Capítulo 9 - Sonhos

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"Eu me chamo Clare, e hoje é meu aniversário. Não sei se expresso felicidade ou tristeza... não recordo o que aconteceu comigo nessas últimas horas... minha cabeça dói e meu corpo cessa."

...

Clare acordava em meio a várias árvores, percebia que estava com sua mão inteira, logo deslocaria seu olhar ao redor e só observaria o verde em meio a imensidão. Segundos depois escutava um barulho vindo da sua esquerda, Clare então daria passos lentos em direção ao barulho.

Ela avistava uma casa com uma cerca ao redor, Clare lentamente atravessava a cerca feita de madeira e seguia em direção a porta, chegando lá batia suavemente. Segundos depois a porta se abria vagarosamente e um homem alto, magro com barba branca e cabelos grisalhos surgia.

"Olá garotinha. Em que posso ajudar?" Perguntava o Homem focando nos olhos de Clare.

"Onde eu estou?" Questionava Clare no mesmo segundo em que deslocava sua visão ao redor.

"Você está em casa, em seu lar. Entre, não fique aqui fora, seria perigoso." Explicava o Homem.

Clare realizava passos vagos, assim cruzando a entrada da casa, em seguida observaria um tom meio rústico em suas decorações.

"Sente-se... você gosta de chá?" Perguntava o Homem.

"O que é chá?" Indagava Clare ao mesmo tempo em que ficaria confusa com as decorações arrumadas e antigas.

"É um tipo de bebida muito especial, você vai gostar e o bom é que existem infinitos tipos de chá. Cada um com sua única e diferente essência." Esclarecia o homem enquanto realizava passos calmos em direção a um balcão, onde agarrava uma garrafa térmica com o rótulo escrito "Chá de camomila".

Clare em seguida se sentava em uma poltrona de couro e focava seu olhar em rota do homem se aproximando lentamente.

"Aqui, pegue, verá o quanto é maravilhoso." Articulava o Homem no mesmo tempo em que mobilizava seu palmo segurando uma xícara, dando para Clare.

Clare então vagarosamente bebia um pouco daquele chá que não conhecia.

"Hmmm... é muito bom." Disse Clare com uma certa expressão de felicidade em seu rosto.

"Sim, muito... O chá me deixa calmo em situações de crise e era muito usado nos tempos antigos, porém agora quase não existe mais." Dizia o Homem segurando uma xícara, logo bebendo-a.

"Qual o seu nome?" Pergunta Clare enquanto segurava a xícara.

"Desculpe, foi rude de minha parte, me chamo Ernesto." Se apresentava Ernesto, em seguida deixava a xícara em cima da mesa.

"Eu sou..." Disse Clare, porém segundos antes de terminar era interrompido por Ernesto.

"Clare, sim... feliz aniversário... é uma pena ter sido hoje." Disse Ernesto.

"Como sabe meu nome e que hoje é o meu aniversário?" Perguntava Clare ao mesmo tempo exprimindo uma feição de surpresa.

"Nesse mundo não há segredos, apenas a verdade e nada mais." Declarava Ernesto, levantando-se.

Ernesto se deslocava em curso de um tocador de músicas...

"Ja escutou música?" Pergunta Ernesto.

"Não. Por que você está me mostrando essas coisas?" Interrogava Clare um pouco confusa.

"Porque um dia o mundo já foi bonito." Disse Ernesto, segundos depois inseria um CD no tocador de músicas.

As notas musicais rapidamente tomaram conta da sala, cortando o silêncio que lá havia.

"Por que? Esse ritmo é tão lindo... por que tiraram isso de nós?" Questionava Clare com uma certa tristeza em seu rosto.

"Não foram nós e sim nossas ações que deram o fim a essas coisas... o ser humano de qualquer jeito é falho." Lamentava Ernesto.

"Não... Não... Você está errado... O ser humano é falho, porém possui algo que ainda é valioso." Declarava Clare com um brilho radiante em seu olhar.

"E o que seria?" Pergunta Ernesto.

"Sentimentos... A esperança, mesmo que o mundo caia em desgraça, o ser humano ainda vai possuir esperança." Argumentava Clare

"Minha cabeça dói" Dizia Clare botando ambas as mãos em sua cabeça.

Clare por um breve momento desviava seu olhar em direção a sua mão, logo percebe que estaria sumindo em breves partículas. Seu coração começaria a ter batidas rápidas e batidas tão fortes que o lugar começaria a tremer.

"Haha, por mais que a morte te abrace, você realiza uma investida pra escapar... parece que o mundo ainda possui alguma chance." Dizia Ernesto com um breve e fino sorriso.

"Adeus, Clare."

O lugar começaria a brilhar e Clare fecharia os olhos...

...

"Conseguiu?" Perguntava Christopher enquanto andava em zig-zag pela sala.

"Sim, os batimentos cardíacos dela voltaram ao normal, consegui repor o sangue." Explicava Ethan, em seguida deixava uma agulha em cima da mesa ao lado.

Clare lentamente abria os olhos, porém ainda fraca avistaria
Christopher e Ethan.

Christopher finalmente perceberia os detalhes físico de Clare, ela possuía cabelos loiros e era curto, olhos verdes, vestia um vestido com pequenos desenhos de rosas, cobrindo todo sua vestimenta e cor de pele branca.

"Finalmente... Finalmente... você é realmente uma guerreira." Dizia Christopher

Clare inclinava sua cabeça e ao mesmo tempo suspendia o seu braço, percebendo a mão artificial.

"Eu morri?" Perguntava Clare confusa.

"Haha, não." Dizia Christopher suavemente ao mesmo tempo rindo.

"Que bom que você acordou." Disse Ethan.

"Por enquanto descanse mais um pouco." Articulava Christopher, pegando um comprimido pra aliviar as dores do corpo, em seguida entregando para Clare.

"Eu realmente preciso ser forte, para enfrentar a realidade que me cerca?" Perguntava-se Clare em seus pensamentos.

... Enquanto isso ...

Um homem caminhava lentamente em direção a uma mulher presa com correntes feitas de nióbio.

"Tão jovem e ao mesmo tempo tão idiota." Disse Machine Side apontando uma longa espada em rota do pescoço da mulher.

Machine Side observava o colar da mulher com o nome escrito...

"Lisa não é? Você tem algo que me pertence..." Declarava Machine Side.

ERA Extinction SEASON 1Onde histórias criam vida. Descubra agora