Capítulo 18

163 13 0
                                    

Assim que Lucas saiu me pus a pensar ainda  mais naquela ligação estranha que acontecerá pouco tempo atrás. O tempo passou e as meninas chegaram, almoçamos, brincamos com a Emily e as meninas foram buscar café para nós. Logo elas chegaram e sentamos no sofá para assistir tevê. Tocaram a campanhia, achei estranho. Quando abri, era uma moça bonitas, cabelos ruivos, cheia de sardinha, bem vestida, com um menino aparentemente de dois anos do seu lado, igualzinho a ela.

--Sophia: Em que posso ajudar?
--Safira: Estou a procura de Lucas.
--Sophia: O que você quer com ele?
--Safira: Ele me abandonou com nosso filho, ele não cumpre a obrigação de pai.
--Sophia: Pera, esse menino e de vocês?
--Safira: Sim, o nome dele é Kaua, ele tem dois anos, ele nos abandonou, só manda o dinheiro mas não visita o filho, não faz nada pelo filho.

  Naquele momento, várias coisas faziam sentido pra mim, meu peito doeu, doeu muito. Tive vontade de chorar, mas ao invés disso, deixei que a moça entrasse. Conversei com as meninas e elas foram embora. Coloquei a Emily no berço e esperamos ele chegar. Ele então conversou com ela a sos e ela foi embora.

--Sophia: Pretendia me contar quando? Quando ela batesse na minha porta com uma criança de 2 anos de idade chamando pelo pai?
--Lucas: No ensino médio, conheci Safira numa festa, das quais eu ia sem você saber. Ela era linda, morava na Itália, ficamos durante alguns meses até que ela descobriu a gravidez, eu estava com ambas, mas quando ela engravidou ela quis voltar pra Itália, e eu voltei com ela. Cuidamos da criança por um longo tempo, mas chegou uma hora que meu peito ardia de saudade de você, então eu voltei, quis te ter em meus braços novamente e cá estou eu, cuidando de uma menina que nem é minha.
--Sophia: Quando você foi embora, eu estava grávida de você, perdi o bebê com dois meses de tanta tristeza e saudades suas. Sobre minha filha, eu nunca te pedi que assumisse, foi você quem quis assim. Agora, junta suas coisas e vai embora.
--Lucas: Mas eu te amo, você não pode fazer isso comigo.
--Sophia: Já fiz, da mesma forma que você tem outra, fica com ela. Nosso filho que morreu não precisava de nós mesmo.

  Ele arrumou as coisas e foi embora de cabeça baixa. Nem se quer deu um beijo na Emily. Liguei para as meninas, eu precisava chorar, desabafar, contar.

Alemão part.2 Onde histórias criam vida. Descubra agora