Três meses se passaram e a barriga de Candice começara a crescer rapidamente. Sempre paparicada por Dalva, Irina e Elizabeth que nem notara a ausência de Dylan por causa do trabalho. Dylan arrecadava R$ 2,500 por dia no cargo de Executivo na empresa da família, sempre se destacando pareceu ser um conto de fadas até. Candice realizara 2 consultas especiais ao mês com o Dr. Frederick e, o resto das consultas desenvolviam normalmente ao decorrer das semanas. Dylan numa se deixou se quer, ser ausente nestes momentos e faziam-nos ser especiais para a esposa. Mais fotos surgiam de Candice com a barriguinha junto de Dylan, mais presentes chegavam para a criança apesar de ainda não conseguirem saber o sexo da criança, se mantiveram ansiosos e felizes pelo grado dos amigos e familiares.
Candice não dera trabalho algum, tirando a ânsia de vômito e o indesejável xixi e stress a todo momento, Dylan soube lidar. E, ao quarto mês de gestação Candice, ganhara um coelho de Dylan, seu sonho. Logo, os “desejos” vieram. Dylan chegou a ter insônia, acordara às 23horas, 00horas, 1horas, 2horas, 3horas, 4horas, 5horas sempre nestes exatos horários sempre em dias diferentes, mas nunca mudara a hora, vontades de comer Sashimis, Morango com Hortelã, Creme de Cabelo uma pequena prova, Leite com Banana e Maçã, Ovos com Tomates, Sal e Pêra, Folhas de Manga, dentre outros. Dylan ficara pasmo, não com ter que sair à noite a procura de algo absurdo, mas sim com os pedidos. Até que sorriu para a esposa que sempre o aguardava a sorrir na cama; debruçada de camisola branca.
Numa quarta-feira, às 7horas, Dylan e Candice foram para o hospital de Michigan consultar com Dr. Frederick e em seguida fazer o pré – natal. Estavam quase a entrar no quinto mês de gestação e com o aglomerado de roupas, fraldas e brinquedos estavam ansiosos para saberem mais sobre o bebê que estava prestes a chegar. Exames sanguíneos e o papo de como você está foram desenvolvidos por intensos 35 minutos, pela 8ª vez. Enfim, chegou o momento do pré – natal. Levou intensos 10 minutos para descobrir qual o sexo do bebê e, não estava fácil de se descobrir. Candice chegou até amarelar ao notar isso, suas mãos suaram e Dylan as segurou firmemente, pensaram mil coisas à respeito, a maioria poucos desagradáveis a devida ocasião.
- Então, tudo certo? – perguntara Dylan.
- Sim, só tem uma coisa. – respondera a médica e enfermeira Alana.
- Qual doutora? – perguntou Candice preocupada – O que houve?
- Você não está grávida de um bebê. – respondera a médica olhando firmemente para o visor.
Depois de 2 minutos intensos ao casal, ela complementou:
- Você está grávida de dois bebês. Está complicado de distinguir quais os sexos, são tão serelepes que estão se mexendo muito! – dissera-a sorrindo.
Dylan olhou Candice com tanta alegria, não parou de beijá-la, chegaram ambos a chorarem de emoção. Dylan beijara a barriga de Candice enquanto Drª. Alana sorrira e logo o chamando a atenção tentando colocá-lo nos eixos.
- Bom, consegui identificar. São duas garotinhas! Parabéns ao casal!
Dylan só faltara soltar fogos de artificio, comemorou tanto que Drª. Alana tivera medo de que Dylan destruísse a sala. Candice logo o conteve e ambos a agradeceram, foram para a casa felizes sorrindo, contentes. Até que no meio do caminho encontraram Dr. Frederick e lhe disse a notícia. No meio do caminho, Dylan enviara mensagens a todos a dizer que eram duas garotinhas. Candice sorrira, mas logo o chamou a atenção a dizer sobre mexer no telefone e dirigir ao mesmo tempo. Chegaram na casa. Ao sair do carro Candice se cansou ao inclinar para sair, se sentiu incomodada e supôs:
- Podíamos comprar outro carro, um pouco mais confortável para uma gestante... para uma família, que tal?
- Ótima ideia amor, mas a dica é que não venderei este carro por nada!
- Claro, claro. Sabemos que seu amor pelo carro e maior que o amor que sente por mim.
Ambos sorriram, mas logo Dylan a pegara no colo com cuidado levando-a para dentro de casa no colo, a beijando-a. O dia passara rápido; com o total entusiasmo e ansiedade de ambos, logo semanas e meses. O sexto mês de gestação logo chegou. Candice e Dylan saíram para comprar o enxoval.
