CAPÍTULO DOIS - RICHARD

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– Hannah, acorda chegamos

Acordei com Píetro me cutucando, abro a janela e vejo Manhattan

– Bem vinda a Nova York docinho! – me disse ele todo sorridente

Desembarcamos e fomos pegar as nossas malas que por sinal não são poucas.

– Quantas malas você trouxe? – perguntei olhando ele pegar a 4 mala

– 5 e você? – ele respondeu pegando a última mala.

– 3 malas – responde sorrindo

– fora as outras 3 que a senhorita já havia mandado né bonita, vamos pra não perder o ônibus, ainda temos que comprar a passagem.

Pegamos as malas e saímos pela porta e para a nossa surpresa Richard estava esperando, Píetro ao me olhar pergunta

– Você sabia que ele viria nos buscar?

– estou tão surpresa quanto você – responde indo em direção a Richard

– Ainda bem que cheguei a tempo, estava começando a achar que vocês não estavam mais aqui. – respondeu Richard pegando minhas malas.

– Como você sabia

– que vocês chegariam hoje? – respondeu ele me interrompendo – seu pai me ligou a 6 hs da manhã.

– Píetro como foi de viajem?

– Muito bem, apesar de cansativa. Obrigada por vir nós buscar

– Não faço isso por você e sim por ela.

Fomos até o carro dele, eles colocaram as malas na camionete e pegamos a estrada para New Haven que ficava a 1 h e 25 minutos dali. Peguei meu ipod coloquei os fones de ouvido sentei do lado da janela para tentar evitar o que eu saberia com o que Píetro iria me perturbar mais cedo ou mais tarde.

– Não esqueci não viu mocinha, por adiar o tanto que quiser, mas uma hora ou outra vamos conversar. – disse ele sorrindo pra mim

– aham – responde colocando o fone de volta no ouvido.

– do que estão falando? – preguntou Richard curioso.

– nada demais – responde forçando um sorriso e me virando para olhar a paisagem

Apesar de não querer pensar na Samantha era inevitável, toda vez que me distraia me pegava pensando nela, o que estava acontecendo comigo, aquilo não é normal. Eu deveria estar pensando no Richard o que ela estava fazendo ali, se terminamos a 8 meses, porque ele havia me traído com uma colega da faculdade, se tem uma coisa que não costumo perdoar é traição e mentira e ele fez as duas coisas, perguntei se ele estava me traído ele negou e em seguida disse que ela era apenas uma amiga e no outro dia pego os dois se beijando na saída de emergência do bloco do prédio dele na faculdade. Nós conhecemos em Seattle no ensino médio e ficamos juntos durante 4 anos, e apesar de termos terminado ele sempre tentava voltar, mesmo eu dizendo que isso não iria acontecer, ele e Píetro não se dão muito bem, ele acredita que Píetro tem sentimentos por mim e também o culpa por eu ter descoberto a verdade, uma vez que foi ele quem me disse onde Richard estava, mas isso foi a 8 meses e espero que agora que estamos na mesma faculdade ele não pense que há uma possibilidade de volta. Não falamos mais nada durante a viajem até chegarmos a faculdade e ele estacionar no bloco da faculdade de Direito onde eu e Píetro iriamos ficar. Ele desceu as malas do carro.

– Bom sejam bem vindos – ele disse sorrindo ao descer as malas do carro

– Nossa liberdade enfim. – Píetro sussurrou mas um sussurro que eu pode ouvi perfeitamente.

Pegamos as malas e fomos para os dormitórios Píetro ficou à apenas 4 quartos antes do meu, o número do dele era 202 e o meu 206, Richard apesar de não querer ajudou Píetro com as malas, eu acabei vindo com as três malas, uma mochila de camping e duas malas de rodinha, provavelmente as outras três os meninos vão trazer, chegando no meu quarto estava vazio, porem com algumas malas do lado esquerdo  do quarto, porem já havia algumas roupas no armário, imaginei que meu colega de quarto já havia escolhido seu lado, coloquei minhas coisas então no lado direito próximo a janela, no quarto havia duas camas, uma próxima do guarda roupa que ficava ao lado da porta e mais na frente uma outra cama ao lado de uma mesa que estava posicionada no centro abaixo da janela e ali seria minha cama, comecei a colocas as coisas em cima da cama quando os meninos aparecerem brigando.

– custava você me ajudar a subir com essa mala? – escuto Píetro berrando no corredor

– larga de ser mulherzinha – retrucou Richard.

– vou te mostrar a mulherzinha – gritou Píetro jogando a mala no Richard

Antes que eu pudesse fazer alguma coisa um rapaz, alto devia ter 1,80 m, cabelos castanhos claros, olhos verdes com um porte físico de atleta, usava camisa social azul que realçava seus olhos e uma calça jeans skiny e usava um mocassino também da cor azul. Ele parou entre os dois.

– hei, aqui não é lugar de briga, se querem briga vão fazer isso lá fora. – falou ele serio olhando para ambos.

– Obrigada Richard, nós vemos depois eu assumo daqui. – falei meio sem graça.

– te vejo mais tarde? – perguntou ele esperançoso.

– Não sei. Tenho bastante coisa pra arruma. – respondo seria.

O rapaz misterioso ajudava Piétro a coloca o resto das minhas malas no quarto, me despedi de Richard e entrei.

– Píetro tudo bem? – pergunto já esperando aquela resposta

– esse seu namorado é doente de ciúmes sério, como conseguiu ficar tanto tempo com ele, credo cara louco. E ainda fica me chamando de mulherzinha, e se eu for o que ele tem a ver com isso. – falou ele irritada sem perceber a presença do rapaz no quanto.

– relaxa Píetro, ele só acha que temos alguma coisa e ainda está com raiva de você por ter me contato sobre o '' caso dele '' – falei rindo. – desculpa obrigada por me ajudar com as malas. – falei ao rapaz

– tudo bem, não foi nada – respondeu ele com um sorriso no rosto

– desculpa me chamo Hannah Dallinburg, e esse é meu melhor amigo Píetro Darlings. – falo pegando em sua mão.

– satisfação, meu nome é Thomas, Thomas Castiel, seu colega de quarto. – respondeu ele nos cumprimentando.

– E pode isso, mulher com homem no mesmo quarto? – perguntou Píetro na defensiva.

– na verdade não – respondeu ele sorrindo

– então? – pergunta Pietro

– Na verdade eu sou o seu colega de quarto Píetro, eu só vim buscar as coisas da minha prima aqui do quarto da Hannah. – respondeu ele pegando as malas próximo a porta.

– então estou sozinha no quarto? – perguntei

– por enquanto sim, mas logo devem arrumar alguém pra dividir com você, vejo vocês por ai. – respondeu ele saindo.

– legal, vai ficar sozinha. .

– é por enquanto, nossa você viu que rapaz bonito, uma pena ele ser gay – falei trocando de blusa.

– haha piada, ele gay, fala sério. -- ele disse debochando

Olhei pra ele com cara séria.

– Para, ele não é gay – disse ele sério.

– quer apostar? – perguntei sorrindo

– claro, mas se ele não for gay você terá que me contar a história do acampamento que você nunca me contou. Fechado? – perguntou ele achando que já tinha ganhado.

– tudo bem, mas se ele for gay, você vai dar um beijo nele. – falei com cara maliciosa.

Ele parou e pensou por alguns segundo, mas concordou, já que pra ele não seria possível um homem daquele ser gay. Pegamos nossas coisas e fomos dar uma volta no campus, nos escrever em algumas matérias.

Quando o Amor AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora