As pessoas costumam julgar as outras pelos motivos mais banais, mas não é como se não se encaixassem nesses padrões. Nos julgam por sermos "maduros" para a nossa idade. Mas, na realidade, quantas primaveras passamos neste planeta não define a maturidade de nossos cérebros.
Muitos dizem que aqueles que não acreditam em sentimentos são os realistas. Porém estes ignoram totalmente a fome, a miséria, os suicídios, o poço o qual o mundo se afunda. Se ser realista é ignorar o exterior e não ligar para o interior, não é o que eu quero para a minha vida. A sociedade que só se importa com os valores inventados não é o quero para a minha vida. O que eu não quero é uma vida vazia.
Chega uma hora em que todos temos que parar de nos importar. Opiniões podem ser nossas ruínas. Para alguns, o dom de não se importar é embutido em si ao nascimento. Para a maioria não. Outros nem chegam a desenvolver, visto que morrem, ou na maioria das vezes se matam antes, antes de desenvolverem. Alguns em maior quantidade, outros em menor. Mas somente os mais fortes sobrevivem. Para mim essa é a verdadeira aplicação da teoria de seleção natural, porém a sobrevivência não é ditada pela capacitação física, mas sim pela capacitação mental, quão forte seus sentimentos são, e o quanto você consegue bloqueá-los diante os outros.
É isso não é o que eu quero.
Às vezes tenho receio de morrer e não ter feito nada. Não conseguir mostrar tudo o que eu quero. Não conseguir ajudar alguém a ser melhor. Não conseguir salvar alguém.
Não conseguir me salvar do buraco.
Talvez as opiniões alheias não sejam a minha ruína.
Talvez os meus receios sejam a minha ruína.