Dylan saíra com Candice em seu novo carro que comprara Suzuki S - Cross, o qual lhe agradara, sendo bastante espaçoso, confortável e seguro. Dylan estava dando duro no trabalho e em meses já começara a fazer sucesso, com o dinheiro arrecadado levara Candice para comprarem o enxoval, as roupas; não só para os filhos, mas para eles também. Ficaram fazendo compras por 4horas. Felizes e satisfeitos por tudo, gastaram R$1000,00 em compras. Chegaram em casa e tomaram um banho, jantaram e Candice estivera feliz por 6 meses não dar nenhuma reação da concussão, mas não só ela estava feliz, mas sim Dylan também.
Logo, o sétimo mês de gestação chegou. Candice realizara a segunda consulta do mês com Dr. Frederick ao lado de Dylan que logo, recebera 3 cartas de 3 Universidades Americanas. A alegria por fim, se manifestou mais uma vez. Foram para a casa e chegando Candice passou mal na portaria de sua casa. Socorrida por Dylan, logo bebera um soro e fizera repouso. Sua pressão caíra e, isso preocupara Dylan, mas logo se ajustou após o atendimento particular do Dr. Frederick. Vômitos fora a deixa mais permanente ao decorrer da noite. Enquanto, Candice ficava de repouso, Dylan escolhia qual a Universidade, com muita cautela, pesquisa e consciência. A luz chegou a incomodar Candice. Dylan saiu do quarto, deixando-a sozinha.
No dia seguinte, Dylan havia escolhido a Universidade e respondera todas as cartas com um prévio agradecimento delicado e genioso. Candice passara o dia sozinha, enquanto Dylan fora para a empresa trabalhar e contar a notícia ao pai. No seu retorno, trouxera ração para coelho e um filhote de cachorro com uma fita vermelha para ela, como um presente de comemoração de algo novo e grandioso. Ela, por fim ficara feliz, mas meio pálida. No final do dia, receberam os materiais da Universidade e começaria no ano que vem. Candice suspirou alto demais, o qual deixou-o incomodado e triste.
- Me desculpe, querida.
- Não, não tudo bem. Eu só fico satisfeita por não ser agora, mesmo que o ano esteja acabando terei você por 5 meses.
Dylan ficou sem palavras e a beijou-a na testa, saindo para o quarto. Tomara seu banho e Candice se sentira indisposta ao subir as escadas, preferindo voltar o caminho e ficar na sala de estar. Era por volta das 22:50horasp.m., Dylan se mostrou tão entusiasmo que começou a estudar os livros e apostilas, que nem se recordou da esposa. Logo, chegou à ser 2:30a.m., e deitou na cama, desmaiando. O dia amanheceu, ele acordara as 8:45a.m, e mesmo assim não estranhara da esposa não estar na cama. Tomou banho e desceu, tomou café que Candice arrumara com frutas. Não puxou assunto. Não a beijara. Não fizera nada. Pegara a sua pasta e a colocara sob o ombro esquerdo e saíra correndo para a empresa. Candice estava ainda mais pálida, a suar frio, e a emagrecer, decidiu sentar-se na cadeira na varanda e ao se sentar sentiu uma fincada no lado esquerdo da barriga. Ficou por lá horas e horas e acabou adormecendo. Fora assim sua rotina por mais 2 semanas. Candice n conseguia mais subir ás escadas e estava a emagrecer mais que o normal. Dylan ficara focado nos estudos e esquecera dela. Sem nenhuma visita, Candice estava ficou quase impossibilitada. O sétimo mês de gravidez chegou, naquela manhã Candice decidiu ligar para Frederick.
- Alô? Dr. Frederick? Posso adiar a consulta para outro dia? Estou cansada, com aquela história de vômitos, meio que indisponível. Você me entende?
- Ah sim Sra. Parker. Semana que vem, então?
- Claro, obrigada.
- Por nada.
Dr. Frederick notara uma certa fraqueza na voz de Candice e, ela logo desligara o telefone. Ligara para Dalva.
- Alô? Vovó?
- Oi! Que saudades de você querida.
- Pode vir aqui?
- Claro!
- Ótimo, obrigado.
Candice desligara o telefone, ao escutar o caminhar de Dylan descendo as escadas.
- Era alguém importante, amor?
- Não, não. Era aqueles pedidos de doações.
- Impossíveis essas pessoas, deveria ter alguém especificado para deter essas ligações insuportáveis.
Candice não o respondeu, ele não notara como ela estava. Pegou uma maça e saiu para o trabalho. Minutos depois Dalva chegara, e chegara a chorar. Vira Candice ossada, branca, suada, fraca e triste a sua frente, abrindo a porta. Correu e cozinha e fizera pratos caseiros. Candice combinara com a avó de visita-la uma vez por semana ás quintas – feiras, após Dylan sair de casa indo ao serviço e, ela por fim aceitara.
