capitulo 1 - Apagão

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                                                         UMA PARADA PARA LEMBRAR ALGO.

                  

        Era um verão como inúmeros outros, eu ainda vivia no meu ciclo básico de vida sem graça, Que era: acordar e tentar fazer algo de útil. Eu acabara a dois anos o ensino médio e infelizmente não consegui fazer mais ainda da minha vida, estava começando a faculdade e como de costumo não fazia ideia alguma o que estava fazendo ali.

Se me perguntassem o que faria da vida, a minha reposta era a mesma.

            Ainda não decidi.                 

            Às vezes ficávamos todos sentados no pátio discutindo sobre toda essa coisa de fim do mundo. A princípio todos acreditavam sobre os rumores, mais foi só quando o ano realmente chegou que pude ver toda a loucura vindo à tona. Eu até cheguei a pensar que por tudo que se especulava quando chegasse 2012 teríamos uma histeria em massa, com pessoas correndo e gritando “e o fim do mundo, e o fim do mundo” ou ateando fogo em tudo.

            É mais era só impressão mesmo, quando chegou 2012 fui tudo até calmo, as pessoas falavam mais como se fosse uma “lendinha” ou só uma ficção, na verdade Hollywood teve um papel fantástico em desvalidar a teoria dos Maias, porque depois de tanto se ver o mundo acabando na tela do cinema as pessoas ficaram mais seguras quanto a tudo isso. Quando o ano passou toda essa bobagem passou.

           

                                                                       

                                                                  2

Tínhamos mudado para o Rio de Janeiro a pouco mais de quatro meses, na verdade conseguir se adaptar em uma cidade nova foi um desafio que travei em silencio.

            Naquele mesmo ano, meus pais haviam se separado, foi um ano difícil para mim e Mariah.

            Mariah, tinha nove anos, é diferente de mim, ela parecia lidar com o que estava acontecendo em nossa família de uma forma diferente ate mais racional, mesmo com a pouca idade, e da diferença entre nós dois, ela parecia calma a tudo aquilo, eu estava completamente apavorado, sempre mostrava estar segurar, acho que era só mais uma das minhas muitas mentiras.

            - Não precisa ficar tão triste maninho, essas coisas acontecem, papai e mamãe ainda vão gostar da gente – sua voz sempre era terna quando se referia aos nossos pais.

            Eu não compartilhava do mesmo otimismo.                  

                                                        3 

Levantei naquela manhã sem imaginar o quanto tudo iria mudar, olhei em volta para o pequeno quarto, tinha a cama desarrumada onde ainda estava sentado tentando espantar o sono de uma noite mal dormida que tive, acabei tento pesadelos.

            A luz do sol entrava pela janela do quarto e batia contra meu rosto, acordei naquela manhã, completamente suado, meu corpo estava empapado, e eu estava me sentindo pesado.

Reino Sombrio - O ultimo homemOnde histórias criam vida. Descubra agora