teoria do caos.

o bater de asas

Era véspera do seu aniversário de 17
anos.

Seu pai a levou para finalmente fazer a sua mudança radical que a menina tanto pedia.

Sairam do salão de beleza do shopping com os cabelos da menina num tom loiro com raizes castanhas e com o homem mais velho pensando no quanto que sua garotinha havia crescido e foram a caminho do ultimo andar do shopping.

Sawyer finalmente iria fazer sua tatuagem que tanto pedia seu pai para autorizar faziam meses.
Ela lembrou do dia em que o "caos" entrou na sua vida, o acidente com a sua mãe nunca teve uma explicação, mesmo com a perícia no carro o acidente continuava sem explicações, então ela procurou por respostas e a que ela mais gostou e a que a deixava mais tranquila era a "teoria do caos". Talvez uma pétala de rosa caiu no chão da Índia fazendo com que o carro da sua mãe capotasse. Ela sabia que aquilo soava ridículo, mas ela gostava de pensar que Deus de alguma forma não queria que sua mãe morresse, então ela dizia que tudo aquilo aconteceu pois tinha que acontecer.

Entrou no estúdio de tatuagem acompanhada de seu pai, segurava sua bolsa e a mão do homem com força. Ela estava nervosa,não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo

- Sawyer Woods? - a jovem de cabelos pretos e batom vermelho da recepção disse com um sorriso no rosto.

-Sou eu, esse é o meu pai, Tom Woods. Ele veio me acompanhar, sabe eu tenho 17 ainda.

- 16, até a meia noite você ainda tem 16 S. - o homem corrigiu a filha.

- Haha eu entendo, você marcou sua tatuagem para as 16 horas.- ela olhou seu relógio de pulso e continuou - São 15:45, se você quiser ficar esperando, pode se sentar na sala de espera. Você esta com toda a papelada da autorização? 

Assentiu com a cabeça e tirou a pasta da bolsa.

- Certo, eu vou guardar isso lá nos fundos, junto com todos os papéis. Já volto.

E a mulher se foi, deixando Sawyer e seu pai sozinhos na sala de espera.

- Sawyer eu vou comprar um café,você vai querer?

- Expresso com chantilly. 

Assim que seu pai saiu, Sawyer observou o local que ela estava com mais atenção. As paredes pintadas num tom preto, os posters de bandas que Sawyer conhecia muito bem, quadros perfeitamente alinhados com desenhos de caveiras e letras de musicas antigas que ela cantava com seu pai durante as viagens que eles faziam.

Enquanto caminhava pelo local, ela
passava os dedos sobre as paredes, quadros, posters ou qualquer coisa que estivesse pendurada enquanto cantarolava uma das musicas que cantava com seu pai e que também estava escrita em um dos quadros.

- Wise men say "only fools rush in" but I can't help falling in love with you.

Era engraçado como a garota sempre se lembrava do mesmo ser humano sempre que escutava essa música.

-Shall I stay?Would it be a sin if I can't help falling in love with you?

Ela realmente não conseguia evitar de se apaixonar por ele, desde o primeiro momento que viu aqueles olhos verdes, as pintas pelo rosto, os lábios rosados com um cigarro entre eles, ela sabia que não conseguiria evitar.

-Like a river flows surely to the sea. Darling, so it goes, some things are meant to be.

Ele nunca tinha conversado com ela, afinal o que um garoto super popular do terceiro ano falaria com ela? Uma garota desajustada do segundo ano com complexo de inferioridade.

-Take my hand,take my whole life too. For I can't help falling in love with you.

Sawyer queria que pelo menos uma vez Tyler olhasse para ela da mesma maneira que ela olhava para ele. Mas isso era pedir demais.