Na semana seguinte Dalva a acompanhara na consulta. As consultas estavam a acabar. Dr. Frederick ficara surpreso ao ver a avó ao lado de Candice e não o marido. Enfim, não puxara assunto ao respeito, somente sob o motivo de ter adiado a consulta. Mas todo se relaxaram.  Fizeram mais um exame gestativo com a Drª. Alana que Dalva ficara surpresa com o tamanho das crianças e que eram menininhas. Nas próximas 2 visitas, Dalva acompanhara a neta e ficara tão satisfeita com o que vira. As visitas em sua casa foram cortadas por Candice, mas acompanhadas de uma grande agradecimento.
Duas semanas se passaram. O oitavo mês chegou. Dylan chegara tarde em casa, por volta das 23:40 horas p.m., a casa estava toda escura. Ele jogara a pasta sob o balcão da cozinha e subira as escadas, tirara a roupa e sapatos jogando-os no chão pelo barulho que fizera no piso de madeira. Tomara um banho demorado e deitou na cama. O quarto estava escuro, então não acendera a luz para não acordar Candice. Deitou e a abraçou, mas ele notou que ela estava fofa demais. Apertou e realmente estava bastante fofo. Passou a mão sob a mesa ao lado a procura de um abajur e não achou, achou poeira em seus dedos. Acendeu a luz e viu que a cama estava uma bagunça, que o quarto estava empoeirado e que o lado da cama que Candice dormira permanecera intacto sem nenhum amassado ou algo do tipo. Seu coração gelou ao ver a situação. Gritou-a por toda a casa e logo desceu as escadas descendo, ascendeu as luzes da sala e da varanda, gritou por ela e nada de respostas. Entristeceu e foi até o sofá para sentar e chorar. Encontrou-a, gelada, pálida, fraca, com pulso fraco. Pegou-a no colo e saiu correndo para o hospital. Era 1:05horas a.m., havia um médico de plantão que seria adequado a situação, se apresentaram, ele se chamara Dr. Michael Tércio, especializado em cirurgias e testes de laboratório, consultas e pediátrico. Ele socorreu-a até a sua sala de cirurgia. Candice recebera 2 dosagens de morfinas e uma tubulação de oxigênio. Com os exames realizados, já armazenados no hospital e com os diagnósticos e com os testes e analises que fizera argumentara que não teria uma boa notícia. Aplicou mais 2 dosagens de morfinas. Tirou Dylan da sala e saiu junto, fechando-a para que pudesse conversar rapidamente com Dylan a respeito. Pegou o telefone e discou.
- Bom, Dylan. Não?
- Sim, doutor.
- Tenho que lhe dizer, por falta de cuidado de um marido zelador a uma esposa especial, você não foi bem. Ela caiu em uma epidemia grande de hepatite e anemia. Sua concussão cresceu e ela está desenvolvendo a esclerose lateral amiotrófica, também conhecida pela sigla ELA, uma doença que compromete a musculatura e causa deficiência motor progressiva, é uma nova doença para nós, mas sabemos com a ajuda da ciência que ela causa degeneração dos neurônios motoros no cérebros e na medula espinhal. É uma doença Neurodegerantiva.
Dylan ficou sem reação.
- Como assim doutor?!
- Tenho que fazer o parto agora.
- Agora?!
- Sim! Ela está pronta, ela está com 8 meses.
- Não, ela está com....
- Você perdeu as consultas? Isso pode causar uma depressão á pobre mulher. De acordo com as consultas recentes nos prontuários do Dr. Frederick ela compareceu ao hospital com Dalva e está com 8 meses gestativo.
O médico falou por mais alguns segundos e discou mais uma vez.
- Mas você é um cirurgião.
- Isso mesmo, mas também sou obstetra e vou fazer o parto dela agora.
- Mas, não está no nono mês.
- Você, não escutou o que eu disse? Ela está desenvolvendo a esclerose lateral amiotrófica e pelo visto já tem dias. Se, eu não fazer o parto agora, corre um grande risco de você perder suas filhas.
- Mas, ela está com pulso fraco. Vou perde-la.
- Injetei 4 dosagens de morfina para reanima-la. Temos que fazer agora, se o corpo parar de funcionar de vez vamos perder ela e as crianças.
Dylan chorou.
- Pronto, disquei para 4 ajudantes meus. Se quiser pode ir conversar com ela, ela ainda está consciente. Não faz nada, mas ainda ouve e sente, enquanto eles vêm me ajudar no parto, pode ir lá conversar com ela.
