Acordo assustada com o toque do meu celular. Deve ser a Bethany avisando que esta vindo para a mansão. Resolvi dormir um pouco antes dela vir... Pego o celular no criado-mudo e o atendo.
- Alô?
Ninguém responde. Tiro o celular do ouvido e vejo que é um número desconhecido.
- Alô?- fico em silêncio. - Independente de quem seja, você esta me deixando preocupada.
Escuto uma porta batendo na mansão... e na ligação também. É provável que a pessoa que esta me ligando esteja aqui? A minha primeira impressão é ficar assustada. Me levanto da cama e vou para a sacada do meu quarto. Já é a noite. Saio da sacada e corro paro no para peito da escada em frente a porta do quarto dos meus pais. Começo a hiperventilar. Desço as escadas correndo com o celular na mão. A mansão esta completamente escura. Vou até a bancada da cozinha. Olho para o jogo de facas de inox impecavelmente limpo da minha mãe em cima da bancada. Tiro uma faca do faqueiro. Do lado do faqueiro tem um celular. Coloco ele no viva-voz. Coloco meu celular perto da minha boca.
- Alô? - falo bem baixo e escuto minha voz saindo sussurrada no outro celular.
''-#'' esta na minha mansão! Aprece que eu me esqueci como se respira. Olho para sala escura e não vejo ninguém. Dou uma volta pela sala para ver se não tem ninguém nela. Não encontro nada. Corro para cima e vou para o escritório.
- Você sabe que eu não tenho medo de te machucar. Muito menos de te matar. Você já machucou muita gente que eu amo. Eu vou te matar! - falo bem calma e andando pelo escritório.
Alguma porta bate de novo. Saio do escritório e desço as escadas. Por mais que esta escuro e não tem nenhuma luz acesa, vejo uma sombra no pilar da cozinha. É um garoto... É agora que eu vou machucar esse desgraça! Vou andando bem devagar até ele. Ele esta todo de preto. Inclusive com um moletom preto de capuz. Cutuco ele, fecho os olhos e passo a faca pelo seu abdômen. Quando abro o olho me assusto.
- Adam! - falo assustada e jogo a faca no chão. - Você é o #!
- Ally, não sou eu... - ele fala colocando a mão contra o corte. - Eu vim para a mansão para ver se tinha alguém aqui. Eu e a Valerie... íamos passar essa noite aqui... só porque papai e a mamãe foram para Atlanta... - Adam fala ofegante.
Minha única reação é deixar as minhas lagrimas caírem, mas sem fazer nenhum tipo de barulho ou escândalo. Pego uma chave que está em cima do balcão. Eu tenho certeza que é de um carro. Pego meu celular e seguro na mão de Adam.
- A gente tem que ir agora. - falo e sai correndo com ele para a garagem.
- Onde a gente vai? - ele pergunta enquanto ajudo ele a entrar no carro.
- Pro hospital tentar arrumar o que eu fiz em você antes dos nossos pai chegarem. - falo e fecho a porta do carro.
Enquanto dou a volta no carro, digito o numero do Gianlucca.
- Oi. Tudo bom? O negócio é o seguinte, fiz merda! - falo quando ele atende.
Abro a porta do carro e entro nele.
- Amiga, o que aconteceu? - ele fala com uma voz assustada. Acho que é conseqüência do que esta acontecendo nos últimos tempos.
- Talvez eu tenha quase tentado matar uma pessoa? Talvez essa pessoa possa ser o meu irmão? Vai pro hospital! Te vejo lá!
- Amiga do céu, espera! Tá tudo bem?
- Acho que não! - falo sarcástica.
Desligo antes dele responder.
- Você desligou na cara dele? - Adam fala quando eu aperto o controle para abrir o portão da garagem.
- Foi meio que necessário. - falo e dou partida no carro.
Digito o número da Bey e ligo para ela.
- Bey, estou com sangue nas minhas mãos! - falo começando a dirigir.
- Matou um mosquito?
- Não, só quase matei meu irmão... - falo sarcástica.
- Você quase matou seu irmão gostoso?!
- Bey, sou o único que ela tem! - Adam fala rindo mesmo com um corte de fora a fora no seu abdômen.
- O que vocês precisam?
- Apoio emocional e guardar um segredo...
- Espero vocês no hospital então.
Ela fala e eu desligo.
Olho para as minhas mãos e vejo ela com um pouco de sangue. Nada é comparado com o sangue nas mãos do Adam. Quero chorar mais. Quero gritar e entrar em pânico. Porque tudo isso? Eu quero que pare! Queria que tudo isso acabasse. Queria que fosse como antes! Choro mais pelo o que nós estamos passando...
[...]
- Eu quero ir embora... Quero que tudo isso acabe... - falo cansada com a cabeça apoiada na mão.
- Vai passar. Uma hora vai passar. - Candace fala passando a mão nas minhas costas.
Vejo o doutor que está estava cuidando da cirurgia do Adam. Levanto e vou até ele.
- Como ele está?
- Ele esta perfeitamente bem. Vocês precisam contar para a polícia o que aconteceu.
- Não vou contar para ninguém. Não posso. Por favor, doutor. Não conta para ninguém o motivo. Eu sei que parece inútil, mas não conta. - falo com medo e assustada para ele perceber o quão importante é.
- Não vou. - ele fala solidário.
Lanço um sorriso para ele e volto para o meu lugar.
- E ai? - Saille pergunta respirando fundo.
- E ai que deu tudo certo. Só quero sair daqui. Mas eu sou responsável por ele. Não posso. - falo cansada.
- Todo mundo está cansado, Ally. Não só fisicamente, mas mentalmente e cansado desse joguinho tambem. Ele não esta mais mandando cartas. Ele esta nos usando pra se alto machucar e machucar os outros. Ele não quer mais matar... - Bey fala se ajoelhada na minha frente.
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Miami Beach - 4° Temporada
Teen FictionAlyson e seus amigos voltam para Miami Beach. Ataques e mortes estão por vir, mesmo sem # aparecer.