It's the right thing?

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Dylan

Chego a meu prédio e vejo o carro de Lia estacionado na porta. Observo a mesma falando no telefone e ergo a sobrancelha tentando adivinhar o que ela faz ali.

- Lia? - Digo assim que me aproximo do veículo. - Aconteceu alguma coisa?

- Só um segundo. - Diz Lia e volta sua atenção à ligação. Depois de alguns minutos ela finalmente desliga o celular. - Bom dia Dylan.

- O que faz aqui?

- Nossa, cada dia você se supera mais. - Reviro os olhos e Lia sai do carro. - Este é Erick Evans, o cara que está atrás da Gabi.

Ela me entrega uma foto. O cara não parecia um criminoso, se eu o visse em algum lugar, diria que é alguém comum. Continuo observando a foto.

- Queria que você soubesse como é o rosto do sujeito... Caso ele apareça no Gonzalez. - Diz Lia.

- Ok, mas se ele aparecer? O que eu faço? - Volto a olhar Lia.

- Só mantém ele longe da Gabi e ligue para Gio. - Lia suspira. - Ele é perigoso Dylan, e é capaz de tudo.

(...)

Hoje era o meu dia no Gonzalez. Chego cedo ao bar para arrumar o som e ensaiar. Enquanto fazia isso, observava Gabriela. Ela é tão misteriosa...

Meus questionamentos só aumentam desde que soube sobre Erick. Como uma garota como ela se envolveria com um cara desses? Por qual motivo? Até que ponto? E por que ele quer se vingar? Giovana não disse tudo, não explicou bem, só me deu um trabalho e fim.

- Animado? - Uma voz interrompe meus pensamentos. Vejo Carter.

- Sim, espero que os clientes gostem como dá última vez. - Sorrio de canto.

- Você é talentoso, não se preocupe. - Ele se vira para sair, mas para e me olha. - E mais uma coisa.

- O que?

- Aceite pedidos especiais. Eles adoram. - Sorri e saí.

Rio assim que ele sai e volto a dedilhar o violão, o afinando.

- O chefe estava enchendo o saco? - Ouço uma voz familiar, Gabi.

- Chamaria de palpites. - Digo e sorrio torto.

- Educado da sua parte. - Ela sobe no palco e senta ao meu lado. - Meu sonho já foi estar em um palco, cantando e enchendo as pessoas com minhas músicas. - Ela solta uma risadinha.

- E por que não está? - A fito. Ela olhava para as mesas.

- Segui caminhos e fiz escolhas diferentes.

- Mas você pode cantar ainda. - Continuo a olhando.

- Não Dylan. - Ela me olha. - Algumas vezes na vida eu me arrependi das escolhas que fiz. Sempre me questiono por que disse sim ou por que disse não. Mas no final, não tem por que eu ficar me remoendo, já passou. - Gabriela sorri fraco.

- Às vezes me questiono também. Será que estou no lugar certo? Quero dizer: Será que estou indo no caminho certo? - Suspiro. - Eu amo a música, amo cantar, sinto que só consigo expressar meus sentimentos assim.

- Sinto-me dessa forma. A luta é meu escape. Desconto tudo no ringue. Raiva, rancor, tristeza, ódio, medo... Tudo.

- Você prefere qual versão de você? A que está no ringue ou a que está servindo mesas? - Pergunto e ela parece pensar na resposta.

- Boa pergunta.

Gabriela

Gonzalez estava lotado, Dylan fazia sucesso com os clientes, atendia aos pedidos, brincava com os casais e solteiros. Enquanto ele cantava, seus olhos brilhavam. Ele é feliz cantando, e me pergunto: por que ele ainda tem dúvidas sobre isso?

- Está fitando muito o Dylan. - Ouço a voz de Margo, despertando meus pensamentos. A olho e reviro os olhos. - Mas é impossível controlar, não é?

- Eu só estava pensando... - Margo me interrompe.

- No quanto ele é gato? - Ela dá risada.

- Não, sua boba. - Rio junto. - É que ele disse que tinha dúvidas sobre estar seguindo o caminho certo. Mas olhando para ele, em cima do palco, dá para ver o quanto este é o seu lugar.

Margo olha para Dylan e sorri. - Isto é óbvio.

(...)

Saio do Gonzalez pela porta dos fundos, como de costume. Ando pelo beco até a rua. Continuo andando e começo a sentir como se alguém estivesse me seguindo. Olho para trás algumas vezes e não vejo nada. Acelero o passo, indo mais rápido.

- Fugindo de mim? - Ouço aquela mesma voz que me ligou na manhã passada. Viro-me divagar e respiro fundo.

- O que você quer? - Pergunto com a voz firme.

- Nossa... Agora te visitar quer dizer que eu quero algo? - Ele dá alguns passos até mim. - É apenas saudade... - Erick entrelaça os dedos nas pontas dos meus cabelos.

- O que você quer? - Falo pausadamente, fechando os olhos, sentindo nojo de seus dedos tocarem meu cabelo.

- Dinheiro Gabriela, dinheiro! - Ouço uma risada sarcástica. - Ou você acha que eu esqueci o que você fez comigo?

Engulo em seco. - Você merecia. - Abro meus olhos e o fito.

- Como é? - Ele me olha com dúvida. - Depois de tudo que vivemos... Ó meu Deus, como você é má agradecida. - Diz irônico.

- Eu me arrependo de cada segundo que vivi com você, me arrependo de tudo que fiz por sua causa! - Cuspo as palavras me afastando. - Eu não tenho o que você quer Erick! Então me deixe em paz, se não eu te denuncio para a polícia.

Ele ri. - Me denuncie, não ligo. Por que se eu afundar, você afunda comigo.



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⏰ Última atualização: Feb 22, 2017 ⏰

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