogo no olhar, mas, não seria a primeira vez que Saito lidara com mulheres enfurecidas.

--E então?_Saito sorriu_onde estávamos?

--Mas é muita cara de pau,_A jovem aproximou-se dele_Você deveria respeitar aquela garota, ela não merece aquilo. Mas quanto a você,_Ela lhe deu um forte tapa_Você merece desprezo.

--Anna... você irá ser despedida, sua recepcionista ridícula.

--Ridícula, posso até ser, mas ainda tenho vergonha na cara._Ela virou-se.

Monte FujiOnde histórias criam vida. Descubra agora