Dylan ficou sem palavras, mas entrou com os olhos cheios de lágrimas. Olhou-a sob a mesa de cirurgia e chorou. Segurou a mão de Candice e beijou-a no palmo, chorou e apertou-a.
- Meu amor, me desculpa, me perdoa. Foi tudo culpa minha, como eu pude me esquecer de você? Não vou nem mais pra essa droga de universidade, eu me envolvi tanto que esqueci do que mais me importava, como eu te amo e como eu pude ter vacilado. Perdi as consultas, perdi semanas e meses ao teu lado, perdi o crescimento de nossas vidas e, agora eu posso perde-la, minha vida acabara quando eu passar desta porta, mas começara quando eu vê-la de novo com nossas filhas nos braços. Eu espero que quando você acordar, que você me perdoe como nunca perdoou alguém na vida. Eu te amo.
Dylan sentira o dedo indicador de Candice se mexer dentre suas mãos. Os enfermeiros chegaram, puseram as luzes e uniforme e Dr. Michael pediu para que Dylan se retirasse da sala. Dylan vira do vidro da porta no alto, o Dr. Michael rasgando o vestido na parte inferior; em baixo, um corte reto sem curvas. Se sentou enquanto os enfermeiros se mascaravam e rezou por Deus a iluminá-lo naquele exato momento, mais uma chance para vê-la, para recompensá-la por hoje, pelo agora.
Passaram-se alguns minutos e nada, logo um bebê chorou, depois de uns segundos o outro chorara, os olhos de Dylan ficaram repletos de lágrimas, mas em seguida o soar do batimento cardíaco de Candice se dispusera a 0, a máquina não dera o soar do reagir do coração de Candice e Dylan chorou. Dr. Michael lhe dera choque em seus seios e nada, depois de outra dosagem de morfina, e mais uma persistência de 12 choques em pequenas voltagens, e aos prantos de Dylan no corredor, Michael chorou.
- Acorda! Acorde, vamos! Ora essa! Você é mãe! Venha ver teus filhos.
O décimo quarto choque chegou a vibrar o corpo de Candice.
Dylan chorou.
- Rapazes, este é o último, se ela não reagir... O corpo dela não aguentara outro choque.
Dr. Michael respirou fundo e disse:
- Você tem um recomeço, acorde e ame suas filhas.
Dr. Michael preparou para lhe dar o último choque, levantou as mãos e com uma lágrima saindo de seus olhos, e com Candice toda ensanguentada, ele lhe dera o último choque. E, nada. Pegou a criança no colo e ela chorara, ao chorar, Candice acordou num susto. Dylan atravessou correndo as portas da sala e a abraçou-a. Ela sorriu ao ver as crianças, esticou os braços e segurou as duas garotinhas. Uma ruiva de 2,500kg e uma morena de 2,100kg.  
(
A noite do dia 13/03 sexta-feira fora intensa para Candice e Dylan. Candice dormira por horas, enquanto Dr. Michael amamentava as crianças nos seios de Candice com a ajuda de Dylan segurando-as. Dr. Michael conversou com Dylan e lhe dissera algo que marcara seu pensamento em todos os momentos “a vida agora complicará um pouco...” Dylan ficara pensando em como ficaria daqui 1 mês, 1 ano ou 5 anos e até 10 anos. No sufoco já pensou em como compensar Candice.
Depois de 3 dias, Candice ganhara alta e passou a sentir bambeza nas pernas, usou cadeira de rodas no decorrer dos dias de repouso no hospital. Fora com Dylan até o cartório, segurando as garotas no colo apoiada em seus braços graças a ajuda da cadeira de rodas. Ao decorrer conversaram.
- Quais os nomes? Acho que eu vou escolher todos. – dissera-o tentando aliviar a tensão.
- Nunca Dylan, eu vou escolher.
- Ok.
- Ok, você escolhe um nome. Independentemente do que você fez comigo, elas não precisam ser afetadas por terem um pai idiota.
Dylan ficou calado, suspirou.
- Essa ruivinha, me recorda de como eu era; até pintar o cabelo de preto. Vou nomeá-la. Ela é fofa e graciosa, se chamará Josie.
- Lindo nome.
Dylan se achegou devagar, pegou a criança morena e a olhara contente.
- Ah, essa garotinha é especial, porque à mim ela me recorda você. Ela é morena, é bela, é lutadora a última a nascer, é uma guerreira se chamará Lizie. 
- Perfeito! Amei os nomes!
- Também amei todos!
Depois de uns minutos, registraram as garotas, fizeram o exame do pezinho voltando ao corredor principal e mais 3 alas percorridas. Foram para a casa. Após chegarem se sentiram estranhos por finalmente conversarem depois de tempos afastados. Dylan não se afastou um minuto se quer de Candice e das garotas.
