dois

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Eu alternava o olhar de Gabe para a professora. O tema que ela falava era o preconceito contra os negros e pessoas de outras raças. Até aí tudo bem. Mas ela falou que os gays são pessoas que não podem ser aceitas na sociedade.

Antes de Gabe falar alguma coisa, eu levantei a mão.

— Srta. Peters, quer falar alguma coisa? — Ela pergunta.

— Quero sim. Eu acho que tá sendo hipocrisia da sua parte, falando que as pessoas negras e de outras etnias devem ser aceitas na sociedade, porque são pessoas como nós, mas está falando que os homossexuais não devem ser aceitos. Eles também são como a gente. São só pessoas que se interessam pelo mesmo sexo. Assim como você se interessa pelo sexo oposto. — Falo.

— Como ousa me comparar a pessoas nojentas como essas? — Ela pergunta.

— Olha, a única pessoa nojenta aqui é você. Negros, pessoas de outras etnias e homossexuais são pessoas também. Todos devem ser aceitos na sociedade. Mas a gente vive numa sociedade preconceituosa, onde pessoas como você comandam tudo. — Eu falo.

— Chega! Não vou permitir que você continue na minha aula. Vai para a diretoria agora, vou pedir para o diretor ligar para seu irmão. — Ela fala, abrindo a porta.

Levantei do meu lugar, começando a andar na direção da porta, mas antes de sair, virei para trás, piscando para o Gabe.

-...-

— Luna, eu amo você, mas é a segunda vez que eu tive que vir aqui na escola hoje. — Evan fala, saindo da sala do diretor.

— Eu só defendi meu amigo de uma professora homofóbica hipócrita. — Falo, levantando.

— Eu entendo. Eu tenho orgulho de você, little Peters. — Ele fala, me abraçando de lado.

— Eu só queria expressar minha opinião. — Falo.

— Você fez bem, Luna. — Ele fala.

— Posso ir para casa? — Eu pergunto, escutando o sinal bater.

— Te espero aqui. — Ele fala.

Começo a andar na direção da sala que eu estava antes, entrando na mesma. Peguei minha mochila, saindo. Esbarrei com alguém, derrubando os cadernos da pessoa.

— Ai meu Deus, desculpa. — Falo, ajuntando os cadernos.

— Tudo bem. — A pessoa fala.

Levanto, olhando para a pessoa para entregar os cadernos. Ata, eu esbarrei no meu crush.

— Você é a irmã do Evan Peters, né? — Ele pergunta.

— Eu mesma. — Falo.

— Meu irmão gosta bastante de American Horror Story. Eu também. — Ele fala.

— Eu e o Evan também gostamos bastante de The Walking Dead. — Eu falo.

— Você vai embora? — Ele pergunta.

— Eu tive uma mini treta com uma professor homofóbica e hipócrita, daí eu fui para a diretoria e não estou afim de ficar na escola. — Falo.

— Qual é a professora? — Ele pergunta.

— A de Ciências. Se você tiver aula com ela, provavelmente vai escutar as mesmas merdas que eu escutei. — Falo. — Eu preciso ir, foi legal te conhecer, Chandler.

— Foi legal conhecer você também, Luna. — Ele fala.

— Como sabe meu nome? — Perguntei.

— Eu e meu irmão ficamos pesquisando sobre a vida do seu irmão. — Ele fala.

— Tá né. Bom, eu realmente preciso ir. Tchau.

Pego meu celular, mandando uma mensagem para Gabe.

me: eu tô indo pra casa. depois te conto o que aconteceu comigo e com o crush.

Voltei para onde meu irmão estava, vendo ele falar no telefone sorrindo. Deve estar falando com a Emma (nojo).

— OK, Taissa, eu preciso desligar. Depois nos falamos. — Ele fala, desligando o celular.

— Hmmmm, Evan e Taissa gente. — Falo.

— Ah, para. Eu estou com a Emma. — Ele fala. — Falando nisso, eu vou viajar com a Emma, e você vai junto.

— Ah não. Eu não gosto da Emma e nem ela de mim. — Falo. — Se eu for viajar com vocês, vou ficar escutando gemidos e isso eu já escuto quando ela vai dormir lá em casa. Por favor, não me faz ir junto.

— Tá bom, mas com quem você vai ficar? — Ele pergunta, destrancando o carro.

— Eu posso ficar sozinha em casa. — Falo.

Ele me olha com uma sobrancelha arqueada, provavelmente lembrando do que eu fiz quando fiquei sozinha em casa.

— Ah Evan, foi só aquela vez. — Falo.

— Não interessa, você usou drogas quando ficou sozinha em casa. — Ele fala.

— Você também já usou. — Falo.

— Eu sou adulto. Você tinha 15 anos. — Falo.

— Então, eu experimentei e odiei. Não vou fazer de novo. — Falo.

— Tá. Mas se eu ver alguma coisa na internet, vou voltar imediatamente. — Ele fala.

— Você é o melhor irmão do mundo, sabia? — Falo.

— Digo o mesmo de você. — Ele fala.

— Se a Michelle e o Andrew ouvirem isso, eu tô ferrada. — Falo.

Mas entre o Andrew, a Michelle e o Evan, eu prefiro mil vezes o Evan.

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Oi gente, vim aqui só para dizer uma coisinea.

"Eu acho que tá sendo hipocrisia da sua parte, falando que as pessoas negras e de outras etnias devem ser aceitas na sociedade, porque são pessoas como nós, mas está falando que os homossexuais não devem ser aceitos. Eles também são como a gente. São só pessoas que se interessam pelo mesmo sexo. Assim como você se interessa pelo sexo oposto."

Isso foi meio que minha opinião. Porque eu realmente acho que as pessoas tem que aceitar. Elas não devem se meter na vida dos outros. É isso.

Aproveitem o capítulo, porque só vai ter outro sábado.

Lego House * Chandler RiggsOnde histórias criam vida. Descubra agora