"Gosto de escrever. Gosto de um monte de coisas. Talvez, de todas elas, eu seja melhor na escrita. Talvez seja o que eu mais gosto de fazer. Talvez seja onde sempre me senti mais em casa..." Por Lugares Incríveis, Jennifer Niven
E lá estava eu no meu mundo perfeito com minhas folhas rabiscadas, meus livros e meus pensamentos aleatórios. Escrever me acalma, me estabiliza, me transforma. É o que faço quando preciso colocar os sentimentos em ordem. Mergulho de cabeça em meus livros para tentar fugir da realidade onde nos machucamos tanto com as pessoas e penso também que não existiriam tantas ficções se todas as pessoas contarem suas histórias. Escrevo para tentar esquecer e expressar o turbilhão de sentimentos e pensamentos que toma conta de mim e, muitas vezes chegam a me sufocar. Colocar tudo no papel me aliviava, me iluminava, me fazia sentir viva.
Eu anoto em minha agenda, desde coisas relacionadas á faculdade, trabalho até datas importantes. Sem esquecer meus pensamentos mais bagunçados e meus sentimentos desnorteados, além das minhas frases marcantes dos livros que eu já li e as levo como inspiração para meus bons e maus momentos, me trás um conforto como se estivesse em casa. Meu porto seguro. Meu lar doce lar. Meu mundinho particular.
- Emily, apague essa luz já é tarde e você tem que acordar cedo. - Ouço minha mãe do lado de fora do meu quarto.
- Tá bom, mãe. Só mais pouquinho. Boa noite, amo você!
Fecho minha agenda-diário, embora tenham coisas extra particulares mega confidencial escritos. Não, eu não faço parte do FBI, ok?
Eu nunca começo com um "Querido Diário", a frase mais comum em um diário, geralmente as pessoas começam com "Meu Querido", "Querido" ou até colocam nome no diário para assim se sentir mais íntimo dele, como fez Anne Frank, ela sempre começava escrevendo com "Querida Kitty..." Apenas queremos nos sentir mais livres e confiantes na hora de escrever algo tão profundo, apenas nosso e assim criamos laços efetivos com nosso diário, é como se fosse um amigo que sempre nos ouve e não importa o quão idiota seja o que escrevemos ou se é algum segredo que não queremos que ninguém saiba, podemos respirar fundo e com alívio, pois o diário não vai sair contando para ninguém nada que esteja escrito.E a cada dia que escrevo é como se fosse um capítulo da minha vida, uma página que foi virada, um novo começo, uma nova história, mais um e no dia seguinte. E falando em dia seguinte, graças á Deus amanhã é sexta-feira.
*****
Triiiiim. Triiiiim. Triiiiim.
O barulho mais irritante que uma pessoa pode ouvir logo de manhã. O despertador. Consegue ser pior que gritos de criança no playgroud. Não tenho nada contra as crianças, apenas aquele grito agudo e histérico que incomoda mesmo.
São 6:20 da manhã, minha rotina começa quase antes do sol nascer. Peço aqueles maravilhosos "só mais 10 minutinhos" para enfim levantar da cama e encarar o dia. Mais um dia. Vivendo mais um dia. Um vício que eu tenho é logo quando eu mal abro os olhos, pego o celular para checar as redes sociais. Consequência das tecnologias.
De repente, fico sentada por mais 5 minutos na cama, olhando para a parede com pensamentos aleatórios envolvendo como será o meu dia na faculdade, trabalho, o que irei almoçar. Sim, quem nunca se pegou pensando em comida?
Levanto da cama, quase me arrastando feito um zumbi, daqueles do The Walking Dead. Preciso do meu precioso café. Café, a bebida dos Deuses, como pode ser capaz de despertar alguém que é tão preguiçosa como eu? Sério, odeio acordar cedo, penso que as coisas deveriam funcionar depois das 11hrs da manhã até a madrugada. Melhores períodos para se viver. Pego meus apetrechos para tomar um bom banho, e finalmente me levanto.
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Manuscrito
Teen FictionSINOPSE: Em meio as redes sociais, mensagens instantâneas e e-mails, Emily Muniz sempre foi adepta de papel e caneta, seja para escrever sobre alguma coisa importante em sua agenda ou desabafos através de seus textos. Estudante de veterinária, trab...