No fim do dia, Candice havia deixado as garotas no canto do sofá, para não caírem. Dylan estava no banho. Ela se apoiou aos braços da cadeira e se empurrou para se erguer e levantar. Ela ficou de pé de novo por intensos segundos. Dylan começou a descer as escadas e ao vê-la, ela se assustou e caiu sentando-se na cadeira de novo. Ele correu para socorrê-la.
- O que houve?! Você está bem?
- Sim.
- Candice! Amor, me diga.
- Estou bem! Já disse.
Dylan a encarou-a.
- Eu só estava me levantando tá bom?
- Mas, agora não é pra você fazer isso.
Dylan sentou na mesinha central da sala de estar e segurou as mãos de Candice.
- Eu sinto Dylan, que se eu não me levantar logo, eu vou ficar nessa cadeira para sempre. Eu não quero me sentir inútil, eu não quero ficar nessa cadeira para sempre.
Os olhos de Dylan chegaram a avermelhar, mas logo em mudou de assunto.
- Bom, você vai ficar nessa cadeira sim. Vou levar as garotas para o berço e, já volto para pegar você para levar para o nosso quarto.
- Troca as fraldas e agasalhe-as.
- Ok. Já volto, não saia daí.
- Como se eu tivesse opção.
Dylan sorriu e pegou-as no sofá levando as para o quarto no outro andar. Candice empurrou a cadeira até a copa, se levantou apoiando no balcão e pegou morangos. Comera todos e Dylan pegou-a no colo.
- Eu disse para você não sair da cadeira.
- Bom, eu estava com fome. Não está vendo?
- Sim, estou. Comeu todos os morangos.
As garotas choraram.
- Vamos mamãe, tá na hora de você fazer seu ato heroico.
- Idiota.
- Também amo você.
Dylan levou Candice em seu colo até o andar de cima. Sentou-a na cama, apoiando as suas costas na cabeceira com o conforto de um travesseiro. Pôs os pés sobre a cama e pegou uma garotinha por vez para que ela pudesse alimentar. Lizie acabou gofrando em Candice, sujou-a. Mas por sorte a flanela protegera Lizie de se sujar de vômito. Após amentadas, Dylan deitou-as no berço e as cobriu de um jeito que não as machucasse, mas que não as deixasse sentir frio. Enquanto fazia isso, Candice remexia o quadril sobre o colchão para que escorregasse para deitar na cama e segundos fazendo isso logo deitou.
- Vamos agora?
- Vamos aonde, Dylan?
- Pro banho, né.
- Não, obrigada. Estou bem.
- Não, não está. Está coberta de vômito.
Candice passara a flanela e limpou um pouco do vômito, mas lambuzando outra parte.
- Candice...
- Tá eu vou tomar banho. Mas, sozinha!
- Porque está assim?
- Você se tornou um estranho, não quero você me tocando ou me vendo nua.
- Eu sinto muito pelo que fiz, mas eu tenho que te ajudar, eu amo você e sou seu marido.
- Não, eu vou sozinha!
- Está bem! Vá.
Dylan observou Candice caindo da cama e se arrastando até o guarda – roupa, abriu a gaveta e se apoiou nela, para que pudesse levantar. Lá ela arranhou o braço e caiu de leve no chão, Dylan correu para ajudá-la.
- Goste ou não, mas vou ajudá-la.
Dylan pegou-a no colo e levou-a até o banheiro. Sentou-a numa cadeira que pusera lá. Ela batera em suas mãos para não tocá-la, mas ela custara tirar a blusa, Dylan tirara o resto apoiando-a em seu corpo. Quando a água escorria em sua face, molhando seus cabelos negros Dylan apenas sentiu dó. Aproximou e segurou-a contra seu corpo. Ouviu ela chorar e ensaboou-a. Ela virara o rosto para outro lado enquanto ele a enxaguava-a, terminando de ensaboá-la sentou-a na cadeira que logo ficara húmida, ela gritou baixo. Ele desligara o chuveiro. Levantou-a e a enrolara na toalha pegara-a no colo e levara até o quarto. Secara-a e vestiu-lhe as roupas. Sentada na cama, ela penteou o cabelo enquanto ele se trocava do outro lado da cama. Ele se deitou e olhou-a penteado o cabelo com tanto esforço, chegou até deixar lágrimas escorrerem por sua face; pois sabia o que estava acontecendo Dr. Michael o avisara. Ela jogara com cuidado a escova no chão; pois não daria conta de ir até a penteadeira. Inclinou-se para o lado de Dylan, pegara uma perna e puxara com custo para cima da cama, Dylan não aguentou foi até ela e a deitou-a perguntando-a se estava confortável. Deitaram e dormiram, Dylan olhado pro lado e Candice para o teto. Ambos chorando.
