Capítulo 1

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O alvo estava centrado. O dedo dele estava posicionado no gatilho. Era só esperar pelo momento certo e pressionar para que a sua vítima caísse no chão, dando o seu último suspiro. Para alguém que estava habituado a momentos de adrenalina e ação, esperar pelo segundo certo para que a sua bala não falhasse parecia demorar uma eternidade e Harry não era uma pessoa paciente.

O momento ideal chegou mais depressa do que ele esperava e com a adrenalina a bombear nas suas veias, o jovem assassino disparou. O seu coração quase parou - tal como sempre acontecia - enquanto esperava que a bala perfurasse o crânio do líder da máfia. O velho homem largou a sua bengala deixando-a cair no chão, seguido do seu próprio corpo. Tudo parecia acontecer lentamente, como se Harry estivesse num filme em câmara lenta. 

Por fim, pôde finalmente concluir que o velho morrera e Harry escondeu-se no parapeito do topo do edifício onde se encontrava, certo de que os seguranças do líder da máfia estariam em total alerta à procura do assassino que acabara de matar o seu patrão. Harry contou até 100 e devagar, gatinhou para a porta de acesso ao topo do edifício. Abriu-a cuidadosamente, rastejando até ao interior do prédio e quando se encontrou lá dentro, conseguiu levantar-se, sabendo que ali estaria protegido e ninguém o iria descobrir. 

O seu telefone tocou e ele atendeu ao primeiro toque. 

"Está feito." Harry disse.

"As £10.000 já foram depositadas na sua conta." 

Harry desligou a chamada sem dar tempo ao homem do outro lado de continuar. 

Harry gostava de acreditar que fazia o seu trabalho por dinheiro mas ele sabia que isso não era verdade. A adrenalina que pulsava dentro de si, o coração que acelerava mesmo antes de puxar o gatilho e a emoção que lhe percorria todo o corpo eram a verdadeira razão pela qual ele tinha escolhido ser um assassino profissional. O dinheiro era apenas um bónus. 

O rapaz guardou a sua arma na maleta que transportava sempre consigo e decidiu abandonar o prédio o mais depressa que conseguiu. Mal tinha acabado de entrar dentro do seu carro, quando o telemóvel tocou novamente.

"Preciso que te encontres comigo o mais depressa possível, Harry." Ele nem precisava de tentar adivinhar a quem pertencia aquele número. A voz rouca do outro lado da linha era-lhe familiar. "Tenho um trabalho para ti."

Se aquela fosse qualquer outra pessoa, Harry teria recusado. Estava nos seus princípios nunca aceitar trabalho da mesma pessoa duas vezes. Mas Selina era diferente. Selina tinha tomado conta da sua mãe nos seus últimos de vida. Com o cancro que acabava com todas as células do corpo da sua mãe, Selina tinha sido a sua única alegria. Ela tinha estado presente quando Harry não pode e o rapaz estar-lhe-ia eternamente grato por isso. 

"Encontramo-nos no sítio do costume daqui a 20 minutos."

"Lá estarei à tua espera."

Harry rodou a chave do carro e empurrou o seu pé contra o acelerador. Não podia desiludir Selina.


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