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O alarme do meu telemóvel que eu ativara na noite anterior para que conseguisse chegar a horas à escola estava a tocar, ou seja eram 8 horas. Calmamente levantei-me da cama e fui até ele para que parasse de tocar. Em seguida diriji-me à casa de banho. Despi o pijama e logo o chuveiro. Tomo um banho rápido e depois de secar e hidratar a pele visto-me. Saio do meu quarto e vou até a cozinha, onde tomo o pequeno almoço com a minha irmã mais velha, Marie. Quando termino regresso a casa de banho para lavar os dentes e pentear o cabelo. Depois pego na minha mochila já preparada para hoje, pego também nas chaves de casa e saio.

Desco as escadas do prédio até ao rés de chão. Abro a porta de vidro que dá para o seu exterior e após passá-la fecho-a novamente. Caminho apressadamente para a escola pois receava atrasar-me.

Chego enfim e no portão cumprimento o porteiro com um "bom dia" assim como a minha professora de Físico Química que chegara entretanto. Como já devia estar quase a tocar a campainha de entrada fui caminhando até à sala onde iria ter aulas.

Oiço o som da campainha a tocar e os meus colegas de turma começam a chegar até mim e a cumprimentar-me. O professor chega e todos entramos.

Já passavam dez minutos desde que a aula tinha começado e ainda não tinham chegado a Kurihara e o Kaito, os meus melhores amigos, gémeos com descendência e nomes japoneses.

Acabam por chegar praticamente a meio da aula.

Toca a campainha para o intervalo e todos os meus colegas e eu levantamo-nos e saimos para o exterior do pavilhão onde temos aulas. Eu, juntamente com Kurihara fui dar uma voltinha para aproveitar o sol quente que me fazia sempre espirrar.

-Outra vês atrasados?- perguntei à minha amiga tentando saber a razão do seu atraso.

-Os nossos pais praticamente esqueceram-se que tinhamos aulas...-contou Kurihara-Sabes quem vi quando cheguei?

-Não, não sei, mas tu vais dizer-me

-O Aaron e os amigos, não devem ter tido a primeira aula.

Fiquei logo entusiasmada com a ideia de ela ter visto o Aaron e quis fazer-lhe imensas perguntas.

Aaron Carpenter, um rapaz da minha escola do 12 ano. Ele é muito engraçado, para além de bonito, fofo, simpático. Os seus amigos e ele são muito populares entre as raparigas do nono ano, incluindo as da nossa turma. Apesar de ser engraçado sempre o achei um pouco tímido e misterioso. Já há algumas semanas atrás, enquanto almoçava, sentira alguém a olhar-me fixamente, era o Aaron, e estranhamente, quando o olhei de volta não desviou o olhar, apenas manteve o seu rosto sério... Essa sua atitude levou-me a querer saber mais sobre ele e digamos que me começei a sentir interessada nele, logo eu, que nem ligava muito à fama daquele grupo de rapazes de quem todas falavam.

Não tive opurtonidade de questionar seja o que for à Kurihara pois tinhamos que voltar para as aulas a tempo de não levarmos falta, como já ela e o irmão levaram na hora anterior.

Finalmente todas as aulas do dia haviam terminado. Vou até casa para trocar os livros pois seguidamente ia ter apoio ao estudo com a Patrícia, a minha explicadora, em sua casa. Quando já tinha pegado em todos os livros voltei a sair de casa e apanhei o autocarro até chegar ao prédio onde a Patrícia mora.

Toco à campainha e a porta do seu prédio abre. Subo de elevador até ao seu andar onde já ouvia as suas duas cadelinhas ladrar. Ela estava à porta, com uma das suas três gatas ao colo. Entro e cumprimento-a. Vamos até à sala, onde tanto eu como os outros seus alunos estudamos. Instálo-me e começo a fazer com a sua ajuda uma revisão da matéria que sai para o teste de Francês.

-Já agora, querida, um aluno meu vem para cá estudar daqui a bocado mas ele não vai incomodar, só vai ficar aqui para se tiver alguma duvida-avisou a minha explicadora.

Assenti com a cabeça e continuamos o nosso estudo.

Em relação à disciplina de Francês eu considerava-me uma péssima aluna, pois não entendia nada, mas consegui sempre obter bons resultados pois os testes eram muito simples.

Driiiim!! Ao ouvir a campainha a Patrícia levanta-se e abre a porta, dizendo-me que é o aluno de quem me falara à pouco.

-Alô, alô!-oiço a voz dela a cumprimenta-lo.

Ambos começam a dirigir-se à sala e enfim descubro de que aluno se tratava. O meu coração começa a acelarar e eu arregalo os olhos quando o vejo. Ele quando repara em mim olha-me nos olhos e diz-me "olá". Senta-se á minha frente, tira alguns livros da pasta e o estojo e põe-se a estudar.

Oh Meu Deus! Como era possível o Aaron estar ali? Tantas pessoas no mundo e... Logo ele! Estava tão bervosa e envergonhada.

Direciono a minha atenção para os livros e cadernos e tento concentrar-me apenas na voz da minha explicadora. Mas parecia uma tarefa impossível com certas e determinadas pessoas sentadas à minha frente. Ainda bem acreditava que ele estava ali.

-Concentra-te!-exclama a Patrícia.

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⏰ Last updated: Mar 10, 2017 ⏰

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