(
No dia seguinte Dylan estava entristecido. Acordara 3 vezes a noite para ajudar Candice a alimentar seus filhos, se sentiu até culpado. Viu a tristeza e o carinho que Candice transmitia a cada toque e a cada olhar para as crianças. As horas se passavam rapidamente e, Dylan se sentia um estranho na sua própria casa. Candice o olhava estranho e, se sentia incomodada com sua presença, mas mesmo assim começou a se aproximar assim mais.
Dias vieram e dias se foram e, Dylan zelou e cuidou de Candice e, chegou a consulta. Foram ao pediatra Dr. Cony e estava tudo correto com as garotas. Meses vieram e meses se foram e, Candice começou a largar um pouco a angústia, a tristeza e o rancor guardados; se aproximando de Dylan.
Dylan tivera a ideia de ajudar a Candice se refortalecer e, a andar novamente. Procuraram online por um clinico geral, um neurologista e um endocrinologista e, acharam. Fizeram as consultas. Dylan com as garotas nos braços ao lado da esposa, tudo que ela queria, mas nada aconteceu de bombástico, mas Candice conseguiu mexer os dedos dos pés, e depois de 2 semanas o calcanhar. Depois de 1 mês mexeu o pé. Dylan pagou por R$ 10mil; em 3 meses Candice estava mexendo devagar as pernas por completo até o quadril e dali receberam exercícios fáceis de se fazer em casa e, acabaram as consultas. As garotas estavam com 8 meses e meio. Candice estava apaixonada por Dylan novamente, como ele por ela.
Numa bela manhã de segunda – feira, Candice sentou-se na cama se esforço. Apoiou-se na cama e se levantou, ficara em pé e sorriu. Dera 5 passos devagar e chorara. Andou até a porta como se andasse desde de sempre. Atravessou o pequeno corredor e se apoiou no corrimão. Desceu as escadas sorrindo. Foi até a cozinha e fizera um café da manhã, Dylan acordara a sentir cheiro de panquecas, olhou para o lado e gritara procurando Candice. Chegando na escada a virar-se; mexendo o bumbum ouvindo música e fazendo panquecas. Logo as garotas choraram, Candice se virou e o viu nas escadas no topo, ela sorriu e ele sorriu-lhe d volta. Voltou para o quarto para pegar as garotas.
[...]
- Acredita que Lizie estava toda lambuzada de marrom? E Josie coberta de xixi? Não acredito que quando eu vou trocá-las elas me sacaneiam assim.
- Haha!
Dylan beijara Candice e colocara as garotas sentadas no chão em cima do tapete na sala.
- Então, a senhora está andando?
- Senhora?
- A moça.
- A moça?
- A mulher da minha vida! Pronto.
- Ah, digamos que acordei bem hoje.
- Ótimo.
Ambos sorriram e se beijaram. Uma panqueca chegou a queimar. Dylan sorriu e agarrou Candice se beijando mais uma vez. Após beijá-lo o abraçou e o apertou forte como se estivesse assustada.
- O que houve?
- Fica quieto. Está bem?
- Ok.
Após Dylan virar, viu Lizie em pé apoiando-se na mesinha central da sala, dando a mão a Josie para que se levantasse também. Ambas ficaram em pé para tentar pegar o vaso de flor que estava sob a mesa. Dylan sorriu.
- Ah!
Ambas caem sentadas ao chão, pelo susto.
- Dylan! Assustou as meninas!
Candice “correu” para olhar as garotas e, deixou Dylan pasmo. Ajoelhou no chão e olhou-as. Tocou no joelho e Josie começou a chorar.
- Aí! Haha...
  Candice não conteve a risada e as garotas começaram a dar altas gargalhadas. Dylan estava filmando tudo na câmera que estava sob o balcão da cozinha.
- Vamos andar, meus amores? Dá mãozinha a mamãe.
As garotas bateram as mãozinhas na mão de Candice mas tentaram dizer “mamãe” e, Dylan continuou a gravar. Deram as mãos e devagar perdendo o medo, começaram a andar, sentando no chão, mas ainda andando calmamente e a dizer “mamãe”. Dylan chegara a chorar olhando as mulheres de sua vida sorrindo. Passaram a tarde juntos, Candice sempre sorrindo por Dylan insistir em fazê-las dizer “papai” e elas dizerem “mamãe”.
A noite chegara de mansinho, o céu estrelou. Ela pegara as garotas em seus braços e subira com elas, Dylan foi atrás. Juntos deram um banho nas meninas e as vestiram. Candice amamentou e cantou para que dormissem. Após dormirem, o casal fora jantar, meia hora depois estavam no quarto, sob a cama se amando intensamente, com carinho, com calma, com desejo e uma ardência de paixão.
5 horas depois...
As crianças choravam, Candice as amamentara e contara uma história e dormiram novamente. Após dormirem, Dylan a esperava acordado em sua cama. Candice sorriu e dissera baixinho:
- Não.
- Sim, sim. Venha logo.
Dylan levantou nu e fora até Candice, a agarra e a beijara sem parar, logo estavam na cama se amando mais uma vez. A noite passara rapidamente e intensamente para ambos. Ao amanhecer estavam se amando novamente. E, enfim dormiram. Era por volta das 9:56 a.m. Candice se enrolou na sua camisola e a amarrou com um laço na cintura, desceu descalço as escadas e fora até a porta; pois ouvira alguém bater na porta. Ao abrir ficou pasmada.
- Oh, meu Deus...
- Feliz Aniversário!!! – dissera Ashley
- Er, obrigada?
- Fiquem a vontade, podem entrar. Aguardem só uns minutos.
- Candice está andando? Meu Deus! Mais um motivo para comemoração. – dissera Irina.
- Surpresa para todos nós. Já volto.
Candice subira as escadas, entrou no quarto e trancou a porta. Subira devagar sob Dylan e sentara sob sua cintura, beijou-o.
- Vamos?
- Aonde? – colocara a mão sob a cintura de Candice. – Aqui está bom.
- Irina, Christopher, Ashley, Phoebe, Dalva, Josh, Jack, Isa, Caroline, Ian, Dafne, Elizabeth e Julien estão aqui!
- Como?
- É que, hoje é meu aniversário e, eles alembraram e eu não.
- Haha.
Dylan se inclinou e beijou-a.
- Feliz Aniversário amor.
- Obrigada. Ducha agora. Me faz companhia? Silêncio, as meninas não acordaram ainda.
- Claro.
Candice saíra de cima de Dylan, andando como um gatinho de quatro sob a cama para o outro lado. Ele, por fim ainda estava nu e pulara da cama pegando-a no colo emitindo risadas indo pro banho. Depois de 10 minutos, Josie chorara, saíram logo. Se secaram e se vestiram, Dylan com camiseta e bermuda e Candice com um vestido de seda branco. Ambos formais.
- Desce entre-te eles. Vou dar um banho nas garotas e já, já desço com elas.
- Está bem.
Dylan roubara um beijo de Candice.
- Oi meus amores. Vamos tomar um banho?
- Ma-mãe.
- Isso, mamãe vai dar banho em você.
Candice pegara Lizie e deitara no meio da cama para que não caísse e lhe dera um brinquedo para que ficasse entretida, enquanto dava um banho em Josie. Após banho secara Josie e passara talco, creme e um óleo para hidratação da pele de um bebê e pusera a fralda, passara o brinquedo e penteara o cabelo fazendo duas xuxinhas. Dera um banho em Lizie e fizera o mesmo procedimento, enquanto as duas ficaram gungunando na cama, Candice escolhia os vestidos e sapatos. Candice escolhera um vestido rodado, fresco de seda lilás e um rosa – acerejado. Vestira Lizie com um rosa e Josie com o lilás. Pusera dois laços rosas pequenos no cabelo de Lizie e dois laços pequenos da cor lilás no cabelo de Josie. Calçara duas sapatilhas de abotoar da cor branca. Colocara uma pulseira banhada a ouro em cada uma, a de Lizie com a inicial L e a de Josie com a inicial J. Limpara as orelhas e ajeitara o brinquinho que estavam usando, também banhados a ouro com uma bolinha pequeninha de brilho. Arrumara a franjinha de lado de Lizie e penteara a franjinha igualada de Josie. Passou base com secagem ultra – rápida e as descera da cama. Pegaram nas mãos de Candice e disseram juntas:
- Pa-pai.
Candice sorriu, agachou e dera um beijo na testa de cama uma. Andaram todas as 3 de mãos dadas até a porta. Candice a destrancou e ouvira um falatório lá em baixo. Andaram e percorreram todo o corredor. Chegando na escada, abraçaram a perna de Candice com medo. Candice se sentiu cansada, e agachou. Ambas a abraçaram uma de cada lado e Candice as levantou nos braços. Em seus braços ela suspirou a suar frio e começou a descer as escadas, todos olharam encantados. No final da escada Dylan apareceu e as crianças gritaram:
- Pa-pai!
Ele até chorara de emoção e as beijara na bochecha. Candice fora até a cozinha lavar as mãos e as passou no rosto.
- Está, tudo bem querida? – dissera Dafne.
- Tudo sim, está calor hoje.
- Verdade. – afirmara Irina.
Ambas conversaram na cozinha, logo todas as mulheres se aglomeraram a Candice e os homens a Dylan. Após uns minutos de conversa se desaglomeraram e Dylan colocara as garotas no chão, começaram a andar pela casa gritando “mamãe e papai”. Christopher se aproximou.
- Diga, vovô.
As meninas abraçaram a perna de Dylan. Com insistência de Dylan e Candice que se juntou a eles na sala, elas foram se acostumando com todos. Logo, só vira correndo pela casa. Depois de 3 horas de comemoração, Candice se desculpou por se sentir indisposta e despedira de todos subindo para o quarto. Insistiu para que Dylan ficasse com todos mais um pouco fazendo sala.
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No dia seguinte Candice amanheceu indisposta. Foi ao hospital junto de Dylan, deixando Lizie e Josie na casa de Irina até voltarem. Chegando lá Dr. Frederick não estava, então consultaram com um clinico geral o Dr. Simon. E, depois de uma hora com um Neurologista Dr. Janssen. A conversa foi intensa e pouco agradável de acordo com o que estava a se espera de ouvir. Candice se internou, teria que fazer 2 cirurgias de risco e seria mais positivo se estivesse em coma, para nada afetá-la em sentido algum. Então se internou.
- Por quanto tempo doutor?
- Por duas semanas. E, depois quero ela aqui depois de uma semana para fazer uns diagnósticos.
Dylan ligou para Irina.
- Mãe? Tem como você cuidar de Lizie e Josie por duas semanas?
- Ah, sim filho. Mas, porque isso?
- Bom, Candice foi internada e só volta depois de duas semanas.
- Como assim internada?
- Bom, descobrimos que ela tem 6 meses de vida. Vamos realizar duas cirurgias. Uma no cérebro e outra na medula espinhal. 
- Pobrezinha. Eu nem sei o que dizer. Eu sinto muito, espero que tudo fique bem.
- Também. Bom, depois de umas horas eu passo aí levo umas fraldas e roupas.
- Ok.
Dylan desligou o telefone, escutou seu pai chegar perguntando do que se tratava. Seu choro na ligação entristeceu sua mãe e ele percebeu isso. A cirurgia iria acontecer, ele foi à sala central de cirurgia e segurou a mão da esposa inconsciente. As cirurgias ao todo demoraram cerca de 8 horas. Dylan se tranquilizou quando o médico afirmou que tudo ocorreu bem. Enfim, se comoveu.
3 horas depois...
- Bom, aqui está tudo que necessita e, não se preocupe com a alimentação as garotas estão desmamando a uns dias.
- Ok...
Dylan interrompera a mãe.
- E, as meninas?
- Estão dormindo. Tomaram um banho e dormiram.
- Ótimo. Vou passar a noite no hospital, mas amanhã de manhã estarei aqui.
- Te esperamos. Mas, como foi a cirurgias?
- O Dr. Janssen disse que saiu tudo correto, saberei mais hoje ainda. Eu acredito.
No Hospital...
- Então é isso mesmo?
- Sim, foi o possível a ser conquistado.
- Ok. Eu acho.
- Bom, a Sra. Candice terá mais 7 meses de vida exatos. Vamos deixa-la inconsciente por mais 3 dias; pois aí a dor passara um pouco e quando acordá-la ela ficará bem. No fim da semana no sexto para o sétimo dia iremos acordá-la e na semana seguinte iremos fazer testes; com sua ajuda até, para reanima-la.
- Como assim, reanima-la?
- Bom, Sr. Parker. Com a cirurgia nos neurônios e da medula espinhal posso lhe afirmar que o tempo de vida se sua esposa aumentou, mas ela não andará. Com o decorrer dos meses ela perdera o movimento dos braços, das mãos, dos dedos, das pernas, e até do pescoço. A cabeça será a última parte do corpo a ser afetada, ela será afetada no final do segundo mês do seu segundo ano de vida, ela voltara a ser como uma criança, ela terá perda de memória, mas se o destino for piedoso ela morrera dormindo ou realizando alguma tarefa do dia – a – dia.
Dylan não quis comentar e saiu chorando para a varanda da ala do hospital. Segundos depois recebera uma mensagem de Josh, um link do vídeo de seu casamento. Dylan assistiu e chorou. Chorou e se sentiu culpado por entrar na vida daquela garota inocente. Sentiu culpa por amá-la e por desejá-la tanto assim. Pensou nas filhas e de como será quando elas perguntarem “cadê a mamãe?”. Pensou em como viver sem ela, e em como pôde ser rude quando ela mais precisou. Se perguntou porque foi entrar em sua vida. Porque naquele dia, ele não deixou o ladrão a assaltar e não voltar de ré com seu Porsche para salvá-la com um herói que era. Enfim, chorou.

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